39 - Carinho

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Ter medo de amar novamente após ter sido machucado é um sentimento comum e compreensível. No entanto, quando alguém novo surge e desperta o coração, é um sinal de que a capacidade de amar e ser amado ainda está viva.

Enfrentar esse medo e abrir-se para um novo relacionamento é um ato de coragem e esperança. É aceitar que, embora o amor traga riscos, ele também oferece a possibilidade de cura e felicidade. No fundo, amar novamente é um gesto de fé na beleza das conexões humanas e na promessa de que o amor verdadeiro pode surgir das feridas do passado.

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Após os beijos, descansei meu rosto na curvatura do pescoço de Vegas apenas para sentir seu cheiro.

Passei minha perna por cima dele e descansei minha mão na sua lateral.

Eu gosto de cheira-lo.

Gosto de como me acalma.

De como me conforta.

De como me tranquiliza.

- Adoro seu cheiro. - Sussurro de olhos fechados deixando um selinho no local.

Tenho certeza de que seus pelinhos se arrepiaram, pois sinto seu corpo tensionar um pouco.

Sua mão que, antes acariciava meu cabelo, travou por alguns segundos.

Ele respirou fundo.

Vegas é extremamente tímido quando valorizado, provavelmente por nunca ter sido antes.

Aparentemente contato físico não parece ser um problema para ele. Veremos até quando.

Eu gostaria de castigar quem lhe causou tudo isso.

O apertei em meu abraço.

Irei recompensar todos esses anos de dor que você sofreu sozinho, Vegas.

Te farei sentir cuidado e desejado como você merece.

Sua inocência e ingenuidade despertam tal vontade aqui dentro.

Eu quero cuidar de você.

- Deveríamos ver o Bob. - Sugeriu gentilmente acariciando minha costa.

- Quem? - Me inclinei para olhá-lo um tanto confuso.

- O passarinho. - Explicou.

- Não acredito... Você deu um nome a ele? - Vegas levou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.

- Sim. Chamá-lo apenas de passarinho faz parecer que ele é indigente... - Fez uma pequena careta.

Acabei por sorrir.

- Não ria. - Vegas me deu um tapa no ombro.

Ergui as sobrancelhas em surpresa.

- D-desculpa. - Ele mesmo se surpreendeu com seu ato.

- Vovô deve estar orgulhoso do discípulo. - Brinquei.

- Foi sem querer... - Disse envergonhado.

- Nada contra tapas, lindo. - Me inclinei para dar um selinho em seus lábios. - Eu até prefiro... - Me aproximei do seu ouvido. - Em outros lugares e mais forte. - Deixei um beijo em sua bochecha.

Ele soluçou.

Passei por cima dele para me levantar.

Os olhos de Vegas me encaravam confusos e tímidos.

É fofo como ele não entende.

- Certo, então Bob Pongsakorn ou Theerapanyakun? - Estendi minha mão para ele que logo a segurou.

Mentiras - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora