Pete mencionou que a cidade é pequena, e realmente é.
Caminhar pelas ruas é confortável, já que as pessoas são tranquilas e amáveis.
Elas saúdam com um sorriso encantador nos lábios ao passarmos.
Mesmo sendo cerca de 15:00 horas, o Sol não está tão resplandecente quanto pela manhã, nem tão quente.
Se o céu não estivesse tão claro, poderia dizer que choveria.
Por favor, não.
Acho que ainda não me acostumei com Pete segurando minha mão.
Após o ocorrido ontem, acredito que ele se sinta mais confortável para me mostrar o que sente, já que se permitiu mostrar sua dor.
Eu gosto disso.
Gosto de como ele está mais leve, ainda que seus olhos estejam pesados.
Pete conseguiu sorrir mais vezes em um dia do que o vi em semanas.
Bem, infelizmente nem todos foram para mim, mas ainda assim é uma grande conquista.
Eu desejo que ele possa passar por tudo isso e sair muito bem.
Chegamos.
O mercado é pequeno e simples, muito bem organizado, as mercadorias estão em prateleiras básicas e de fácil acesso.
As cores do ambiente são calmas e acolhedoras.
Não vejo funcionários além de uma senhora no caixa.
Pete pegou uma cesta na entrada.
Há apenas alguns pequenos corredores.
Caminhamos por eles enquanto Pete pegava o que achava necessário.
Eu não opinei, pois não sou eu quem cozinho.
Mas agora eu quero opinar. Estamos na minha sessão favorita, a dos salgadinhos.
- Quero esse. - Aponto para o pacote na prateleira. Sinto um sorriso surgir só de imaginar comê-lo.
Pete se aproximou por trás para olhar o motivo da minha fala.
- Isso faz mal. - Temo virar o rosto e acabar encostando em sua bochecha.
Ele está tão perto que trouxe de volta aquele frio na barriga.
- Mas são gostosos... - O olhei de relance fazendo um bico.
Poxa, eu quero.
Criei várias imagens comendo o salgadinho.
- Não deveria comer porcarias. - Afastou-se para pegar o que precisa.
- Você disse que eu poderia escolher o que eu quisesse. - O lembrei de suas palavras antes de saímos da pousada. Me virei para ele.
- Achei que fosse algo comestível. - Pete está lendo a embalagem de algum item.
- Mas são. - Me aproximei para olha-lo nos olhos.
- Escolha outra coisa. - Colocou o objeto que segurava em suas mãos na cesta.
- Macarrão instantâneo. - Volto a me animar. Faz tempo que não como e confesso sentir falta.
- Não é possível. Você não come algo mais saudável? - Colocou a mão na cintura.
- Eu só comia isso. - Dei de ombros.
- Como assim?! Vegas, você não pode se alimentar somente de porcarias.
- Não são porcarias, são de comer. - Acabei por fazer um bico torto, pois comida é comida independente do mal que faça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mentiras - VegasPete
FanficMentira e amor, ambos caminhando lado a lado. Uma história de mistério onde Vegas, aparentemente é aberto demais, enquanto Pete parece guardar segredos de todos. Uma teia desastrosa os envolve os levando diretamente para o caos. Um amor, uma mentira...