𝑰 𝑷𝒓𝒐𝒎𝒊𝒔𝒆 - 𝐉𝐉 𝐌𝐚𝐲𝐛𝐚𝐧𝐤

𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 37

JJ Maybank:

Hoje é o grande dia, o dia em que tudo pode mudar para melhor, pelo menos é o que espero. Se tudo correr como planejado, hoje à tarde vou finalmente pedir Luna em namoro.

Desde que éramos crianças, guardei sentimentos por ela, sentimentos que só descobri há pouco tempo. Nunca havia sentido nada assim antes, e agora, esses sentimentos dobraram de intensidade.

E quando as condições da minha vida mudarem, realizarei outro sonho dela. Viajaremos juntos pelo Brasil, conhecendo cada canto desse país.

E a preocupação com Luna está consumindo meus pensamentos ultimamente. Eu sei que há algo de errado, mesmo que ela insista em negar. As dores voltaram, eu posso sentir, mesmo que ela não queira admitir.

É difícil ver ela sofrer e se recusar a pedir ajuda, eu só quero estar ao lado dela, apoiar ela em tudo o que precisar, mesmo que ela não queira compartilhar seus problemas comigo.

— Você é o próximo, pode ir se trocar! — avisa o meu treinador, e eu assinto, indo ao vestiário.

Ao abrir minha mochila, sinto um incômodo no peito, como se algo estivesse errado. Logo em seguida, meu celular acende, exibindo uma ligação da mãe da Luna.

Sinto minhas mãos tremendo e começando a suar, um pressentimento ruim tomando conta de mim. Não entendo o motivo, mas algo está definitivamente errado.

A mãe dela sabe que tenho a competição agora e deveria estar aqui para me ver surfar, junto com Luna e os outros.

Não hesito e atendo a ligação. Ao ouvir sua voz desesperada e soluçante do outro lado da linha, sinto um nó se formar em minha garganta.

De repente, meu celular escapa de minhas mãos e cai no chão, enquanto o mundo ao meu redor começa a girar.

Ao receber a notícia de que Luna estava no hospital, morta, meu mundo desabou ao meu redor.

Um grito de desespero rasgou minha garganta, ecoando pelo vestiário, enquanto lágrimas turvavam minha visão. Minha mente estava em turbilhão, incapaz de processar a realidade devastadora que acabara de receber.

Sem hesitar, corri para fora do lugar, ignorando os chamados desesperados da minha equipe, que tentava me impedir, dizendo que eu era o próximo a surfar. Nada mais importava além de Luna, nada mais importava além da dor dilacerante que consumia meu coração.

Cada passo era uma luta contra a dor e o desespero que ameaçavam me derrubar a qualquer momento. Minha mente estava embaçada, meu coração em pedaços. Eu só conseguia pensar em chegar até ela, em ver ela, em dizer que eu a amava e que não podia imaginar a vida sem ela.

O mundo ao meu redor parecia em câmera lenta, as vozes distantes da minha equipe misturando-se ao som ensurdecedor do meu coração partido.

Eu estava em uma corrida contra o tempo, contra a própria vida, desesperado para alcançar Luna, mesmo que fosse tarde demais.

Enquanto corria desesperadamente pela praia, encontrei os pogues no meu caminho. Eles me pararam, os olhos cheios de preocupação e confusão, perguntando desesperadamente o que estava acontecendo, por que eu estava tão transtornado.