𝑰 𝑷𝒓𝒐𝒎𝒊𝒔𝒆 - 𝐉𝐉 𝐌𝐚𝐲𝐛𝐚𝐧𝐤

𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 28

A gente estava andando em direção à praia, mas quando estávamos quase chegando, JJ tapa meus olhos e me guia até lá.

— Já vou avisando que não é nada demais, mas achei legal fazer isso — ele diz animado e afasta as mãos dos meus olhos.

Assim que abro os olhos, me deparo com um lençol branco estendido na areia, com várias comidas em cima, duas latas de guaraná e várias pequenas luminárias ao redor, iluminando o pequeno espaço.

— Uau, como você achou o guaraná aqui? — pergunto chocada, virando-me para ele com um sorriso enorme no rosto.

— Digamos que tive que procurar na cidade vizinha com o Pope, enquanto John B terminava a decoração. — JJ diz, e eu coloco a mão sobre a boca, sem acreditar que ele fez questão de procurar guaraná para mim, sabendo que é minha bebida favorita.

— Meu Deus JJ! Você até me deixou sem palavras — digo, ainda processando o que estava acontecendo.

— Bom, ainda bem que gostou então — ele diz sorrindo, me dando um beijo na bochecha — Deve estar com fome, já que soube que você não jantou hoje — ele diz, segurando minha mão, e nos sentamos no lençol.

— Como você ficou sabendo? — pergunto confusa, e JJ me olha como se fosse óbvio — Não estava com fome — respondo com um suspiro.

— É, ultimamente você só fala isso — ele diz, pegando uma lata de guaraná e abrindo, logo entregando para mim — Comeu o que para não ter fome?

Pego o guaraná e desvio o olhar dele, dando de ombros.

— Comi umas bolachas antes do jantar — respondo, e JJ olha rápido para mim — Por isso que os pais não deixam comer antes do jantar — brinco, soltando uma risada, e JJ nega com a cabeça.

— Espero que seja verdade viu — ele diz, e eu apenas assinto com a cabeça, me sentindo desconfortável com a conversa.

— E como foi o treino? — pergunto, realmente querendo saber sobre.

— Foi legal, eles surfam pra caramba — JJ responde animado, comendo uvas.

— Que legal! — me animo também — E como vai ser a competição? Vai ser tipo, profissional mesmo? — pergunto, bebendo o guaraná.

— Sim, o James me disse que eu já estava preparado para participar nessas competições, então uma semana depois do seu aniversário vai ter uma competição importante, aqui mesmo — JJ fala, todo animado, e sorrio ao ver seu sorriso.

— Nem acredito que vou ver você competir de novo! — digo animada, sentando em seu colo e envolvendo seu pescoço com meus braços.

— É o que você mais vai ver, a partir de agora — JJ diz, com um sorriso orgulhoso, segurando minha cintura.

— E será que você vai ter tempo para a gente viajar o Brasil todo algum dia? — pergunto, roçando nossos narizes.

— Eu sempre vou ter tempo pra você, gatinha! — JJ fala sorrindo e cola nossos lábios.

Nos momentos como esse, quando JJ me olha com aquele sorriso, me abraça e me beija, eu sinto que tudo está no lugar certo.

Me sinto segura, amada e feliz, é como se o mundo ao nosso redor desaparecesse e só restasse apenas nós dois.

É incrível como ele consegue me entender tão bem, como se lesse meus pensamentos e desejos mais profundos. A ideia de viajar pelo Brasil ao lado dele, conhecendo novos lugares e vivendo novas experiências, me enche de empolgação.

Sinto que ao lado de JJ, qualquer desafio se torna possível, e mesmo com a perspectiva das competições que ele enfrentará, sei que estarei lá para apoiá-lo, assim como ele sempre esteve ao meu lado.

E enquanto nossos lábios se encontram, sei que o futuro reserva ainda mais momentos como esse para nós dois.

— Eu te amo! — digo em português, com a respiração ofegante, assim que nos separamos do beijo, sentindo meu coração transbordar de felicidade.

JJ me olha confuso, sem entender, e solto um risinho, pois essa era exatamente minha intenção.

— Já ouvi sua avó dizendo isso para você — JJ diz, enrolando um cacho do meu cabelo em seu dedo — Só espero que não esteja me xingando.

— Acha mesmo que seria um xingamento? Se até minha avó já disse isso pra mim — falo, e ele ri.

— Nunca se sabe, né? Sua avó é meio doidinha — ele responde rindo, me fazendo rir também.

— Bom, se você não sabe português, vou ter que te ensinar algumas palavras importantes — digo com um sorriso travesso, aproximando meu rosto do dele.

— Ah é? E quais palavras seriam essas? — JJ pergunta, levantando uma sobrancelha com curiosidade.

— Começaremos com 'beijo' — respondo, falando a palavra em português e me inclinando para perto dele, prestes a demonstrar o significado da palavra.

— Acho que já entendi essa — ele diz, sorrindo, antes de me puxar para mais um beijo, me fazendo esquecer completamente das palavras que queria ensinar.

Me afasto do beijo assim que sinto uma pontada forte na cabeça, JJ me olha confuso e saio do colo dele, sentando-me no lençol novamente.

Sinto a dor aumentar na minha cabeça e outra dor começar perto da cintura, de novo. Preocupado, JJ se aproxima e coloca uma mão em meu ombro.

— Luna, o que está acontecendo? — ele pergunta com voz ansiosa.

— Eu não sei, estou sentindo dor — mal consigo falar porque as dores aumentam, me fazendo gemer.

Minha visão escurece e mal consigo ouvir JJ falar, tudo soa abafado e vejo tudo girando, como se estivesse saindo do meu próprio corpo.

— Porra, eu vou ligar para os seus pais! — escuto ele dizer, com a voz trêmula, segurando meu corpo que está mole.

— Não faça isso! — tento falar, mas minha voz sai arrastada.

— Caralho, o que eu faço então?! — JJ pergunta desesperado, e sinto seu corpo tremendo enquanto ele tenta me segurar firme, para não cair.

Tento responder, mas a dor piora a um nível absurdo, me fazendo gritar de agonia.

A última coisa que sinto é JJ me levantando desesperado no colo, depois disso, apago completamente, não sentindo mais dor.

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Eita 😰

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