𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 38

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A raiva e o desespero que queimavam dentro de mim me impulsionaram para frente. Sem pensar, me soltei de Pope e John B e avancei em direção ao médico, empurrando-o com força.

— Eu preciso ver ela! — gritei, a voz embargada — Preciso ver a Luna, preciso ver seu rosto! Não acredito que ela se foi, não até eu ver com meus próprios olhos!

Os olhos do médico se arregalaram de surpresa e ele deu um passo para trás, levantando as mãos em um gesto de calma.

— Garoto, por favor, entenda que estamos fazendo o possível para ajudar — ele tentou argumentar, mas eu não conseguia ouvir nada além do rugido da dor em minha cabeça.

— Vocês não entendem nada! — berrei, sentindo as lágrimas escorrerem mais uma vez — Ela era minha vida, e vocês a deixaram morrer sem descobrir o que tinha de errado! Agora me deixem ver ela!

Pope e John B rapidamente se colocaram entre mim e o médico, tentando me conter. Pope me segurava pelos ombros, seus olhos cheios de lágrimas e dor.

— JJ, por favor, calma — ele disse, a voz falhando — Isso não vai mudar nada agora.

— Não me importa! — gritei, tentando me soltar — Eu preciso ver ela, preciso ter certeza!

John B estava ao meu lado, tentando me segurar também, seus olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Ele parecia tão devastado quanto eu, mas tentava ser forte.

— JJ, a gente vai ver ela, mas não assim — ele disse, com um tom de súplica — Por favor, cara, precisamos nos acalmar.

Minha respiração estava rápida e irregular, o peito doendo como se estivesse sendo esmagado por um peso insuportável. Olhei para os rostos de meus amigos, todos igualmente arrasados.

Sarah estava abraçada a Kiara, ambas chorando silenciosamente. Sarah, normalmente tão forte e determinada, agora parecia desolada, sua expressão marcada pela perda. Kiara, sempre destemida, estava frágil e vulnerável, soluçando baixinho nos braços de Sarah.

Pope, que sempre mantinha a calma e a razão, agora estava desesperado, os olhos cheios de dor enquanto tentava me acalmar. John B, meu irmão de alma, estava visivelmente abalado, seu semblante marcado pela tristeza profunda.

— Eu preciso ver ela... — sussurrei, a força saindo do meu corpo, enquanto a raiva dava lugar ao desespero absoluto — Preciso ver a Luna, por favor...

O médico, vendo meu estado, fez um sinal para uma enfermeira, que se aproximou e sussurrou algo para ele. Ele então olhou para mim com compreensão.

— Vamos permitir que você a veja, mas você precisa se acalmar — disse o médico, a voz firme mas gentil — Ela está na sala de emergências, por favor, venha comigo.

Pope e John B mantiveram suas mãos em meus ombros enquanto caminhávamos pelos corredores do hospital. Cada passo parecia uma eternidade, cada respiração uma luta contra a dor esmagadora em meu peito.

Finalmente, chegamos à sala, o médico abriu a porta e me deixou entrar.

Meus amigos ficaram do lado de fora esperando, e John B aperta meu ombro, me dando coragem para entrar. Ele se vira e se senta na cadeira que havia ali, desabando por completo.

Ao entrar no quarto, meu coração parecia parar por um instante. Minha respiração ficou presa na garganta quando me deparei com a Luna deitada na cama do hospital, imóvel e pálida. Um soluço escapou dos meus lábios enquanto eu tentava processar a cena diante de mim.

Quando finalmente cheguei ao lado dela, meu coração se partiu ao ver sua mão fria e sem vida repousando sobre o lençol branco.

Luna estava deitada na maca, coberta por um lençol até o peito. Seu rosto estava pálido, mas ainda lindo, como se estivesse apenas dormindo. Me proximei devagar, cada passo pesado com o peso da realidade.

Caí de joelhos ao lado dela, segurando sua mão fria e inerte. As lágrimas caíam livremente agora, enquanto sussurrava seu nome.

— Luna... por favor, não... não pode ser verdade... — soluçava, acariciando seu rosto com cuidado — Eu te amo — falo em português, entre soluços — Eu ia te pedir em namoro hoje... você não pode me deixar assim...

A dor era insuportável, um vazio imenso se abrindo dentro de mim. Fiquei ali, segurando sua mão, chorando e implorando para que tudo fosse apenas um pesadelo. Mas sabia, no fundo, que a verdade era inevitável. Luna se foi, e meu mundo nunca mais seria o mesmo.

Meu corpo tremia involuntariamente. Meus dedos hesitantes alcançaram o colar que eu havia feito para ela, agora adornando sua pele pálida e sem cor.

Era um lembrete cruel da vida que uma vez compartilhamos e dos sonhos que agora estavam despedaçados.

Uma sensação de desamparo e desespero me envolveu, enquanto eu lutava para aceitar a realidade implacável diante de mim.

Tudo o que restava era o vazio esmagador da perda, uma dor que parecia insuportável de suportar. Com um soluço angustiado, deixei cair minha testa na mão gelada de Luna.

— Você me prometeu, Luna! — sussurro entre soluços, observando seu rosto sem cor — VOCÊ PROMETEU NÃO ME DEIXAR! — grito, segurando sua mão com firmeza, enquanto a minha tremia incontrolavelmente.

Então, começo a chorar desesperadamente, como nunca havia chorado antes em toda minha vida.

Sinto braços me rodearem e escuto os choros dos meus amigos. Eles me acompanham, me abraçando firmemente em um gesto de solidariedade e apoio.

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Sim galera, também estou chorando horrores, mas esse foi o plano da fic desde o início 🥲

Já estamos na reta final galera! 🥹

Deixem a estrelinha se estiverem gostando 🫶🫶

𝑰 𝑷𝒓𝒐𝒎𝒊𝒔𝒆 - 𝐉𝐉 𝐌𝐚𝐲𝐛𝐚𝐧𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora