Gol D. Ann- A Paz Substituída Por Vingança

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2 semanas até a vingança

Por Ann

Durante as noites dessa semana que se passou, mapeei a cidade dos marinheiros e o QG inteiro. Espalhei as armas pela cidade e as escondi para o grande dia.

Jack está avançando como marinheiro e passa boa parte do dia no quartel, seguindo meu avô para todos os cantos.

Agora são nove da noite e estou arrumando alguns objetos pra levar para Aiskhas, pois hoje é o dia de vê-lo.

__Vai mesmo voltar pra Mariejoa, Ann-san?_-Jack perguntou ao entrar no quarto.

__Aqui as coisas já estão prontas, agora preciso ver como estão as coisas por lá._-respondi e coloquei a mochila nas costas.

__E quando voltará pra cá?

__Quando sentir vontade.

Passei por ele e fui pra sala. O tempo está passando rápido e eu estou muito ansiosa, um medo absurdo do meu plano falhar está batendo a cada dia no meu cérebro.

Preciso muito ver Aiskhas. Preciso do abraço dele.

__Continue com o bom trabalho._-disse por fim e saí da casa com a máscara já no rosto.

Caminhei rápido pelas vielas, tentando não esbarrar em ninguém. A passagem secreta que conecta Mariejoa e o QG é um túnel que fica perto das docas.

Hoje a maré está agitada e acredito que logo vai chover. Os baldes estão cobertos, então os minerais não vão ser ativos antes do tempo.

Apressei o passo e entrei na rua que leva a doca, mas parei bruscamente e encostei na parede. Senti uma presença muito poderosa se aproximando e escondi a minha essência, para que quem quer que seja não me perceba.

__Estou com mal presságio, devemos adiar o Reverie por enquanto._-não reconheço a voz, mas logo a pessoa que falou apareceu em meu campo de visão, acompanhado pelo velho Buda.

É o Fujitora, novo almirante que assumiu o lugar do Aokiji. Esse homem, embora cego, possui uma akuma no mi muito poderosa e um haki do observador em alto nível.

__O que você acha que vai acontecer?_-Sengoku perguntou.

__Muitas mortes.

Eles seguiram caminho e eu segui o meu, pensando nas palavras do almirante. Sim, muitas pessoas vão morrer em duas semanas, mas pra isso meu plano precisa dar certo para que Mariejoa colapse.

Entrei no túnel e em poucos minutos saí na cidade celestial. Os pingos de chuva começaram a cair e eu fui para os telhados das casas porque é o meio mais seguro de andar por aqui.

Tracei meu caminho até a casa de Aiskhas com calma, apenas apreciando a chuva que cai e observando os poucos movimentos nas ruas abaixo.

__Amor, podemos dormir juntos hoje?_-escutei a viúva perguntar quando parei em cima do telhado da  casa dele.

__Hoje não, Hina._-Aiskhas respondeu com a voz grave.

__Mas desde que casamos, você nunca dormiu comigo depois da noite de núpcias!_-bom, pelo menos já sei que meu lobo está realizando o plano.-_Estou com saudade do seu toque.