Gol D. Ann- A Paz Substituída Por Vingança

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Por Narradora

A chuva permanece assolando todos, mas isso é vantajoso para Aiskhas, que usa isso a seu favor na hora de se transformar. Ele se transforma tão rápido em humano que até agora ninguém conseguiu perceber ou descobrir como um lobo gigante com três cabeças some repentinamente e aparece misteriosamente em outro lugar.

Enquanto isso, Akainu permanece seguindo Ann pela cidade, até que enfim, chegaram no centro. A garota usou todos os recursos que ela mesmo escondeu ao longo do caminho, deixando seu oponente mais fraco e conseguindo acertar mais ataques.

Porém, o almirante é mais forte e mais resistente e não vai desistir de matá-la.

Alguns marinheiros surgiram na praça, mas Ann não gosta que intrusos atrapalhem a batalha que ela planejou por tanto tempo. Prontamente, a garota sacou mini facas normais e atirou certeiramente na testa de cada um, eliminando-os, mas abrindo sua defesa para Akainu.

O homem não perdeu tempo e a atacou. Magmas foram lançados na direção dela, a pegando de surpresa. Ann se desviou de cada bola de lava, mas essa era a distração de Akainu, ele apareceu atrás dela e chutou sua perna com força, na intenção de quebrar e carbonizar, porém, o vento a ergueu no último segundo, impedindo que queimasse o que acabara de ser quebrado.

O grito de dor da garota foi alto e estridente, e com certeza uma perna quebrada não estava nos seus planos. Mordendo o lábio com força, pra tentar conter a dor, Gol D. Ann fuzilou Akainu com os olhos.

A dor que ela sente é absurda, mas seu ódio é maior. Um sorriso pretensioso surgiu na boca da garota e ela deu um passo a frente, depois outro, e outro. Enquanto isso Akainu observa pasmo a garota caminhar em sua direção com uma perna quebrada, com a ponta do osso cutucando sua pele.

O vento veio novamente forte, a tirando do chão e dando mais impulso para ela. Ann alcançou o almirante novamente e o atacou com Freedom, o fazendo se defender com haki, mas ele ainda não entendeu o padrão de ataque dela.

Enquanto ele está ocupado com a foice, Ann usa a outra mão para atacá-lo nas costas, fincando uma adaga imbuída de sal marinho, entre a omoplata do homem, o fazendo urrar de dor.

A loira recuou a fim de um novo ataque, evitando colocar a perna quebrada no chão, e Akainu percebeu isso. Apesar de toda a água que cai dos céus, o almirante colocou as duas mãos no chão, concentrando toda sua akuma no mi, e o que já foi pedra um dia, se transformou em magma.

Vendo todo seu principal apoio sumir, Ann sorriu. Ela está mais ferida que ele e não pode mais se locomover pelo chão. É tudo ou nada, e Gol D. Ann não foi ali para dar nada de si.

Ela teria que ser mais rápida que ele e para isso precisaria das duas pernas. Sem pensar duas vezes, Ann se virou para casa atrás de si e a escalou quando o último bloco de pedra em que estava, derreteu.

Ignorando a dor lancinante, a garota chegou no topo da casa em uma boa velocidade. Ele não sabe, mas o treinamento da garota enquanto predadora passava a maior parte no alto, então pra ela será fácil atacá-lo, sem considerar as circunstâncias.

Ela corre pelo telhado mancando, a ponta do osso quebrado rasga sua perna de dentro pra fora. A intensão assassina dela aumentou e seus olhos estão pretos.

Derrapando pelo telhado, Ann pulou em sua direção, mas ela errou o pulo, foi o que ele pensou. Ela errou e vai cair no chão de lava e vai queimar. Ela caiu diante dos olhos dele e estava a centímetros do chão.

__Esse é o seu fim, Gol D. Ann._-a voz de escárnio e ódio do almirante soou através da chuva e a garota sorriu para ele.

No último instante, o vento a cercou e a impulsionou para cima velozmente, para a surpresa de Akainu que não durou muito, já que Ann jogou absinto e sal marinho direto no seu rosto.

__Desde quando você tem akuma no mi, sua desgraçada?! O vento te obedece agora?!_-ele perguntou cheio de ódio enquanto o veneno faz seu efeito, diminuindo o calor e a potência do magma.

Ann rodopia pelo ar, como se dançasse com os pingos de chuva através do vento, e o que Akainu não sabe, nem sequer sonha, é que eles não estão sozinhos.

Ele não sabe que Ann tem um aliado escondido por perto, que ela está sempre no campo de visão dele e que é ele quem controla o vento a favor dela com sua kaze kaze no mi, a fruta do vendaval.

Ann o ataca constantemente, aproveitando enquanto ele está desequilibrado, a dor já não a incomoda mais e na verdade ela nem está se importando, porque tudo o roda na cabeça dela é o momento em que ela viu sua metade cair morta.

Seus ataques pararam de seguir um padrão e ela ataca imprudentemente, sofrendo consequências. Jack queria alertá-la para que se concentrasse, mas além de atrair a atenção de Akainu para si, marinheiros chegaram e pior ainda, o viram.

Ann não percebeu que não tem mais o apoio do vento, e se percebeu não ligou, porque continua indo pra cima de Akainu como naquele dia.

A garota usa o cabo da foice, que é do mais puro ferro, para se locomover através da lava. Ela o apoia no chão e com a perna boa se pendura nele e usando o apoio, se impulsiona para frente para chegar até Akainu.

O almirante já está cansado de tantos ataques loucamente e imparáveis, mesmo com tantos machucados que a inflige, sem contar que ela ainda continua jogando veneno em si. Ele sabe que Gol D. Ann só irá parar quando morrer ou quando matá-lo, e do jeito que está indo, a segunda opção parece mais próxima, então ele decidiu que é hora de por um fim nisso.

Em Mariejoa, Aiskhas sente que o fim está próximo. Ele está sentindo cada dor que sua dona sente, bem como o que ela está pensando, que no momento é só uma coisa: vingança.

Ele também está ferido, a CP0 e os almirantes não são pra brincadeira. Mesmo com o exército revolucionário ajudando, os ataques sempre se concentravam nele, e ele não se importava muito em se defender, ele ia atrás do máximo de tenryuubitos possíveis para matar.

A cidade celestial está em ruínas, todos mortos e sua dona está para acabar com tudo no QG, então está na hora de preparar a fuga.

Em sua forma humana, Aiskhas foi se esgueirando entre os becos, mancando e sangrando um pouco, com certeza ele tem uma costela quebrada. E sempre que um marinheiro se aproximava, ele escondia sua presença como Ann o havia feito ensinado.

A marinha está focada no exército revolucionário e na procura do lobo gigante, que havia sumido novamente. Sem mais empecilhos, Aiskhas chegou à caverna que leva ao outro lado do muro, e encontrou Hinata encolhida e chorando, sozinha.

__AYATO!

__Não grite, mulher!_-ele liderou a caminho através da caverna e logo menos saíram dela, do lado de fora de Mariejoa.

__Você está machucado, amor!

__Cale a boca!_-Aiskhas vociferou e ela encolheu os ombros.

Ele está tão preocupado com Ann que isso o sufoca, é como se uma mão estivesse apertando seu coração cada minuto mais forte.

Eles chegaram no navio que Jack conseguiu esconder e iniciaram os preparativos para zarpar. Como toda a marinha está ocupada e presa em Mariejoa, eles devem conseguir fugir sem problemas.

__Vamos, minha doce Ann, você precisa sair daí agora. Sair viva._-Aiskhas falou pra si mesmo enquanto coloca o navio na rota da ilha onde Marco mora.-_Vamos, minha doce Ann, volte para mim.