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1 dia até a vingança

Por Narradora

Gol D. Ann está terminando os preparativos para iniciar o ataque. Ela está na casa de Jack, contando as adagas enquanto espera o sol se pôr.

__Está chegando a hora, Ann-san._-Jack comentou ao entrar no quarto.-_Tem certeza que vai dar certo?  Akainu aparecerá apenas por um ataque à cidade?

__Dará certo, principalmente se você não me entregar.

A loira levantou e guardou as adagas em uma bandoleira, então pegou os controles dos explosivos e os guardou nos bolsos.

__Fique em posição. Está na hora._-a garota ordenou e saiu da casa. O ataque deverá ser iniciado em cinco minutos e ela terá que estar no portão da cidade nesse tempo.

Ann se esgueirou pelas ruas e becos até chegar no lugar que queria. De acordo com seus planos, ela terá tempo pra chegar no centro da cidade até Akainu aparecer.

O sol finalmente começou a desaparecer no oeste e a cidade dos marinheiros começou a ficar escura.

__Vamos iluminar._-Ann falou sorrindo e pegou um controle do bolso.

Ao apertar o botão, uma casa ao leste de si explodiu. Chamas começaram a se espalhar, o cheiro de fumaça se instalou no ar quando Ann explodiu mais uma casa.

Em Mariejoa, Aiskhas apenas espera ansioso, enquanto escuta as explosões, sabendo que sua dona já está em ação. E ele está levemente preocupado, porque em meio ao caos que está se instalando, o coração de Ann bate sereno, calmo.

Os marinheiros estão correndo atordoados, tentando saber o que está causando as explosões, quando deram de cara com ela. A loira não deu margem para que eles a ataquem, logo, um a um foram caindo com um corte na garganta.

Com uma mão, Ann segura uma adaga já manchada de sangue e com a outra, ela segura mais controles, onde continua explodindo as casas. Um alarme soa alto, alertando todos do QG e a garota sorri ao se aproximar do centro.

__GARP-SAN!_-Jack entrou correndo e desesperado na sala do vice-almirante e o encontrou despejando ordens para Coby e Helmeppo.

__NÃO ESTÁ VENDO QUE ESTOU OCUPADO?!_-o velho esbravejou e o jovem encolheu os ombros, mas não recuou.

__É a Ann! É ela que está explodindo tudo! Eu a vi!

Garp saiu de sua sala imediatamente, correndo até sair da base e seguir caminho até a destruição. Ele sabe muito bem do que sua neta é capaz. E enquanto isso, Ann continua golpeando os marinheiros que surgem em sua frente, sem saber que seu avô está atrás dela.

Antes que a loira tivesse chance de sequer perceber, Garp surgiu atrás de si e deu um cascudo em sua cabeça, a derrubando no chão, logo em seguida, ele colocou uma algema em seus pulsos.

__Vovô?!_-Ann perguntou perplexa ao ser erguida do chão.

__AJUDEM OS FERIDOS E ARRUMEM ESSA BAGUNÇA!_-o vice-almirante ordenou e seguiu caminho de volta até a base com sua neta apoiada no ombro.

Por todo o caminho, Ann ficou em silêncio, não disse  nada até que fora jogada em uma cela.

__AI, VELHOTE!

__O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, ANN?!_-seu avô gritou ao trancar a porta da cela. Sengoku apareceu como num passe de mágica.-_Mais de duzentos marinheiros gravemente feridos e vinte casas destruídas!

__Eu te avisei que iria me vingar, mas quem eu queria ver não apareceu. Onde está Akainu?

__Quem faz as perguntas sou eu, pirralha!_-Sengoku se intrometeu e ela o olhou com desprezo.-_Onde está Aiskhas?

__Desculpe, quem?_-ela perguntou debochada enquanto senta com as costas encostadas na parede e riu ao vê-lo fervilhar de raiva.-_Acha que sou burra o suficiente pra trazer meu lobo?

__E você achou mesmo que não te pegaríamos?_-seu avô perguntou e ela deu ombros.

O silêncio se instalou por um momento e Garp suspirou.

__Desista disso, Ann. Eu nem te reconheço mais.

__Experimente perder seu irmão gêmeo enquanto você não consegue protegê-lo, vovô.

__A culpa não foi sua, Ann, pare de se culpar! Você precisa seguir em frente! A vingança vai te matar, Ann. O seu ódio irá te separar das pessoas que mais te amam. Apenas o amor pode salvar você, o amor é a chave de tudo, Ann!_-Garp segurou as grades com força. Ele espera que suas palavras surtem algum efeito em sua neta.

__Poderei seguir em frente depois de cravar minha foice no pescoço de Akainu._-foi tudo o que ela respondeu com um sorriso sombrio nos lábios.

Garp abaixou a cabeça e seus olhos lacrimejaram.

__Reviste ela, Garp. Tire tudo que possa ser uma arma. Irei atrás do paradeiro de Aiskhas._-dito isso, Sengoku saiu da masmorra.

O vice-almirante abriu a cela novamente e entrou. Ele nem precisou pedir, Ann prontamente ficou em pé para que pudesse ser revistada.

Garp confiscou todos os controles, mini facas e adagas que estavam com a garota.

__Você não está com Freedom, por quê?_-Ann não respondeu e ele suspirou novamente.-_Sabe, Ann, aqueles que anseiam a morte, logo passam a ser ansiados por ela também. Espero que você pense muito sobre isso e mude de ideia enquanto estiver presa, porque você não sairá daí tão cedo.

Seu avô falou por fim e se retirou também, deixando a garota sozinha, mas não por muito tempo.

__Ann-san!_-Coby gritou e apareceu no campo de visão da loira juntamente com Helmeppo.-_Você está bem?!

__Oi, meninos. Nunca estive melhor!

__Até presa você não perde seu senso de humor._-Helmeppo comentou e Ann riu. E seu riso foi sincero.-_Não pudemos acreditar que você realmente nos atacou!

__Queremos tanto poder te tirar daí._-seu amigo rosado falou e uma tristeza repentina circulou Ann.-_Não queremos que você morra, Ann-san.

__Eu não vou morrer, animem-se, esse é só o começo.

O silêncio cresceu enquanto se olham, cheios de nostalgia e sentimentos, mas antes que qualquer um dos três pudesse comentar sobre, uma presença poderosa preencheu a masmorra, e Ann sorriu ao se deitar com as mãos atrás da cabeça.

__Saiam._-a voz grave e cheia de ódio ecoou pelo recinto e os meninos saíram sem dizer uma única palavra.

__Aí está o homem que eu queria ver! Como vai, Akainu? Aproveitou bastante os últimos dias da sua vida? Espero que sim.

__Hahaha! Você está presa, Ann, foi com tanta sede ao pote assim que agiu estupidamente. Você realmente acreditou que eu me daria o trabalho que ir até a cidade dos marinheiros só porque estava sendo atacada?_-ele perguntou com deboche e o coração da garota se endureceu de ódio, porém, manteve a expressão tranquila.—Aproveite suas últimas horas de vida, porque amanhã eu vou te executar. O que acha de morrer no mesmo dia que seu irmão, Ann?

__Vai me executar é? E dessa vez também fará um anúncio público?

__O mundo só vai saber que eu te matei depois que você estiver totalmente carbonizada.

__Ah, é? Interessante!_-a tranquilidade nas palavras da garota irritam o almirante de Frota.

__Amanhã, às quatro horas da tarde, será seu fim, Gol D. Ann!

__Mal posso esperar!_-a loira sorriu enquanto seus olhos estão fixos no teto da sua cela.

Akainu cerrou os punhos com força, já pingando lava no chão, mas acontece que ele não vê o que Ann vê. Akainu não vê Freedom grudada e escondida no teto da cela, e ele não sabe que é por esse motivo que a garota sorri.

⚔️

Nota da autora: desculpem o sumiço, tive alguns problemas pessoais. Mas nesse meio tempo estive sempre pensando em como escrever as próximas cenas a seguir.

Bjos de luz✨

Gol D. Ann- A Paz Substituída Por Vingança Onde histórias criam vida. Descubra agora