Gol D. Ann- A Paz Substituída Por Vingança

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1 semana até a vingança

Por Aiskhas

Falta exatamente uma semana até minha Ann matar Akainu, mas depois daquela noite em que transamos nunca mais a vi.

Saí do quarto pra pegar uma bebida e tentar colocar meus pensamentos no lugar porque tinha sido diferente e eu não estava sabendo lidar com isso, mas quando voltei pro quarto, Ann não estava mais lá, e desde então não a vi mais.

As vezes eu a sinto tão longe e as vezes eu a sinto muito perto, mas quando procuro por ela com os olhos, não a vejo em lugar nenhum.

__Ayato, coma logo para sairmos!_-Hinata falou irritada e revirei os olhos. Ela ainda está com raiva por eu a ter dispensado naquela noite.

Não me dei o trabalho de responder e me preparei para sair de casa. Hoje vou participar de uma reunião ridícula sobre mercadorias e sereias. Toda vez que boto os pés pra fora e encontro alguém, a primeira coisa que me perguntam é quando vou ter filhos e dar uma sereia para eles brincarem.

Hinata puxou meu braço e olhei pra ela com uma sobrancelha erguida, já que suas mãos estão tremendo.

__Lembra daquele demônio de quando me salvou?

__O que tem?

__Acho que veio me buscar de novo._-ela respondeu baixinho e eu ri.

__Isso é impossível, Hinata, demônios não aparecem de di-_-minha voz morreu ao ver Ann no canto da sala.

Mas essa não é Ann. Ela não é tão alta assim e não apareceria de dia, sem contar que eu a sentiria.

__Deixe que eu resolvo. Não sai daqui._-falei pra minha esposa de mentirinha e fui até a pessoa que está se passando por Ann.-_Quem é você e o que faz aqui?

__Vim trazer um recado da Ann._-a voz soou abafada, mas reconheci.

__Devia ter vindo de noite, pirralho!

__Escute... Ann está dentro do QG. Disse a ela que era uma péssima ideia entrar lá antes da hora, mas ela disse que tinha algo que queria fazer sozinha e me pediu pra te passar uma mensagem o mais rápido possível.

__Desembucha então._-já estou ficando preocupado. Sempre que minha Ann decide mudar o plano do nada, ela acaba se machucando muito.

__Você está proibido de tocar no castelo celestial.

__Por quê?! Era o primeiro lugar que eu ia!

__Ann disse que Sabo está lá, quem quer que ele seja. E ela quer que você faça algo._-por que eu não gosto de onde isso vai dar?-_Ela quer que você troque esse papel por um igual que ele tem, sem que ele perceba.

Jack falou e abriu a mão, revelando um vivre Card pequeno que se mexe na direção do castelo. Eu lembro quando Sabo o entregou para Ann, mas por que ela quer trocar o dele pelo dela?

__Era só isso?_-perguntei e peguei o papel. Jack concordou com a cabeça e enfiou as mãos nos bolsos.-_Agora suma daqui.

__Só pra avisar, Ann está furiosa com você._-dito isso, Jack sumiu. Era uma técnica da marinha?

__Você o expulsou, querido?!_-Hinata veio até mim e grudou no meu braço.-_Como?

__Talvez eu seja um padre._-respondi irônico e ela me olhou maravilhada.-_Você tem alguma conexão dentro do castelo?

__Um tio meu vive por lá.

__Acho que está na hora de nos conhecermos, não acha?

__Não é uma boa ideia, meu tio não gosta muito de mim.

__Mas amor, quero muito conhecer sua família._-sussurrei e inclinei o rosto para baixo.

Não acredito que vou fazer isso de novo. Que nojo!

A beijei com todo o desgosto e por isso tentei imaginar minha garota no lugar dela. Prontamente Hinata retribuiu, esfregando seus peitos no meu braço. Rapidamente desfiz o beijo e ela resmungou.

__Mas e a reunião?_-questionou ao se virar pra pegar sua bolsa. Aproveitei que ela está de costas e cuspi no chão.

__Conhecer seu tio vale mais pra mim.

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__Esse é seu segundo marido, Hinata?!_-o tio dela perguntou me olhado de cima a baixo.-_Quantos escravos ele tem?

__Ah... nenhum. Ayato não gosta da ideia de ter vermes imundos.

__Então ele não serve!_-o tio dela bradou e minha raiva ferveu. Acabei de adicionar mais um maldito tenryuubito a lista.-_Você só me traz desgosto, Hinata!

__Manere como fala, ela é minha esposa e não vou tolerar isso uma segunda vez._-falei ao puxá-lo pela camisa.

Eu não me importo nenhum um pouco em como ela é tratada pelo tio, mas ela ficaria muito irritada se eu não a defendesse e preciso manter essa merda de casamento por mais sete dias.

O tio dela me olhou assustado e murmurou um "desculpa". Soltei sua camisa e ele saiu apressado. Hinata pulou nos meus braços e encheu meu rosto de beijos. Vou precisar lavar minha cara.

__Sem meu tio aqui, vamos ter que ir agora, querido.

__Só me deixe usar o banheiro antes. Me espere lá fora._-respondi e me desvencilhei dela.

Peguei o vivre card de Sabo e comecei a segui-lo. Não demorou muito e logo o encontrei disfarçado de guarda, protegendo sozinho uma porta grande. O cheiro dele me lembra o cheiro da Ann.

__Parado aí!_-ele falou e apontou a lança na minha direção.

__Eu sou o Aiskhas, tenho uma mensagem da Ann pra você!

__Aiskhas? Você não era um lobo?

__Também.

__Ann vai fazer quantos anos?

__21.

__Qual a flor favorita dela?

__Tulipas.

__Quantas sardas ela tem nas bochechas?

__15. Cinco na esquerda, cinco na direita e cinco em cima do nariz._-respondi já irritado com essas perguntas e ele abaixou a lança.

__Você conhece ela mesmo. O que minha irmã quer?

__Que você saia daqui. Após essa semana, vou destruir Mariejoa e ela não quer que você esteja presente.

__Então esse é o plano dela?_-concordei com a cabeça e ele sorriu.-_O exército revolucionário está aqui. Lutaremos juntos então.

Ele enfiou a mão no bolso e pegou o vivre card dela, que se mexe na direção de onde ela está. Essa é a minha chance!

Fingi um espirro exagerado e o ventinho que saiu da minha boca fez o pequeno papel voar pra uns 10 centímetros ao chão. Prontamente peguei para devolver, mas antes fiz a troca.

__Prontinho, cara._-falei ao colocar seu próprio vivre card no bolso do uniforme que está usando.-_Agora preciso ir.

__Como a Ann está?_-ele perguntou preocupado e eu suspirei.

__Bem, na medida do possível._-respondi e acenei antes de sumir pelo corredor.

Consegui sair do castelo sem esbarrar em ninguém e encontrei Hinata me esperando.

__Pra onde agora?

__Quero que me apresente seus colegas que possuem escravos. Talvez eles consigam me convencer a ter alguns._-respondi contendo a raiva e ela sorriu.

Hinata discutiu comigo no segundo dia de casados, porque eu disse que não teríamos escravos e ela disse que não ia fazer as coisas.

Ela deve estar feliz, achando que finalmente vai parar de cuidar da casa, mas mal sabe a minha intenção por trás disso.

Vai ser uma carnificina!