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Por Ann

Ele abriu os olhos e sorriu pra mim.

__Oi, garota._-corri para abraçá-lo sem pensar duas vezes. Marco tem o conforto como se fosse casa, como se fosse lar.-_Estava resolvendo uns assuntos pessoais nessa cidade e te vi na praça. Então decidi me esconder no navio de vocês, mas acabei dormindo enquanto esperava.

Marco desfez o abraço e colocou as mãos na minha bochecha. O sorriso dele se tornou triste e logo me puxou pra outro abraço, mas mais apertado.

__Estou tão feliz por vê-la viva, Ann.

A última vez que vi Marco, ele estava sobrevoando o céu de Marineford, tentando chegar até Ace. Afundei meu rosto em seu peito pra evitar voltar a chorar.

Apresentei Jack a Marco e o acompanhei para a cozinha afim de servir alguma coisa. Enquanto termino o que Aiskhas estava fazendo, contei tudo a ele e ele apenas me observa em silêncio enquanto escuta.

__É um plano muito arriscado, garota. As chances de dar errado são altas._-ele disse por fim e eu suspirei.-_Mas também acredito que você pode conseguir, já vi o que você pode fazer.

__Eu vou matá-lo, não há outra possibilidade além dessa._-respondi e sentei em sua frente.

__Tem um lugar que eu gostaria que você conhecesse antes de ir atrás do Akainu._-ele comentou e eu o olhei curiosa.-_É onde enterramos Ace e o Pai.

Meu coração errou as batidas e senti minha pressão abaixar. Eu nunca havia sequer me perguntando o que aconteceu depois da guerra, ou onde meu irmão foi enterrado.

__Eu não sei se estou pronta pra ir até lá, Marco. Sendo sincera com você, eu nem sei se quero._-respondi com a voz baixa e ele segurou minha mão por cima da mesa.

__Não é questão de querer ou estar pronta, Ann, você precisa ir lá. Acredito que vai te fazer bem. Me deixe te levar até lá, será rápido.

Percebi Aiskhas encostado no batente da porta da cozinha e olhei para ele. Sua expressão é estoica, mas ele não tira os olhos da mão de Marco sobre a minha.

__Tudo bem._-cedi e ele sorriu, tirando sua mão da minha.-_Mas eu realmente não posso demorar, preciso executar meu plano de acordo com o calendário.

__Não se preocupe, é uma ilha desconhecida, mas não é longe daqui. Eu consigo até ir voando._-Marco levantou e eu o acompanhei.-_Deixe que eu cuide da navegação, por que não toma um banho e descansa um pouco? Eu te chamo quando chegarmos.

Concordei com a cabeça e fui para o quarto. Com mais pessoas a bordo posso tentar relaxar. Aiskhas me segue silencioso e sentou em frente à porta do banheiro para me observar tomar banho, mesmo que ainda não esteja olhando na minha cara.

__Você acha que vai ser bom eu ir até o túmulo do Ace?_-perguntei enquanto deixo a água do chuveiro molhar meu corpo.

__Agora quer saber o que eu acho?_-sua voz é debochada com uma mistura de ironia.-_Você deve isso a ele, como uma forma de respeito. O cabeça de abacaxi tem razão.

__Você pode me contar agora a sua história em detalhes?_-pedi desejando mudar de assunto.

__Depois que Geórgia me amaldiçoou eu parei de envelhecer e fiquei migrando de país em país, mas não a procura de uma mulher que me amasse, e sim porque nunca tinha me sentido tão vivo._-ele começou e puxou os joelhos para o peito.-_Isso durou os primeiros dez anos, onde eu amava ser como era. Achava engraçado e divertido. Mas depois eu me senti solitário, porque nunca tinha ninguém pra conversar e as pessoas sempre fugiam quando me viam.

Gol D. Ann- A Paz Substituída Por Vingança Onde histórias criam vida. Descubra agora