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Por Aiskhas

Já estamos prontos para partir, e agora são seis da manhã. Finalizamos o café da manhã e estou procurando pela minha dona.

__Obrigada por ter salvado minha vida, Marco._-escutei a voz baixinho dela e espiei pela porta do consultório.

__Eu que agradeço, garota, por ter me permitido te salvar no último instante._-Marco respondeu e a puxou para um abraço forte.

Me afastei não pelo ciúme, mas porque essa frase dele mexeu comigo. Alguma coisa aconteceu ontem quando ele estava com ela, algo ruim, e ela não quer que eu saiba.

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Estamos em alto mar, Ann está no timão, usando o vivre card do cirurgião da morte como guia até Wano. Jack está fazendo algo irrelevante, Hinata ignorou a ameaça da minha dona e veio conosco.

E eu estou observando ela, Ann está incrivelmente linda nessa roupa e nunca imaginei que uma gravata cairia tão bem nela. Mas é da minha dona que estou falando, qualquer coisa cai bem nela.

O cabelo dela cresceu nesse meio tempo também, não está mais na linha da mandíbula. Agora está na altura dos seios, quase os cobrindo.

Lembrei da nossa última vez e sorri, sentindo meu sangue descer. Eu quero tanto toca-la de novo, quero  que ela sente na minha cara usando só essa gravata.

__Assim não dá. Estamos devagar demais, vou chamar Jack para ajudar com o vento._-Ann falou ao se virar para mim e se afastar do timão.-_E você, pare de me encarar.

__Como tirar os olhos de você, se você está tão linda, minha dona?

Ela não me respondeu e passou por mim, indo atrás do pirralho. Suspirei fundo e fechei os olhos. Essa mulher mexe tanto comigo, por que ela não percebe isso?

__Você nunca olhou pra mim como olha para ela..._-Hinata comentou perto de mim e suspirei de novo. Por que mesmo permiti que ela viesse?

__Minha Ann é ouro, e você..._-a olhei de cima a baixo.-_Você é alumínio.

__Mas...

__Mas nada, Hinata. Eu tenho dona, fique longe de mim, senão quem vai te matar vai ser eu.

Me afastei e antes que eu pudesse assumir o timão, Ann voltou.

__Eu não tenho ideia a que distância fica Wano, mas estamos indo pro território de um imperador, fiquem alertas._-fui abraça-la por trás, mas Ann se esquivou.

__Minha Ann... podemos conversar em particular?_-ela ergueu uma sobrancelha ao olhar pra mim por cima do ombro.

Sem dizer uma palavra, ela foi para o interior do navio e eu fui atrás. Fechei a porta do quarto depois de entrar e ela caminhou até mim, me pressionando contra a porta, esfregando seus peitos no meu abdômen.

__O que quer?_-ela está falando com tanta indiferença e mesmo assim só me sinto mais atraído. Com tesão.

__Você está linda.

__Eu sei, você ja disse isso.

__É que...

__O foi, Aiskhas?

__Você realmente não tem ideia do que está fazendo, Ann?!

__E o que supostamente eu estou fazendo além de estar perdendo meu tempo?_-peguei sua mão e abaixei até minha excitação.-_Mas eu não fiz nada, você fica assim sozinho, como um cachorro no cio.

__Nada?! Você tá andando por aí com essa roupa, parecendo uma patroa e ainda falando comigo como se eu fosse um verme, é óbvio que isso tá me excitando!

__Você gosta que eu ajo assim?_-ela perguntou numa falsa manha, enquanto empurra seus peitos mais em mim. Essa garota quer me matar.

__Eu preferia que você estivesse sentada na minha cara, seria um verme feliz._-ela sorriu e coloquei minhas mãos na sua cintura.

__Mas eu não quero._-ela se afastou repentinamente e eu fui atrás.

__Tem certeza, minha Ann? Consigo sentir seu cheiro. Você está molhada pra mim._-falei a abraçando por trás e passando minha mão por seus peitos até embaixo.

Ela arfou e eu sorri, mordiscando sua orelha.

__Por que você não pode me amar, Aiskhas?_-ela perguntou do nada e eu travei.

Então Ann se virou para mim com olhos tristes e ficou me encarando, esperando uma resposta.

__Minha Ann, eu...

__Por quê?

__PORQUE NÃO É ASSIM QUE FUNCIONA!_-soltei e ela tremeu levemente, quase imperceptível.

__Então sim, Aiskhas, tenho certeza de que não quero sentar na sua cara e não quero suas mãos em mim.

__Por que não podemos apenas ser como éramos, Ann?_-perguntei sentindo um desespero crescer. Não era assim que eu queria ter essa conversa.

__Porque eu estou tentando me curar e seguir em frente, Aiskhas! E eu não vou conseguir fazer isso fingindo que não sinto nada além de tesão por você. Eu te amo, Aiskhas, e você não sabe o quanto dói ter só uma parte de você, a parte que você só deseja meu corpo e nada mais. Eu não posso continuar fazendo isso comigo mesma.

__Ann, eu...

__Você me ama ou não?_-ela me interrompeu e ficou me olhando. Meu coração está acelerado e as palavras querem sair da minha boca e dizer que eu a amo, mas eu não consigo.

Abro e fecho a boca, buscando as palavras que ela quer tanto ouvir, mas não sai nada. Então Ann sorriu e me abraçou, me puxando pelo pescoço, e com a voz tremida disse:

__Seu silêncio é uma resposta, Aiskhas._-então ela me soltou e saiu do quarto.

Sentei na cama e afundei meu rosto nas mãos. Por que eu sou tão covarde? Não consigo dizer que a amo e assumi-la. Do que caralhos eu tenho tanto medo?!

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Gol D. Ann- A Paz Substituída Por Vingança Onde histórias criam vida. Descubra agora