O Enigma da Luz Brilhante

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Alion ergue a taça até os lábios, seu semblante impenetrável enquanto o líquido escuro desliza pela garganta, um vislumbre de prazer e poder refletido em seus olhos profundos como o abismo. Cada gole parece fortalecê-lo, alimentando sua determinação e sua conexão com as sombras que o rodeiam. Assim, ele se prepara para os desafios que aguardam, cada movimento calculado como uma peça em um jogo de xadrez cósmico, onde ele é o mestre das peças e as sombras, seus leais servos.

Ele respira fundo e limpa os seus lábios com um dos seus braços

Com um movimento gracioso, Alion deposita a taça na bandeja que repousa no centro da mesa da sala, as sombras dançando ao redor dela como guardiãs silenciosas de seu poder. Com um último olhar para a cena, ele se afasta, suas passadas ecoando pelo salão em um ritmo firme e decidido. À medida que ele se distancia, o brilho das velas parece dançar em sua esteira, testemunhas silenciosas de sua presença majestosa e imponente. E assim, envolto nas sombras da noite, Alion desaparece, deixando para trás um rastro de mistério e promessas não ditas.

Alion caminha até a janela do pátio, suas botas ecoando suavemente contra o chão de pedra enquanto ele se aproxima. Um suspiro escapa de seus lábios, quase inaudível, enquanto ele contempla o céu estrelado além do vidro polido. A luz da lua banha seu rosto, destacando os traços angulares de sua expressão pensativa. Por um momento, ele permanece ali, imerso em seus próprios pensamentos, talvez planejando os próximos passos de seu ambicioso caminho ou refletindo sobre o que o destino reserva. E então, com uma determinação renovada brilhando em seus olhos, ele se afasta da janela, pronto para enfrentar o que quer que o futuro reserve nas sombras da noite.

Ao se aproximar do poço, Alion se vira involuntariamente e seu reflexo é capturado pela superfície escura da água. Por um instante, ele encara sua própria imagem, os contornos sombrios refletidos de volta para ele. É como se estivesse encarando uma versão distorcida de si mesmo, uma manifestação das sombras que o cercam e uma lembrança constante de sua própria dualidade. Um arrepio percorre sua espinha, mas ele não desvia o olhar. Em vez disso, ele enfrenta seu próprio reflexo com determinação, como se estivesse desafiando as próprias sombras que o habitam. E então, com um aceno de cabeça firme, ele continua em frente, deixando para trás a visão perturbadora enquanto mergulha mais fundo nas sombras da noite.

Com uma determinação silenciosa, Alion mergulha suas mãos na água escura do poço, sentindo a sensação fria e penetrante envolvendo suas mãos. Por um momento, tudo fica silencioso ao seu redor, como se o próprio tempo estivesse suspenso. Então, lentamente, imagens começam a se formar na superfície ondulante da água, como visões fragmentadas de um passado distante ou de um futuro incerto. Seu coração bate mais rápido enquanto ele observa, absorvendo as imagens com uma intensidade quase palpável. Cada visão é um enigma, um fragmento de um mistério ainda por desvendar. E assim, com as mãos ainda imersas na água escura, Alion se entrega ao poder das sombras, preparado para desvendar os segredos que aguardam nas profundezas do poço.

Com as mãos ainda mergulhadas na água escura, Alion concentra sua mente nas visões que se formam diante dele. Ele faz perguntas em silêncio, buscando respostas nos mistérios do poço.

"Como está o meu amor, o meu Lysader?", murmura ele, sua voz ecoando suavemente na quietude da noite. Ele aguarda, ansioso, pela resposta que tanto deseja.

E então, outra questão surge em sua mente: "Se eu não fosse o mestre das sombras, onde estaria eu agora?"

À medida que as imagens se desdobram diante de seus olhos na superfície ondulante da água, Alion se prepara para receber as respostas, consciente de que cada visão pode conter a chave para os mistérios de seu destino.

Com um grito ecoando pela noite, Alion é repentinamente envolvido por uma força invisível, e o poço parece ganhar vida própria, puxando-o para dentro de suas profundezas escuras. Seu corpo é sugado implacavelmente, como se as próprias sombras estivessem ansiosas para reivindicar seu mestre. Ele luta contra a correnteza inexorável, suas mãos se agarrando desesperadamente à beira do poço enquanto ele é arrastado para o desconhecido.

A Saga dos Dragões Perdidos - VOL 1Onde histórias criam vida. Descubra agora