"Além da Escuridão: Em Busca da Luz"

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A luz vermelha envolveu a vítima, que se contorcia em agonia, e uma onda de energia percorreu o círculo, iluminando os rostos impassíveis dos guardas. Alion sentiu o poder fluir através de si, uma sensação intoxicante que o fazia querer mais. As palavras antigas em sua língua continuavam a ecoar, mais intensas, mais rápidas.

No auge do ritual, a luz vermelha explodiu em um clarão cegante, e a vítima caiu inerte no chão, sem vida. O silêncio tomou conta do pátio, apenas quebrado pela respiração pesada de Alion. Ele se aproximou do corpo, sentindo a energia residual que ainda pairava no ar, e se ajoelhou, tocando o peito da vítima. Um sorriso cruel curvou seus lábios ao sentir a essência vital impregnada em suas veias.

"Guardas," ele disse, levantando-se lentamente, "levem o corpo. O ritual foi um sucesso, mas nosso trabalho está apenas começando."

Os guardas se moveram rapidamente para obedecer, carregando o corpo sem vida para fora do círculo. Alion permaneceu, olhando para o céu noturno, onde as estrelas pareciam brilhar mais intensamente após o sacrifício. A sensação de poder o preenchia, e ele sabia que cada vida que tomava o aproximava mais de seu objetivo final.

Quando se virou para sair do pátio, uma figura encapuzada apareceu na entrada. Era uma mensageira, uma espiã leal que trazia notícias urgentes.

"Meu senhor," ela começou, sua voz baixa e reverente, "descobrimos o paradeiro do artefato que você procura. Está nas profundezas da Floresta Negra, guardado por forças que desconhecemos."

Alion sorriu novamente, um brilho predatório em seus olhos. "Excelente. Preparem os homens. Partimos ao amanhecer."

A mensageira assentiu e desapareceu nas sombras. Alion, ainda sentindo o resíduo do poder do ritual, caminhou de volta para o interior do castelo, seus pensamentos já focados na próxima fase de sua busca. O artefato, uma relíquia antiga de imenso poder, era a chave para consolidar seu domínio. Ele não pararia por nada até tê-lo em suas mãos, e qualquer um que ousasse cruzar seu caminho pagaria com sua vida.

O amanhecer traria mais desafios, mais sacrifícios, e mais poder para Alion. E assim, a noite de sangue e sombras chegava ao fim, dando lugar a um novo dia de conquista e escuridão.

Com os primeiros raios de sol tocando as torres do castelo, Alion estava de pé em seu gabinete, estrategicamente posicionando seus recursos no mapa que detalhava a imensa Floresta Negra. Seus conselheiros mais confiáveis estavam reunidos ao seu redor, analisando as informações recém-recolhidas pela mensageira.

"Os caminhos são traiçoeiros," disse um dos conselheiros, apontando para um trecho do mapa. "Há relatos de criaturas que atacam sem aviso. E há rumores de uma antiga magia que protege o artefato."

Alion assentiu, o olhar fixo na floresta desenhada. "Nada que nossa determinação e força não possam superar. Prepararemos o melhor dos nossos homens e usaremos todos os recursos à nossa disposição."

O castelo estava em frenética atividade. Soldados afivelavam suas armaduras, verificavam suas armas e agrupavam-se em formação. No centro de tudo, Alion, montado em seu cavalo negro, observava com um olhar calculista. Sua presença era imponente, irradiando uma autoridade que inspirava seus seguidores e aterrorizava seus inimigos.

"Hoje, avançamos em direção ao desconhecido," ele proclamou, sua voz carregando-se pelo pátio. "E aqueles que ousarem se opor a nós, aprenderão a temer o nome Alion."

O caminho para a Floresta Negra era sinuoso e traiçoeiro. À medida que avançavam, a vegetação se tornava mais densa, e uma névoa espessa começava a envolver a comitiva. Alion sentia a magia no ar, uma força antiga e poderosa que parecia pulsar ao redor deles. Ele estava preparado para isso, conhecia os perigos que enfrentaria, mas estava determinado a não ser dissuadido.

A Saga dos Dragões Perdidos - VOL 1Onde histórias criam vida. Descubra agora