A Saga dos Dragões Perdidos - VOL 1

"Tentando as Profundezas: Um Diálogo Entre Trevas e Luz"

Enquanto Alion cavalgava pelo caminho escuro, seu coração pesava com o fardo de suas próprias dúvidas e angústias. Ele se sentia perdido em um mar de escuridão, incapaz de encontrar uma luz que iluminasse seu caminho.

As sombras da floresta o cercavam, sussurrando segredos sombrios e lembranças dolorosas. Cada galho quebrado e cada som desconhecido ecoava em sua mente, alimentando seus medos mais profundos e obscurecendo sua visão do futuro.

Ele se perguntava se algum dia encontraria paz, se algum dia conseguiria se libertar das correntes que o prendiam ao passado. Suas lágrimas se misturavam com a chuva que começava a cair, uma tempestade de emoções que ameaçava engoli-lo por completo.

Mas mesmo em seu desespero mais profundo, uma chama de esperança ainda ardia dentro dele. Uma voz suave ecoou em sua mente, lembrando-o de que ele não estava sozinho, de que ainda havia amor e compaixão no mundo, esperando para serem encontrados.

Então, com determinação renovada, Alion ergueu a cabeça e apertou as rédeas de seu cavalo. Ele não sabia para onde estava indo, mas sabia que precisava continuar. Ele precisava encontrar uma maneira de enfrentar seus demônios internos e encontrar a luz que tanto ansiava.

Sob o céu tempestuoso e as estrelas ocultas pelas nuvens, a jornada solitária de Alion continuou. Ele cavalgava em direção ao desconhecido, cada passo uma promessa de que, apesar das adversidades, ele nunca desistiria da busca pela verdadeira paz e redenção.

Noctar, sentado em seu trono das sombras, contemplava o cenário diante de si com um olhar sombrio e penetrante. Sua figura imponente estava envolta em trevas, emanando uma aura de poder e mistério enquanto observava a imagem de Alion chorando, refletida nas sombras dançantes ao seu redor.

Ele observava com interesse enquanto Alion cavalgava pela noite escura, suas lágrimas misturando-se à chuva que caía sem cessar. Noctar podia sentir a dor e a angústia que consumiam a alma de Alion, uma energia que ressoava profundamente com a escuridão que ele próprio representava.

Uma sensação de satisfação sinistra se apoderou de Noctar enquanto ele observava o sofrimento de Alion. Para ele, as lágrimas de dor eram como um tributo à escuridão, uma confirmação de que suas sombras continuariam a se espalhar e a envolver o mundo em seu abraço gelado.

Mas, mesmo enquanto se deleitava com o tormento de Alion, uma centelha de curiosidade brilhava nos olhos de Noctar. Ele sabia que havia mais do que simples tristeza por trás das lágrimas de Alion, uma dor mais profunda e uma luta interna que ele mal começara a compreender.

Noctar sabia que Alion era uma peça importante em seu jogo de sombras e luz, uma peça que poderia ser moldada e manipulada de acordo com sua vontade. E enquanto observava a imagem de Alion desaparecer na escuridão da noite, ele sabia que sua jornada estava longe de terminar, e que o destino dos dois estava entrelaçado de uma maneira que nenhum deles poderia prever.

As palavras sombrias de Noctar ecoaram pela sala do trono, envolvendo o ambiente em um manto de escuridão. Ele olhou para a imagem de Alion com um sorriso sinistro, sua voz carregada de desdém e malícia.

"Meu filho, você ainda quer ser do bem?" repetiu ele, sua voz ressoando como um eco macabro. "Quando você vai perceber que uma vez nascido das trevas, sempre das trevas? Não há escapatória, não há redenção para aqueles como nós."

Ele se ergueu do trono, movendo-se com uma graça sinistra em direção à imagem de Alion que ainda dançava nas sombras. Seus olhos brilhavam com uma luz malévola, refletindo a escuridão que residia em sua própria alma.

"Você pensa que pode escapar do seu destino, Alion?" continuou Noctar, sua voz gotejando com veneno. "Você é um filho das trevas, assim como eu. É hora de aceitar isso e abraçar o verdadeiro poder que reside dentro de você."