Imprevisto - Lilex

"Me ajuda"

Lívia pov

Depois que o Alex dormiu eu fiquei pensando, como o Téo sabia sobre as crises de ansiedade dele? Quem tinha contado?

Sei que todos do lado torre devem estar suspeitando da Julieta, mas não acho que ela faria isso, minha amiga nunca foi dessas coisas, nunca foi leva e trás.

Mas quem mais? Quem mais sabia sobre as crises de ansiedade do Alex e tem contato com o lado vila? Há alguém que não é confiável entre nós e eu preciso descobrir quem é.

Eu me levantei lentamente para pegar meu celular e notei o Alex se agitar um pouco.

Alex: Não, Lili - ele falou manhoso abraçando minha cintura e me impossibilitando de sair.

Lívia: Amor, eu só vou pegar o meu celular - eu falei para ele com uma voz leve.

Alex: Não, fica aqui comigo, por favor - ele falou mais uma vez com uma voz manhosa e um tanto chorosa - Não me deixa sozinho, amor - ok, quem eu estava tentando enganar? Não conseguiria dizer não para ele.

Lívia: Tá bom, amor, calma - eu falei acariciando os cabelos dele e ele pareceu se acalmar um pouco - Eu não vou a lugar nenhum, prometo - eu falei baixinho e vi ele balançar a cabeça afirmativamente.

Alex: Eu amo você - ele falou baixinho e eu sorri.

Lívia: Eu também amo você, meu bem - eu falei olhando para ele - Acha que você vai ser suspenso do CEC? - eu perguntei um pouco preocupada e ele desviou o olhar.

Alex: Por mim eu poderia ser até expulso, não faço mais questão de treinar lá - ele falou sentando na cama com grande mágoa na voz.

Lívia: Não fala isso, Lex, você adora treinar - eu falei encarando ele preocupada.

Alex: Realmente, mas aquele idiota falou para todo mundo que eu tenho crises de ansiedade e me corto, e que eu não tenho mãe, eu não quero voltar para lá se todo mundo for ficar me olhando com pena - ele falou irritado.

Lívia: Alex, eu, os seus amigos, o Hélio, a gente se preocupa com você, e não é pena, é cuidado, só isso - eu falei segurando a mão dele.

Alex: Eu sei, mas e as outras pessoas? - ele perguntou baixo.

Lívia: E porquê as outras pessoas importam tanto assim? - eu perguntei segurando o rosto dele e fazendo o mesmo me olhar.

Alex: Porquê é vergonhoso - ele falou com uma voz triste.

Lívia: Não, não é vergonhoso, todos tem os seus momentos de fragilidade, para de tentar fingir que você é forte o tempo inteiro, ninguém é forte o tempo inteiro, Alex - eu falei um pouco irritada e vi ele abaixar a cabeça - Desculpa, eu não quis ser rude, só não entendo porquê você acha que nunca pode demonstrar fraqueza, ninguém vai te julgar por ter problemas, amor - eu falei acariciando o seu rosto.

Alex: Tudo bem, mas ainda assim, eu não queria que todo mundo ficasse sabendo daquelas coisas, é algo pessoal - ele falou com a cabeça baixa.

Lívia: Eu sei, meu amor, e entendo você, mas não se deixe abater por isso, você é muito mais forte que todas essas coisas - eu falei encostando minha testa na dele e ele concordou levemente com a cabeça.

Alex: Tá bom, eu prometo que vou ficar firme - ele falou baixo e eu sorri levemente para ele.

De repente escutamos a porta se abrindo, era o meu sogro, ele nos encarou e parecia bravo.

Mauro: Alex Ferrari, o que aconteceu hoje no CEC? - ele perguntou impaciente.

Alex: Eu bati no Téo - o Alex falou de cabeça baixa.