Amigos não oferecem prazer

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As próximas cenas estão um tanto quentes. Se este tipo de conteúdo não te agrada, espere os próximos capítulos. 



Sophie me conduziu pela casa. Antes dos dois pequenos quartos onde dormiam as crianças havia um pequeno cômodo, uma espécie de despensa. Entramos. Ela soltou minha mão e foi até a pequena janela, fechando a cortina amarronzada. O ambiente ficou mais escuro no mesmo instante.

Sophie retornou a meu encontro. Encarou-me e tocou em meu rosto, fazendo-lhe uma carícia. Em retribuição, eu deslizei sua mão para mais perto de meus lábios, maculando sua palma com um beijo.

Eu pisquei os olhos, enfim me acostumando à penumbra. Estava escuro, mas ainda era possível distinguir os traços delicados dela. Eu a fitei de um jeito profundo.

– Não quero que faça nada que não queira. – Balancei a cabeça lentamente de um lado a outro.

Por mais que eu estivesse tomado por meus anseios de homem, eu consegui ter discernimento. Deveria respeitar a vontade dela. Se eu não fosse aquele por quem Sophie gostaria de ir além, eu deveria entender, por mais que a ideia me ferisse profundamente.

Minha amiga ficou na ponta dos pés para me alcançar.

– Edward, eu nunca disse que não queria.

Ela tomou meu rosto entre suas mãos, acrescentando:

– Mas... Um dia irá entender a razão de minhas limitações.

Sem que ela me desse o direito de resposta, avançou, a boca macia e carnuda capturando a minha.

Eu agarrei seu corpo, erguendo-a do chão para que ficasse à minha altura sem ter que se esticar na ponta dos pés.

Meus músculos tremeram, minha pele ficando febril da carência daquilo que ela dissera não poder me oferecer. E o beijo que trocávamos, que a cada minuto se intensificava mais, só piorava minha situação.

O corpo de Sophie era pequeno, mas parecia ter as medidas exatas para se encaixar no meu. Eu conseguia me imaginar avançando sobre ela, cobrindo-a com meu calor, meus quadris sendo gentilmente recepcionados por suas pernas entreabertas, minha ereção fazendo-lhe o convite para entrar em seu local mais secreto.

Mas estava claro que nada disso aconteceria.

Antes que eu flexionasse suas pernas para abarcar meu corpo e parecesse querer forçá-la a se lembrar de meu desejo, deixei-a deslizar por meus braços até que seus pés tocassem o chão novamente. O gesto, por consequência também interrompeu nossos beijos.

Mas Sophie não se afastou de mim, pelo contrário. Seus olhos castanhos refletiram certa determinação ao me examinarem antes que suas pequenas e delicadas mãos desfizessem o nó do lenço de seda em meu pescoço e rumassem até os botões de minha camisa.

Puxando para um dos lados, tirei a peça de seda, segurando-a em uma das mãos.

Eu acompanhei o movimento dos dedos de Sophie que livravam cada um dos botões de suas casas, como um mero espectador. As mãos dela eram ágeis e tive a sensação de que ela já fizera aquilo antes alguma vez, pois parecia segura e firme o bastante. Sophie deu fim à sua tarefa e afastou cada um dos lados da camisa, arrastando o tecido das mangas por meus braços até me despir da peça por completo. Mirei a camisa no chão, depois voltei meu olhar para Sophie.

– É a última chance que tem de me beijar esta noite, milorde. – Ela me disse como um aviso, ao mesmo tempo em que uma das mãos capturou a cintura de minha calça.

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