Flor de East End

Descobertas

Eu arrastei as laterais do vestido de Sophie para os lados, o tecido se amontoando em sua cintura, a visão de seus seios me dando as boas-vindas de seu corpo.

Por um instante, imaginei Sophie reagindo de uma forma tímida, tentando se cobrir para não ser vista, mas ela se comportou exatamente da forma contrária: com coragem e ousadia. Também fora assim naquela tarde, quando me oferecera prazer sem que eu lhe retribuísse. Esse era um traço de sua personalidade: Sophie era segura de si, embora em relação a seus sentimentos ela manifestasse justamente o oposto. Ela se ajeitou em minhas pernas e deslizou o vestido cintura abaixo, fazendo malabarismos para livrá-lo do corpo até conseguir arremessá-lo no banco oposto ao que estávamos sentados.

A confiança dela, o modo como demonstrava saber o que estava fazendo me deixava atônito e ao mesmo tempo fascinado. E felizmente, agora eu sentia que ela não voltaria atrás em sua decisão. Sophie era assim, resistente, mas corajosa o suficiente para não hesitar quando enfim decidia por algo. Eu também não hesitaria. Faria o meu melhor para lhe mostrar o quanto ela era desejada. O quanto minha vida havia mudado desde que nos encontráramos naquela noite em que pensei ter sido um erro ao me ver esquecido por tio Armin.

Eu estava admirando suas feições delicadas, o cabelo preto cuidadosamente penteado e preso, adornado por flores de seda azuis, ainda pensando nos passos que eu teria que dar quando Sophie se inclinou sobre mim, muito pouco tecido separando sua pele quase totalmente exposta de meu corpo. Suas mãos agarraram o cós de minha calça e seus olhos castanhos encontraram os meus. Ela não queria perder tempo. Na verdade, não poderíamos perder tempo. Não tínhamos a noite toda.

Eu segurei as suas mãos, guiando-as até o centro do cós para encontrar os botões que fechavam a peça de roupa. Os dedos delicados de Sophie fizeram o trabalho de desabotoar a calça e então foi a minha vez de me despir, ela me dando espaço e permitindo que eu me movimentasse para me livrar das roupas de baixo.

Os olhos de Sophie miraram diretamente minha masculinidade e eu não pude evitar lembrar que ela já o tivera entre seus lábios. Mas desta vez, seriam outros lábios que o receberia. De repente, um pensamento fluiu através de minha mente. Eu queria ser bom o suficiente para ela. Queria impressioná-la, mas não havia como não pensar que eu poderia estar aquém de outro homem com quem ela estivera um dia.

Eu inspirei o ar profundamente para afastar aquela semente de insegurança inconveniente.

Sophie deslizou os dedos pelo meu rosto, o olhar cálido e um sorriso discreto me tentando em um convite indecoroso. Ela não disse palavra alguma, mas pareceu de alguma forma me confortar com seu desembaraço. Eu vi minha própria imagem refletida em suas irises. Mas será que Sophie me via da mesma forma que eu a via, com aquele ardor que se expandia dentro de meu peito?

Eu a trouxe para mais perto de mim, minhas mãos grudando-se à sua cintura e minha ereção se projetando em seu ventre. Afundei meu rosto entre o vale de seus seios, Sophie arqueando o corpo quando minha boca entrou em contato com um deles ao beijá-lo. Era macio e quente ao toque, perfumado com um odor de lírios brancos.

De repente, me vi tomado por uma necessidade de tê-los dentro de minha boca, de mordê-los, sugá-los, apreciá-los. Não me intimidei e então o fiz, minha boca se abrindo para tomar a porção macia. Eu os provei, meus lábios se deleitando ao deslizar sobre o formato montanhoso até encontrar a rugosidade e a dureza de seu bico. Sophie se mexeu, as pernas abertas sobre mim se fechando e me fazendo pressão.

No momento em que o mordi, uma de suas mãos agarrou meus cabelos, seus lábios deixando escapar um pequeno gemido. Minha língua girou em torno de seu bico rijo, umedecendo por completo toda a área ao redor, os dedos de Sophie se curvando e repuxando os fios de meu cabelo em resposta.