●Capítulo 18●

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📍Sp, Brasil 🗓 10:30 ⏰️04/01

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📍Sp, Brasil 
🗓 10:30 
⏰️04/01



Adoro a sensação de alivio quando fazemos algo bom. 

Saber que fizemos nosso trabalho bem é muito gratificante. Nem parece que eu estava me tremendo antes de começar a falar. 

Vejo todos se direcionarem a parte de lazer igual crianças. Me sinto mil vezes mais leve por não ter cometido nenhum meme. Organizo os papéis de cima da mesa, mas sou interrompida por dois jovens palmeirenses. 

--Oi professora!

--Pode me chamar de Lia, Endrick. 

--Tudo bem, eu e o Richard viemos pedir seu número- Arregalo os olhos pela maneira leve em que o atacante fala.

--Mas é muito burro!- Fala o colombiano dando uma cotovelada no mais novo- Queríamos seu número para colocar no grupo de WhatsApp

--Ah sim! aqui- Estendo meu celular com o número na tela e os dois sorriem anotando.

--Obrigada Lia!- Eles vão sussurrando alguma coisa um para o outro enquanto andam em direção da porta, mas no meio do caminho os dois param. 

--Você não vem?

--Acho melhor deixar vocês sozinhos para aproveitarem, não tenho intimidade e 

--Oxi! Vem logo, é importante nos conhecermos- O adolescente fala com seu sotaque que deixa as coisas mais engraçadas. 

Suspiro derrotada e sigo os dois até o restante do grupo. Apenas nesse pequeno tempo e com os vídeos que assisti percebi que Endrick é um verdadeiro furacão.

--Vamos jogar Fifa!-Richard me arrasta até um sofá em frente a um telão 

--Vai jogar?-Pergunta Murilo

--Posso tentar- Pego um controle e o jogador pega o outro.

--Já vou avisando que sou um dos melhores!- Fala batendo no peito. Escolho o Manchester City e ele o Real e logo começamos- GOOOOOL! VAMOOOO!

--Não cante vitória antes da hora- Falo estalando meus dedos enquanto ele comemora o gol.

Dito e feito, ganho o jogo de 5 à 1.

--Caralho! Tomou!- Endrick zoa o amigo. 

--Ela roubou, não é possível!

--Aceita que doí menos- Bato em seu ombro como consolo e levanto- O almoço está liberado!- Falo um pouco mais alto para que todos possam escutar.

Alguns vão quase correndo e outros enrolam um pouco mais ali terminando alguma partida. 

Assim que chego na porta do refeitório sinto minha barriga roncar pelo cheiro da comida e por não ter tomado nada de café da manhã. Pego arroz, feijão, frango e muita salada junto com suco de maçã. Ando até a mesa de comissão técnica quando sou parada por Zé Rafael.

--Senta com a gente!- Sorrio e sento na única cadeira livre.

 Veiga estava sentado em minha frente com cara de bunda. Na verdade nem sei se já vi ele sorrindo durante esse tempo. Todos conversam e brincam e ele continua estático. 

--Conta pra gente mais sobre você- Dudu dirige a palavra pra mim e todos os olhares se cruzam com o meu. 

--Não tenho nada muito interessante. Tenho 25 anos, fiz vários cursos diferentes, morava em Portugal, gosto de jogar diferentes jogos e é isso.

--Você tem vinte e cinco anos e é treinadora?- Gómez pergunta

--Sou sim, comecei desde cedo.

--Sendo sobrinha do Abel é fácil- Escuto Rafael resmungar

--O que disse?

--Nada, vou ao banheiro- Ele levanta deixando seu prato cheio em cima da mesa.

Qual o problema dele?

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Lily • Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora