●Capítulo 62●

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📆02/03        ⏰️09:20             📍Sp, Brasil

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📆02/03       
⏰️09:20             
📍Sp, Brasil


Normalmente não chego tão cedo no ct, mas hoje é diferente. Tudo que envolve ela é diferente. Ontem quando acordei de madrugada e não vi ela quase surtei. Todas as vezes que algo acontece ela se afasta.

Ando pelos corredores ainda silenciosos indo até sua sala, sei que ela sempre está lá. Abro a porta sem bater e entro assustando a loira que estava sentada em sua mesa mexendo no computador. 

--Qual o seu problema em bater na porta?

--A gente vai conversar- Me sento na cadeira em sua frente

--Raphael- Murmura jogando a cabeça para trás

-- Três horas da manhã, três horas. Sério que não podia esperar até o outro dia?

--Olha eu não consigo, é muita intimidade  e e eu não tô pronta eu não posso- Balança a cabeça estalando os dedos, em momento algum olhando em meus olhos

--Cara eu juro que tento te entender, mas não consigo a gente transou ontem e você acha dormir muita intimidade?- Jogo minha cabeça pra trás

-- Olha a gente combinou que isso é só um rolo, nada demais, então não vamos discutir sobre isso. Sem compromisso lembra?- Levanta a sobrancelha sugestiva

--Tá tá, mas também nada de fazer coisas que colocam nossas vidas em risco. Não é bom sair de noite com um motorista desconhecido.  

--Não fala assim do Joaquim- Faz um bico com os lábios, ela também não facilita 

--Esse é o nome dele?

--É sim, ele é um senhor incrível- Fala com um sorriso no rosto- Ele e a família são bem unidos e precisavam de ajuda então paguei a mais pela corrida, mas tô pensando no que mais posso fazer

--Eu acho que tenho uma ideia- Ela olha pra mim curiosa- Precisamos de um zelador no meu instituto, pode não ser o melhor emprego, mas acho que é melhor que- Ela levanta rapidamente de trás da mesa se jogando em meus braços

--Obrigada por me ajudar, mesmo não tendo essa responsabilidade

--Tá tudo bem, tem o número dele?

--Tenho sim- Fala teclando no celular logo me mostrando a tela

--Vou mandar uma mensagem pra ele mais tarde falando pra ele ir lá mais tarde- Guardo o celular no bolso de novo

--Agora vasa da minha sala e vai pro vestiário- Me empurra pelas costas

-- Tá me expulsando Lily?- Me aproximo dela

--Estou- Me empurra na direção da porta 

--Chatinha- Lhe dou um selinho e saio rapidamente da sala antes que ela reclame.



Quebra de tempo... 

O treino foi bem tático hoje para nos prepararmos bem para o clássico de amanhã. No tempo do almoço mandei uma mensagem para o senhor que primeiro não acreditou que era eu, mas depois que liguei pra ele deu tudo certo.  

Falei a proposta para ele que ficou super feliz com a possibilidade e já confirmou presença na "entrevista". A comissão inteira passou algumas instruções para a gente assim como dona Mirtes que nos deu algumas instruções sobre alimentação e uns sucos esquisitos em uma garrafa. 

--Lia- Seguro seu braço antes que ela pudesse sair do ct

--Fala Veiga- Levanto a sobrancelha pela forma que ela me chamou, mas resolvo não questionar

--Confirmei com o Joaquim lá no instituto, quer ir junto?- Vejo que ela não consegue segurar a surpresa em seu rosto

--Ir no seu instituto?

--Claro, as crianças vão te adorar- Não consigo não soltar um sorriso de lado tentando a convencer

--Tudo bem, vai na frente com o carro que eu te sigo- Volta a andar para o estacionamento agora comigo ao seu lado.

Durante o trajeto ela me segue com seu carro e não demoramos muito para chegarmos. Estacionamos lado a lado e logo caminhamos para dentro do lugar. Não consigo não reparar que ela estava nervosa com a situação, estava mordendo a parte interna da bochecha e apertando as unhas contra a palma das mãos.

--Ei relaxa- Aperto seu ombro levemente trazendo sua atenção para mim

--Só tô meio nervosa

--O pessoal é ótimo e seu Joaquim já deve estar aí dentro- Tento lhe passar confiança e a loira solta um sorriso quando escuta o nome do senhor.

Assim que abrimos a porta entramos na recepção do instituto vendo as recepcionistas atrás do balcão e o seu Joaquim sentado em uma das poltronas. Assim que ele vê a gente levanta para abraçar a Lia

--Muito obrigado minha filha, não sabe o quanto isso tá sendo importante

--Tudo bem, gostei muito do senhor- O mais velho sorri e os olhares são voltados pra mim

--Joana, vou mostrar o instituto pra eles- Falo pra recepcionista que libera nossa entrada na catraca

--Obrigada meu filho

--Tudo bem, se é importante pra Lily é importante pra mim- A frase saí mais no automático e nem tenho tempo de processar.

A verdade é que essa frase vem se tornando cada vez mais normal ultimamente.



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Lily • Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora