Capítulo 29

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Maya Harper

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Maya Harper


Acordei com o som das ondas batendo suavemente na praia e o calor do sol filtrando-se pelas cortinas do quarto do hotel. A lembrança da noite passada ainda estava fresca na minha mente, uma mistura de prazer e confusão. Maxwell dormia ao meu lado, seu braço jogado de maneira possessiva sobre minha cintura. A intimidade que compartilhamos foi intensa e crua, desprovida de qualquer romantismo clichê. Não era amor, ou pelo menos, eu não queria acreditar que poderia ser. Meu passado, as cicatrizes que carregava, não me permitiam tal luxo.

Levantei-me cuidadosamente para não acordá-lo e caminhei até a varanda, sentindo a brisa do mar acariciar minha pele. Olhei para o horizonte, tentando encontrar alguma clareza nos meus pensamentos. Maxwell era uma presença forte e dominante em minha vida, e isso me assustava. Não queria me apegar a ninguém, não queria depender de ninguém. Eu havia aprendido, da pior maneira possível, que confiar nas pessoas poderia ser fatal.

Logo, Maxwell se levantou, e trocamos um olhar silencioso, cheio de significados não ditos. Ele se aproximou e passou os braços ao meu redor, beijando meu pescoço de leve -Bom dia - ele sussurrou.

- Bom dia - respondi, tentando esconder a confusão em minha voz.

Depois de um café da manhã rápido com a equipe, decidimos explorar a ilha. O Havaí era conhecido por suas belezas naturais, e isso parecia uma boa distração para os pensamentos complicados que borbulhavam em minha mente. Pegamos um jipe e partimos, eu sentada ao lado de Maxwell, sentindo a tensão entre nós como uma corrente elétrica.

Nosso primeiro destino foi uma trilha em uma floresta exuberante. Caminhávamos em um ritmo confortável, admirando a vegetação densa e ouvindo os sons da natureza ao nosso redor. A equipe estava animada, fazendo piadas e tirando fotos. No entanto, não conseguia me livrar da sensação de estar sendo observada, de que algo poderia dar errado a qualquer momento. Era um reflexo dos anos de paranoia e cautela.

Enquanto caminhávamos, Maxwell se aproximou e segurou minha mão para me ajudar a descer um terreno íngreme - Cuidado aqui - ele disse, seu tom sério, mas seus olhos brilhando com algo mais - Não quero que você se machuque -

Senti um aperto no peito, uma mistura de gratidão e irritação. A proteção dele era reconfortante, mas também me lembrava do quanto eu odiava me sentir vulnerável - Eu consigo me cuidar, Maxwell - respondi, tentando esconder a vulnerabilidade em minha voz.

- Eu sei - ele disse suavemente.
- Mas não custa nada aceitar um pouco de ajuda de vez em quando -

Continuamos a trilha até chegarmos a uma cachoeira escondida. A vista era deslumbrante, a água cristalina caindo sobre as rochas e formando um pequeno lago. A equipe rapidamente se desfez das roupas e mergulhou na água, rindo e brincando. Maxwell e eu nos juntamos a eles, mas havia uma tensão silenciosa entre nós, uma eletricidade que não podíamos ignorar.

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