Capítulo 40

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Maya Harper

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Maya Harper


Maxwell estava acordado há alguns minutos, mas ainda parecia frágil. Decidiu ficar em seu quarto, recuperando-se dos eventos recentes. O fogo, o caos, a sensação de quase tê-lo perdido... tudo ainda estava muito fresco na minha mente. Ele só retornaria à agência à tarde, quando se sentisse completamente bem. Cam e Maggie perceberam minha inquietação e sugeriram que eu ficasse com ele - Vocês têm muito a conversar - disse Maggie com um olhar compreensivo, e eu sabia que ela estava certa.

Respirei fundo e fui até o quarto dele. Maxwell estava sentado na cama, as costas apoiadas na cabeceira, parecendo perdido em pensamentos. Quando entrei, ele me olhou e um sorriso suave apareceu em seu rosto, ainda um pouco cansado, mas genuíno.

- Veio ver se eu ainda estou inteiro, abelhinha? - Ele disse com um meio sorriso, a voz ainda rouca, mas carregada de uma provocação que só ele conseguia fazer soar carinhosa.

Aquele apelido, que ele usava com frequência, sempre me fazia sorrir, me lembrava minha mãe. Era um dos poucos momentos em que ele baixava a guarda, deixando transparecer um lado mais doce e vulnerável. Mas, dessa vez, eu não consegui retribuir o sorriso. A preocupação, o medo de quase tê-lo perdido, ainda pesavam no meu coração.

- Você sabe que eu não te deixo em paz tão fácil - respondi, sentando-me na beirada da cama - E, sinceramente, depois do susto que você me deu, eu deveria mesmo te vigiar de perto. Quem sabe o que você pode aprontar enquanto eu não estou olhando? -

Ele riu, mas o riso morreu rápido, dando lugar a um suspiro pesado - Maya, eu pensei que era o fim - ele confessou, com um tom sério que não combinava com o jeito leve de Maxwell - E, por mais clichê que isso soe, tudo o que eu conseguia pensar era em você -

Revirei os olhos, tentando esconder o impacto que aquelas palavras tiveram em mim - Você sobreviveu, como sempre faz. E agora está aqui, pronto para me dar trabalho de novo -

Ele me lançou um olhar divertido, mas havia uma sombra de preocupação ali - Sério, Maya. Eu já passei por muita coisa, e pensei que nada mais poderia me assustar. Mas só de imaginar que você poderia estar lá fora... sozinha, sem mim, isso me deixa apavorado -

Eu me inclinei para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos, e olhei para ele - Max, a verdade é que eu também fiquei assustada. Assustada de te perder, de nunca ter tido coragem de... sei lá... ser honesta sobre o que sinto -

Ele arqueou uma sobrancelha, um sorriso de canto se formando nos lábios - Está me dizendo que a grande Maya, a mulher mais corajosa que conheço, estava com medo de admitir que gosta de mim? -

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