Em uma cidade envolta em mistérios, onde sombras escondem mais do que revelam, Maya Harper, uma alma atormentada, busca refúgio nas próprias tormentas. Uma noite, uma oferta inesperada surge no horizonte sombrio de sua existência: uma vaga no progra...
⚠️ Esse capítulo contém cenas sensíveis que podem causar gatilho. Cenas explícitas de crise de ansiedade...
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Maya Harper
Os últimos dias tem sido uma mistura de emoções e trabalho incessante. Desde que o terror na ilha passou, nossa missão tem sido clara: acabar com o esquema nojento que Damon montou. Sabemos da magnitude do que estamos lidando, envolvendo tráfico de menores, abuso, e mais camadas de podridão que qualquer um de nós gostaria de admitir.
Na sala de reuniões, todos estamos focados, compartilhando informações e estratégias. Ethan, sempre meticuloso, traz os dados mais atualizados, cruzando mapas e relatórios com uma precisão que me impressiona. Bryan consegue manter o ambiente leve, mesmo com a gravidade da situação, e Maggie tem sido um suporte constante. Cam, sempre ágil e objetiva, contribui com ideias rápidas e eficazes. Estamos todos trabalhando juntos, em sintonia. Eu me sinto em casa aqui, entre eles.
Apesar de tudo, há uma tensão no ar. Não é sobre o caso em si, mas sobre a ausência de Chloe. Ela se afastou do grupo, e para ser sincera, eu não sinto falta dela. Nunca fomos amigas, e a verdade é que a dinâmica entre nós sempre foi complicada. Ela gostava de Maxwell, e não fez questão de esconder o ciúmes que sentia de mim. Mas isso não me afeta. O que realmente me incomoda é a tensão residual que fica quando seu nome é mencionado de forma indireta, como se fosse uma sombra que se recusa a desaparecer.
Durante a reunião de hoje, Ethan apresentou mais alguns detalhes sobre o último paradeiro de Damon – Estamos cada vez mais perto – ele disse, enquanto todos olhavam para o mapa projetado na parede.
– Vou falar com alguns dos meus contatos esta noite. Talvez consigamos mais pistas – digo, sentindo a familiar urgência crescer dentro de mim. Saber que Damon ainda está solto me dá um nó no estômago, e cada minuto sem respostas parece uma eternidade.
Sinto o olhar de Maxwell sobre mim. Ele está ao meu lado, como sempre. Seu apoio silencioso é um lembrete constante de que não estou sozinha nessa. Ele me dá forças de uma maneira que ninguém mais consegue. Percebo um pequeno sorriso surgir em seus lábios. Um sorriso que me acalma, mesmo que por um instante.
Eu apenas sorrio de volta. Não preciso de palavras para responder, porque ele sabe. Ele sempre sabe. O amor entre nós era algo sólido, mesmo em meio a tanto caos. Ele não precisa ser expresso o tempo todo em grandes gestos ou palavras. Às vezes, só o fato de estarmos juntos já diz tudo.
As reuniões são intensas, e cada detalhe novo sobre o caso nos leva mais fundo nesse labirinto. Damon não está sozinho, e sabemos que há muitas pessoas envolvidas nesse esquema sujo. Enquanto discutimos as próximas etapas, Maxwell extende a mão por debaixo da mesa, entrelaçando seu dedos nos meus. É um gesto simples, mas carregado de significado. Eu aperto sua mão de volta, sentindo sua força me envolver.
