3 - A dor da Realidade

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( Quebra de Tempo - Dois Dias Depois )POV Sn Giorno

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( Quebra de Tempo - Dois Dias Depois )

POV Sn Giorno

Acordei na casa do James novamente, e a luz suave do amanhecer filtrava-se pelas cortinas, criando um padrão de sombras dançantes no chão. O cheiro do café fresco invadia o ar, entrelaçando-se com a fragrância sutil de lençóis limpos. Enquanto meus olhos se ajustavam à luz, percebi que o lado da cama dele estava impecavelmente arrumado. As almofadas estavam cuidadosamente posicionadas, e o edredom estava perfeitamente estendido. A preocupação me atingiu como um soco no estômago: ou ele não tinha dormido em casa, ou tinha passado a noite no sofá.

Um aperto de culpa se instalou em meu peito ao pensar na possibilidade de ele ter sacrificado seu conforto por minha causa. O que eu teria feito para evitar isso? Respirei fundo, tentando afastar esses pensamentos.

Levantei-me com um leve estalo dos músculos, e a sensação do chão frio sob os pés fez com que eu me sentisse ainda mais acordada. Fui até o banheiro, onde o espelho refletiu minha imagem ainda sonolenta, com os cabelos bagunçados e os olhos ainda carregados de sonhos. O ambiente era acolhedor, decorado com detalhes que mostravam o cuidado de James, como a escova de dentes dele ao lado da minha e um pequeno vaso com uma planta que parecia ter sido cuidadosamente cultivada.

Depois de lavar o rosto, a água fria despertou meus sentidos. Escovei os dentes, sentindo a espuma da pasta refrescante e o sabor menta que me animava para o dia que começava. A rotina de cuidados me trouxe um pouco de normalidade em meio ao caos que vivíamos.

Troquei de roupa, escolhendo um body preto que contornava meu corpo, uma saia jeans que acentuava minhas curvas, e uma jaqueta preta e azul que me fazia sentir mais ousada. Por fim, calcei meu tênis azul, que contrastava perfeitamente com o resto da roupa, e me olhei mais uma vez no espelho, avaliando a imagem refletida. Era hora de enfrentar mais um dia.

Entrei no rádio e, com a voz ainda um pouco rouca, dei um "bom dia" tímido, sentindo a energia do lugar vibrar ao meu redor. O som do meu próprio timbre misturava-se com o murmúrio distante dos membros da facção se movimentando, criando uma sensação de pertencimento. Naquele momento, me senti parte de algo maior, e a adrenalina começou a fluir em minhas veias.

A luz do sol iluminava o ambiente, e um leve sorriso surgiu em meu rosto ao imaginar como James poderia estar se preparando para o dia. Sabia que, independentemente das dificuldades que enfrentávamos, ainda havia espaço para risos e momentos de leveza.

— Bom dia, pessoal. Onde vocês estão? — esperei, mas só houve silêncio. — Gente? Estão aí?

Saí do quarto e encontrei a casa do James impecável. Tudo estava arrumado, exceto o sofá. Peguei a moto azul que ele me emprestou e fui em direção à quebrada. Quando cheguei, vi a frota de carros rosa e as 29 meninas reunidas. Senti um frio na barriga, mas entrei mesmo assim. Assim que cheguei, todos os olhares se voltaram para mim. Desci da moto e me aproximei do grupo, parando ao lado do James. Cumprimentei todas as meninas e sorri para minha mãe, que me devolveu um sorriso mínimo. O clima estava tenso, todos se encarando em silêncio.

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