47 - Marcas que Ficam

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POV Cristal Giorno

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POV Cristal Giorno

Enquanto terminávamos de nos arrumar, meu coração estava a mil. Eu não conseguia parar de pensar em Sn, em Chiara, no bebê que ela carregava. Tanta coisa aconteceu e o pior de tudo é que ainda estávamos longe do fim. Uma sensação de urgência crescia dentro de mim, e eu sabia que não podíamos falhar. James precisava voltar para casa. Vivo.

Antes de sair, peguei meu celular, digitei rapidamente e enviei uma mensagem para Andrew. Ele estava ao lado de Sn, cuidando dela enquanto nós íamos enfrentar o perigo.

— Andrew, é a Cristal. Nós vamos resolver uns problemas, talvez você não consiga se comunicar com nenhum de nós... por favor cuide da Sn. Chiara ficou com a babá.

Eu sabia que Sn precisava de alguém com ela nesse momento. Ela já havia passado por muito, e apesar de eu não confiar completamente em Andrew, ele era o único que poderia mantê-la segura por enquanto. O que estávamos prestes a fazer não deixava margem para erros.

Suspirei fundo e deixei o celular de lado. Peguei minha arma, verificando-a uma última vez, e guardei munições extras no colete. Esse era o momento. Não podíamos hesitar. Não havia espaço para dúvidas ou inseguranças.

Entrei no carro com uma sensação estranha de gravidade, sabendo que cada minuto contava. Renata se acomodou no banco do passageiro, fechando a porta com um movimento rápido e determinado. Ela não precisou dizer nada, o olhar dela já mostrava que estava pronta para o que viesse. Nos carros de trás, Cecília e Mai estavam igualmente focadas. Cada uma de nós sabia o peso da responsabilidade que carregávamos. Nossas vidas não eram mais apenas nossas.

O motor roncou, quebrando o silêncio pesado que pairava sobre a garagem. Olhei para frente, fixando os olhos na estrada. Tínhamos uma missão. E falhar não era uma opção.

— Todo mundo pronto? — minha voz saiu firme, mesmo que por dentro eu sentisse o peso da responsabilidade esmagando meu peito. Um coro de confirmações ecoou no rádio.

— Prontas, Cristal. — Renata disse, enquanto o comboio começava a se mover.

Saímos da garagem em fila, um comboio de carros rosa cortando a noite, seguido pelas motos dos Águias. O barulho dos motores soava como um aviso de que estávamos a caminho. Determinadas. Unidas. Cada uma de nós focada em trazer James de volta. Havia algo de simbólico na cena: carros rosas, uma cor que muitos associavam à delicadeza, e motos rugindo atrás de nós, representando a força brutal dos Águias. Mas ali, nós éramos a mesma coisa. Uma força imparável.

O rádio estava em um canal só. Sem distrações. Sem margem para erros. O som da estrada, o zumbido dos motores, tudo contribuía para a tensão crescente no ar. Meus pensamentos corriam a mil. A ideia de não conseguir salvar James, de não trazê-lo de volta para Sn e Chiara, me assombrava. Eu tinha que mantê-lo vivo, custasse o que custasse.

Entre o Amor e o Caos.Onde histórias criam vida. Descubra agora