No limite entre o amor e a destruição, Sn e Cristal enfrentam um turbilhão de emoções e segredos que podem mudar suas vidas para sempre. Com um passado marcado por acordos dolorosos, paixões proibidas e a constante ameaça de uma guerra entre facções...
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POV Sn Giorno
Depois de um banho rápido e um momento de carinho com Chiara, nós duas nos arrumamos para o passeio. Eu escolhi um vestido leve, que não apertasse minha barriga, que já começava a mostrar os sinais da minha nova realidade. Chiara, animada, insistiu em usar seu vestido favorito de unicórnios. A energia dela era contagiante, o que, de certa forma, me ajudava a manter o foco no presente.
Quando finalmente chegamos ao shopping, Andrew já nos esperava na entrada, com aquele sorriso fácil que fazia qualquer um se sentir à vontade. Ele vestia uma camiseta simples e jeans, mas era o jeito que ele se importava que chamava atenção, e não o que ele vestia.
— Olha só quem chegou! — Andrew disse, abaixando-se para abraçar Chiara, que correu até ele com a alegria de uma criança que acaba de ver seu super-herói favorito. — Como foi o zoológico, mocinha?
— Foi incrível! Eu vi os leões e até uma girafa gigante! — Chiara respondeu, pulando de excitação. — E agora vou brincar com você, tio Andrew!
Eu sorri, observando aquela interação. Andrew sempre soube como iluminar o dia de Chiara, e eu era grata por isso, mas uma parte de mim não podia evitar o pensamento de como tudo aquilo seria se James estivesse aqui.
— Pronta para a maratona de compras? — Andrew perguntou, me lançando um olhar cúmplice, tentando me arrancar de meus pensamentos.
— Não tenho tanta escolha, né? — brinquei, forçando um sorriso. — Chiara está no comando hoje.
Andamos pelo shopping, e logo Chiara foi atraída pelas luzes coloridas da área de brinquedos. Ela correu para experimentar cada um deles, rindo e gritando de empolgação, enquanto Andrew e eu a observávamos à distância. Entre uma volta e outra, ele virou para mim, notando o meu olhar perdido.
— Ei, você está bem? — ele perguntou, sua voz baixa e suave, uma tentativa de me puxar de volta.
Olhei para ele, engolindo a dor que parecia sempre estar na superfície, pronta para se manifestar a qualquer momento.
— Estou tentando estar — respondi honestamente. — A possibilidade de James estar vivo, e ao mesmo tempo... — eu pausei, sem saber como terminar a frase, como verbalizar a confusão de sentimentos que crescia dentro de mim.
Andrew assentiu, seus olhos mostrando compreensão sem precisar de mais palavras. Ele respeitava meu espaço, e talvez fosse isso que me fazia sentir segura perto dele.
— Eu sei que as coisas não são fáceis — ele disse, com um sorriso triste. — Mas se precisar de qualquer coisa... estou aqui.
Antes que eu pudesse responder, Chiara voltou correndo, ofegante de tanta animação.
— Mamãe, posso ir no carrossel? Por favor! — ela pediu, seus olhos brilhando.
— Claro, meu amor! Vamos lá! — Eu respondi, e Andrew já estava estendendo a mão para acompanhá-la.
