25 - Refúgio no Cotidiano

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POV Cristal Giorno

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POV Cristal Giorno

Eu estava no escritório da garagem, e a pressão estava aumentando. Renata entrou, e logo percebeu que tinha algo importante para discutir.

— Cristal, nós precisamos conversar sobre Sn. — A voz dela era firme, mas também cheia de preocupação.

Senti um frio na barriga. Eu sabia que o assunto seria delicado.

— O que tem a Sn? — Perguntei, tentando manter a calma, mas já estou vulnerável.

— Você percebeu o quanto sua postura a afetou? — Renata foi direta. A cada palavra, senti uma punhalada no peito. — Eu sei que você se preocupa com ela, mas a forma como você guarda tudo para si mesma está esmagando a Sn.

Eu não queria ouvir aquilo. Mas no fundo, sabia que Renata estava certa. Eu sempre fui assim, a líder forte, a mãe que não demonstra fraquezas.

— Eu nunca quis que ela se sentisse assim... — Comecei, mas logo a voz falhou. — Eu não sei ser diferente. Sempre lidei com meus problemas assim, sozinha.

Renata cruzou os braços, sua expressão séria.

— Mas não percebe que é isso que está apostando? Você pode ser a líder da facção, mas não pode ser a líder da vida emocional da Sn. Ela precisa ver que é normal se abrir, que é normal pedir ajuda. E se você continuar assim, ela vai achar que, para ser como você, precisa se fechar também.

As palavras de Renata ecoaram em minha mente, e eu senti o peso da verdade. Olhei para a mesa à minha frente, envergonhada.

— Eu... eu não sei como ser diferente, Renata. — A vulnerabilidade na minha voz era inegável. — Eu sempre guardei tudo para mim. Não quero sobrecarregar ninguém com meus sentimentos.

Renata suavizou o tom.

— Você não precisa mudar da noite para o dia. Mas talvez seja hora de mostrar a ela que é forte também significa ser honesta sobre o que sente. Ela não precisa de uma mãe perfeita. Ela só precisa de uma mãe que entenda.

Fechei os olhos, sentindo as lágrimas se acumularem. Quando os abriram, havia uma nova determinação.

— Eu vou tentar... — sussurrei, quase como se fosse uma confissão.

Renata concordou, e uma onda de quebra me invadiu. Eu sabia que não seria fácil, mas era um passo necessário.

— Isso é tudo o que Sn precisa. — Ela respondeu, e o peso que antes me oprimia parecia um pouco mais leve.

Eu só esperava que fosse a mudança que minha filha precisava.

Enquanto eu estava sentado em meu escritório na garagem, as palavras de Renata ecoavam em minha mente. Eu tinha passado tanto tempo tentando manter tudo sob controle, fechando-me em um casulo de silêncio e força. No entanto, agora, a verdade estava se revelando diante de mim. Eu percebia que minha necessidade de ser forte, de não mostrar fraquezas, estava criando uma barreira entre mim e minha filha.

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