No limite entre o amor e a destruição, Sn e Cristal enfrentam um turbilhão de emoções e segredos que podem mudar suas vidas para sempre. Com um passado marcado por acordos dolorosos, paixões proibidas e a constante ameaça de uma guerra entre facções...
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POV Sn Giorno
Assim que entrei na garagem, fui envolvida por uma ar de expectativa e camaradagem. As meninas estavam todas em uma roda, suas vozes vibrando em uma mistura de risos e murmúrios. O cheiro de gasolina e borracha se misturava com a leve fragrância de desinfetante que minha mãe sempre mantinha por aqui. A presença dela, ali, me trouxe um certo problema. Desde que ela voltou, me senti um pouco mais leve, como se o peso de ser a líder estivesse sendo dividido. Agora, havia espaço para eu me preocupar com outras coisas, como passar mais tempo com a Chiara.
- Filha, junte-se à roda! - minha mãe chamou, interrompendo meus pensamentos. Caminhei até a rodinha e parei ao lado de Cecília, que me lançou um sorriso reconfortante. - Bom, hoje vamos fazer um encontro com uma das novas facções da cidade - minha mãe começou, sua voz firme e segura, como sempre. - O líder deles se chama Chace Crawford. Eles se chamam The Lords e estão envolvidos em atividades como roubos em bancos. A Renata também teve uma breve conversa com o sublíder Charles Melton. A reunião começa em meia hora.
O ambiente se tornou mais sério à medida que as informações se desenrolaram. Eu poderia ver a tensão nos rostos das meninas. A adrenalina começava a pulsar em mim, uma mistura de nervosismo e determinação. Antes que alguém pudesse se dispersar, Renata tomou uma palavra.
- Meninas, antes de irem - ela começou, sua voz carregando um tom sério. - Só um aviso: cuidado com o sublíder deles... ele pode não ser muito agradável.
Um murmúrio de concordância percorreu o grupo antes que todos começassem a se dispersar pela garagem. Fui em direção ao escritório, buscando um momento de calma para pegar água no frigobar. Cecília, sempre atenta, me alcançou.
- Sn! - ela chamou, entrando na sala. Seus olhos estavam fixos em mim, buscando algo que eu ainda não tinha conseguido expressar. - Está tudo bem? Você parece distante hoje...
- Estou ótimo, Cecidilha, só estava pensando em algumas coisas - respondi, tentando dar um sorriso tranquilo enquanto me abanava. O tecido da blusa de gola alta que eu usava era leve, mas o calor era insuportável. Eu queria me sentir confortável, mas as marcas da noite passada ainda me incomodavam, e essa blusa parecia ser a única escolha que eu tinha.
- Não está com calor com essa blusa não? - ela disse, a preocupação transparecendo em sua voz.
- Não, tô ótima - insisti, saindo da sala e tentando manter a aparência de controle. O olhar de Cecília, porém, não me deixou em paz. Ela conhecia cada uma das minhas nuances, sabia quando eu tentava esconder algo.
Enquanto caminhávamos de volta à garagem, a vida ao nosso redor se desenrolava. O barulho das ferramentas sendo manuseadas, as risadas distantes de algumas meninas que se preparavam para a reunião, tudo isso criava um cenário familiar e ao mesmo tempo inquietante. O peso do que estava por vir pesava em meus ombros, mas eu precisava manter a aparência firme. Afinal, era assim que eu havia aprendido a liderar.
- Vamos, Sn. - Cecília retire meu braço, me trazendo de volta ao presente. - precisamos estar prontas para isso.
Respirei fundo, tentando me lembrar do que realmente importava. Nós éramos um tempo, e não importava o que acontecesse lá fora, eu não poderia deixar a minha equipe, e principalmente, a minha filha, para baixo.
