4 - Resolvendo Problemas

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POV Sn GiornoVer minha mãe ali, a poucos passos de mim, sentada de forma tão imponente no bar, me fez sentir um turbilhão de emoções

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POV Sn Giorno

Ver minha mãe ali, a poucos passos de mim, sentada de forma tão imponente no bar, me fez sentir um turbilhão de emoções. A expectativa do que estava por vir me deixava nervosa e ansiosa. Eu sabia que ela não seria a pessoa mais gentil do mundo durante essa conversa. Mas, poxa, ela era minha mãe! Eu precisava acreditar que ela sabia que tinha cometido erros... ou pelo menos esperava que sim.

Enquanto meu coração batia acelerado, a realidade de que teria que enfrentar tudo o que acumulamos ao longo dos anos me esmagava. Por tanto tempo, eu havia tentado agradá-la, tomando decisões que não eram verdadeiramente minhas, mas que eu sabia que a fariam feliz. Agora, estava exausta desse jogo de agradar. Cansei.

Assim que entramos na garagem, a Renata veio correndo em minha direção, sua expressão preocupada me fez sentir um pouco mais segura. Ela me ajudou a andar até um sofá, e comecei a sentir o peso da tensão em meu peito enquanto ela retirava e refazia meu curativo. As meninas ao meu redor falavam sem parar, mas eu mal conseguia prestar atenção. O único foco da minha visão era minha mãe, com o olhar fixo em mim, como se estivesse analisando cada movimento.

Quando Renata terminou o curativo, ela tentou afastar as meninas para me dar um momento a sós com minha mãe. Somente quando minha mãe mandou um comando pelo rádio, as meninas finalmente se afastaram.

Fui andando lentamente até o bar, cada passo me aproximava de uma conversa que eu temia, mas sabia que precisava ter. Eu queria despejar tudo o que sentia.
Ao chegar perto de Cristal, encontrei seu olhar, e a intensidade entre nós era quase palpável.

— E aí... está pronta para essa conversa? — perguntei, mantendo meu olhar firme no dela.

— Estou... Vamos sentar ali nos sofás. — Ela me guiou até um canto mais reservado, onde os sofás de couro escuro eram envoltos em um clima íntimo. O silêncio que se seguiu era denso, e eu podia sentir meu coração acelerando.

Depois de alguns momentos desconfortáveis, resolvi quebrar o gelo, mesmo que cada palavra parecesse uma batalha.

— Antes de começarmos, preciso te perguntar uma coisa. — Respirei fundo, hesitando um pouco, sabendo que poderia me arrepender da resposta. — Você se arrepende de ter me tido?

A pergunta pairou no ar como um desafio, e Cristal levou um instante para responder, seus olhos se desviando por um momento.

— Não! — A firmeza na voz dela era inesperada. A tensão no ar ficou ainda mais intensa, e eu me preparei para o que viria a seguir. — Só tem uma coisa que eu me arrependo em relação a você. Não ter escolhido um pai melhor para você, alguém que estivesse presente na sua vida. Conversando com a Renata, percebi que te sufoco com tudo o que faço, mas entendi que faço isso para tentar compensar o que seu pai não fez. Mas eu juro que vou tentar mudar um pouco isso... Afinal, amanhã você faz 18 anos, não é?

As palavras dela me pegaram de surpresa, e um turbilhão de emoções percorreu meu corpo. O ambiente parecia se dissipar ao nosso redor enquanto processava o que acabara de ouvir.

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