42 - Ancorada na Memória

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POV Sn GiornoDepois de muito esforço, consegui fazer Chiara dormir

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POV Sn Giorno

Depois de muito esforço, consegui fazer Chiara dormir. O quarto dela estava envolto em uma calma suave, as sombras dançando nas paredes enquanto a luz fraca da lamparina iluminava o espaço. O som suave da respiração dela me trouxe um alívio momentâneo, mas assim que saí do quarto, a realidade me atingiu como um soco no estômago. A dor e as lembranças começaram a inundar minha mente, e a sensação de perda se tornou insuportável.

Entrei no meu quarto e, assim que a porta se fechou, o peso das lágrimas que eu tinha reprimido finalmente se liberou. As memórias de James, suas risadas, seus abraços, tudo se misturou em um turbilhão de dor. Comecei a chorar em silêncio, mas à medida que os soluços aumentavam, a sensação de que não conseguia respirar começou a me envolver. Eu me afundei no chão, as mãos pressionando a cabeça, como se pudesse bloquear a avalanche de emoções que ameaçavam me engolir.

Cecília e Renata chegaram rapidamente, tentando me consolar, mas as palavras que tentavam me acalmar se misturaram ao barulho da minha própria voz, ecoando em minha cabeça. Eu queria que tudo aquilo fosse um pesadelo, que eu pudesse acordar e encontrar James ao meu lado, me abraçando e me prometendo que tudo ficaria bem. Mas isso não estava acontecendo.

A crise veio em ondas, e eu sentia como se estivesse afundando em um mar escuro, sem esperança de voltar à superfície. Foi então que tudo ficou preto.

POV Renata Mouretti

Assim que Sn desabou no chão, meu coração parou. Cecília e eu tentamos segurá-la, mas o desmaio dela foi tão repentino que não conseguimos fazer nada a não ser olhar, horrorizadas. O rosto dela estava pálido, os lábios quase sem cor, e a respiração dela havia parado, deixando um silêncio pesado pairar no ar. Senti um frio na espinha, uma sensação de impotência que me fez querer gritar.

Cecília, com os olhos arregalados, rapidamente pegou o telefone. Eu podia ver a ansiedade estampada em seu rosto. A única pessoa que poderia nos ajudar era Andrew. Ele sempre foi um apoio para Sn, e eu sabia que precisava de um milagre agora.

— Ele vai saber o que fazer — murmurei, tentando acalmar Cecília enquanto ela digitava freneticamente. Eu sabia que o TEPT de Sn era uma batalha constante, mas ver minha amiga naquele estado foi devastador.

Quando Andrew atendeu, a voz dele era como um bálsamo em meio ao caos. Ele não hesitou e logo estava a caminho. A ansiedade me consumia enquanto aguardávamos, e cada segundo parecia se arrastar. O peso da incerteza era esmagador, e eu me perguntei se Sn conseguiria sair dessa.

Finalmente, Andrew chegou. Ele entrou no quarto, sua presença era reconfortante, e imediatamente fui tomada por uma onda de alívio. Ele se abaixou ao lado de Sn, examinando-a com um olhar sério, mas logo ele me tranquilizou, dizendo que o desmaio dela era provavelmente devido ao estresse e que, apesar de tudo, ela ficaria bem.

— O TEPT não é algo que se cura de uma hora para outra, Renata — ele disse com firmeza, olhando para Cecília e para mim. — Mas Sn é forte. Precisamos garantir que ela saiba que não está sozinha.

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