Tentei procurar por ela indo a pé ou depois de moto mas não deu em nada. Nem mesmo ligações. Pensei em ir pra casa dela mas fiquei com medo de preocupar a mãe dela demais, e ir preso. A mãe da S/n é policial. E eu preciso me explicar primeiro porque gente como a Tenente Collins, não dá nem tempo pra explicações, já vai chegando logo na porrada. S/n Collins é filha da Tenente Collins, mãe solteira. Enfim, depois de muito tempo fui pra casa. Pego o diário dela e releio algumas partes, ela tava toda boba apaixonada pelo Todoroki porque ele fez uma mínima coisa que deixou o coração dela acelerado. Foi alguns anos atrás, S/n tava sofrendo bullying e iam jogar alguma coisa nojenta na cara dela mas acertou o Todoroki porque ele entrou no meio, e a defendeu com garras e dentes; depois disso ele cuidou dela até na enfermaria. E o resto das páginas são desenhos idiotas e românticos que pulei tudo. Chego na última página escrita vendo um desenho de um.... Um homem bomba? Agora que eu tô reparando nessa merda. Olho o desenho em várias posições até fazer sentido:
Letra feia do caralho.
Eu não sou feio desse jeito. Pra quem é inteligente ela escreve errado pra caralho viu. Essa filha da puta me chamou de Biribinha. Filha da puta.Vou tomar um banho pra esfriar a cabeça. Tiro minhas roupas inteiras e ligo a água gelada entrando logo de cabeça. A água que respinga minha pele, cai no chão, essa água safada me toca inteiro. Que idiotice pensar nessa merda. Suspiro pensando nela... Eu tenho interesse na S/n há tanto tempo. No início foi tudo mentira, eu não precisava de ajuda em biologia, de fato, sou perfeito em tudo. Mas eu queria ter contato com ela de alguma maneira. Só que antes desse dia, eu e Kirishima terminamos nosso "lance". Na cabeça de merda dela, a gente namorava. Mas não era nada disso. Só ficávamos vez ou outra, ele me chupava as vezes, era só isso. Eu sou bissexual, mas não são todos que sabem. Todavia meu interesse na S/n cresceu ainda mais quando um dia, que provavelmente nem ela lembra, começou a rir muito e eu gamei nesse riso. Era "hahaha ronc ronco hahaha ronc hahaha". A famosa risada do porquinho. Eu sorri como um idiota e agora tô sorrindo também.
Viro pra frente pra porta e tomei um susto desgraçado. Até encostei a costa na parede gelada com a mão no peito.
- Filha da puta. Como entrou aqui? S/n que porra é essa?
- Quando eu era pequena minha mãe me ensinou a atirar. Pra eu saber me defender sozinha depois dos bullying's que eu sofri na escola. - ela ergue a arma pra mim, tá carregada.
- Vai me matar? Olha, deixa eu explicar primeiro caralho!
- Você ia me usar!!
- PARA DE FALAR CARALHO. DEIXA EU, EU, O TODO PODEROSO BIRIBINHA QUE VOCÊ DIZ, SE EXPLICAR - abro a porra da porta do box e vou até ela. Que se afasta mas ainda permanece com a arma erguida pra minha cabeça.
- Tem dez minutos.
- Você me mataria realmente?
- Minha mãe me ajudaria a te esconder sem problemas. Ela é uma onça enquanto eu ainda sou o filhote.
- Tá. Olha, antes de chegar em você naquele dia, eu e o Kirishima tinha um lance sexual. Era só isso. Ele ficou louco achando que a gente tava namorando então brigamos horrores e ficamos naquele climão.
- Continua.
- Ok, depois disso, eu comecei a passar mais tempo com você. E eu gosto de você, sua filha da puta desgraçada.
- Cala boca. E a parte do Denki Kaminari?
- A gente faz apostas todos os anos mas é em jogo, tipo poker ou corrida ilegal de motos. Entendeu? Jamais envolveu te comer ou te foder sei lá.
- E você... Você disse que gostava de mim - abaixou a arma. Consigo respirar melhor agora. Mas ainda assustado. Ela entra na minha casa e aponta um revólver pra minha cara!
- Ha alguns meses.
- Por que?
- Me apaixonei pela sua risada. E seu jeito leve de ser feliz sem se importar com o que os outros pensem de você.
- Eu sou assim só no seu ponto de vista.
- E como eu sou no seu ponto de vista? - seguro o rosto dela com as duas mãos - Um Homem bomba, pra você?
Suas bochechas ficam vermelhas. Eu adoro quando ela fica tímida assim.
- Eu chorei muito. Minha mãe me disse pra te matar.
- Porra, sua mãe é louca.
- Um pouco na verdade. Ela colocou meu pai na cadeia porque ele ergueu a mão pra ela.
- Achei que ele tinha te abandonado pelas coisas do seu diário.
- IDIOTA! Você leu essa porra!!! - ela tenta sair daqui pra pegar. Mas eu sou mais rápido. Seguro seu pulso, o mesmo que apertei forte mais cedo. Puxo ela pra mim, fecho a porta batendo com força e encosto ela ali. - Baku...
- Não respondeu a merda da minha pergunta.
- É.. você é um biribinha no meu ponto de vista. Mas é bonito e... Porra, seu ego vai crescer mais ainda se eu falar. Você já sabe que é gostoso.
- Não é só meu ego que vai crescer. - chego mais perto dela e a mesma vira um tomate. - Mas antes de qualquer coisa você poderia por gentileza deixar a arma de lado?
- Tá sendo gentil agora?
- Eu que pensei que você que me odiava. Mas não foi o suficiente né? - beijo o pescoço dela logo. E seguro sua cintura com uma pegada bem firme.
Eu pensava que estava tudo resolvido até sentir uma dor estrondosa no pé. E cai para trás perdendo o equilíbrio. Ela atirou no meu pé.
- Sorte a sua que é só chumbo. Mas no mínimo, pra quem não tem cem dólares na conta, não vai machucar tanto. Vai ficar inchado e vai ficar de cama por um tempo. Pensou que seria fácil por eu ser uma suposta nerdzinha ingênua filhinha da mamãe?
- Sim, não, quer dizer, não caralho! VOCÊ ATIROU NO MEU PÉ!!! Sua cachorra desgraçada
- Filho da puta arrombado - ela abre a porta - Cadê seu celular? Vou chamar a ambulância pelo menos. Eu não quero que você morra.
....
Eu sei que falei que seria um super clichê mas eu não queria fazer uma S/n boba e frágil como a maioria é. Então fiz assim. Beijinhos.
Querem continuação?????