KATSUKI POV
Simplesmente sinto meu pulmão inflar de raiva. Caminhando na direção da sala de armamento e equipamentos. Me preparo com meu colete e minhas armas. Pego meu rádio e me comunico com meu batalhão sobre. E o mais importante: eu quero minha esposa viva o mais rápido possível. Foda-se os outros, quer dizer, podem ajudar se der. Mas o foco aqui é a esposa do Comandante. Minha esposa!
Por último, minha balaclava, e o capacete com o óculos de proteção. Entro no meu comboio preparado prontamente armado e bem equipado na direção de Havard. Fica há alguns minutos daqui mas eu tô fazendo o motorista chegar em segundos, apontando a porra de uma arma pra cabeça dele. E essa porra desse batalhão sabe do que eu sou capaz. Pela minha esposa eu sou capaz de tudo!As rodas freiam brutalmente quando chegamos. Lidero três equipes para irem separados, a entrada principal, os fundos e o estacionamento. Eu venho pelos fundos. Já vendo muitos jovens ensanguentados estirados pelo chão. Muitos mortos, e alguns muito feridos implorando ajuda.
― Por favor me ajuda.. me ajuda, me ajuda ― choramingou uma garota segurando meu tornozelo. Dei logo um chute no peito dela. A mesma se contorce ainda mais de dor.
― Vadia.
― Mas senhor...
― Cala merda da boca, Denki. Quem faz resgate é a polícia. ― continuo andando com cautela e meio abaixado olhando por toda parte. Até chegarmos na sala em que minha esposa costuma dar aulas. Arrombo a porta com um único chute. Mando Denki ir na frente.
― Tá limpo.
Então entro depois da confirmação dele. Chego perto da mesa dela, tá com sangue. E os brincos que dei de presente de aniversário início do ano, estão aqui no chão, cobertos de sangue seco. Observo mais sangue no chão, na direção da porta que dá pro estacionamento. Arrastaram ela ensanguentada. Sigo a mancha do sangue, apertando minha arma com força. Eu vou arrebentar o filho da puta que ergueu um dedo pra minha mulher! E esse desgraçado vai implorar pra Deus, que nunca deveria ter nascido. Esse desgraçado que não merece respirar o mesmo ar que minha mulher. E pelas manchas de sangue no chão e as pegadas e as diferentes marcas de sapato.
― São dois caras.
― Acha que eu já não sei disso seu filho da puta? ― encarei Denki, tirei minha proteção facial, exibindo meu rosto pálido de ódio e meus olhos vermelhos de ódio. ― Atenção, dois homens arrastando uma mulher direção do estacionamento. Já tem imagem das câmeras? ― falo no rádio apertando a porra do botão.
― Positivo senhor. Levaram pro telhado. Ainda estão lá. Estamos subindo, senhor.
― Negativo.
― Senhor?
― Eu quero um sniper mirando na cabeça nesses desgraçados. Tem cinco minutos. ― desligo o rádio mas aperto a merda do botão de novo ― Eu quero minha mulher livre de ferimentos. Se não todos vocês também estarão fodidos.
― Cara, respira fundo. Ela vai estar bem.
― Essa quantidade de sangue não tem como estar bem. Espancaram minha mulher. Acha que eu vou ficar calminho? ― ele fica quieto. Me irrita pra caralho. Ergo o cano pra barriga dele e atiro ― ELES ESPANCARAM A MINHA MULHER. A MINHA MULHER. ― Bufei fogo pela boca. Felizmente Denki está usando colete mas devido a nossa proximidade ele acabou caindo no chão. ― E eu vou até a porra só inferno caçar o filho da puta que fez isso com ela. Sai da porra do meu caminho e para de dar opinião alheia senão a próxima bala vai parar na sua cabeça. Filho da puta desgraçado. ― passo pelo idiota do Kaminari.
Pego as escadas e subo correndo até o térreo. Mas antes que chegue lá a tempo, ouvi gritos femininos e tiroteio. Meu peito treme de medo, mas a minha adrenalina não me deixa parar. Chego aqui em cima e nem sei como esboçar meu rosto. Cerro as sobrancelhas, bravo, triste, mas com raiva, com uma pitada de deboche nos lábios. Não acreditando no que tô vendo. Dois adolescentes marmanjos no chão, e uma mulher na beira do prédio.