25 ANOS ATRÁS
― Esta é a S/n Collins, ela acabou de ser resgatada. Sejamos gentis com ela enquanto ela estiver aqui no quartel. Denki, mostre a ela onde será o quarto dela.
― SIM SENHOR!!! ― bateu continência, em seguida descansou e se aproximou da jovem mulher. ― Olá senhorita, boa tarde. Eu sou Denki Kaminari, vou ser responsável por recepcionar você e acompanhá-la até seus aposentos. Me sinto em outra época quando falo assim, haha... Pode me chamar só de Denki.
O jovem rapaz loiro estava se divertindo em ser informal com a moça. Porém o comandante que ainda estava ali o encara seriamente e segura a mão no ombro de Denki. Que o olha.
― Acho bom você tomar muito cuidado com o que diz a essa mulher Denki..
― Como? Quer dizer, senhor eu sempre respeito e sou gentil. Eu...
― Não digo assim. ― o homem mais velho e de cabelos brancos se aproxima e sussurra no ouvido do loiro mas de modo que dê para alguns homens presentes ali, também ouvirem. ― Ela é filha daquele Collins, e você sabe como as coisas funcionam com ele. ― afastou-se totalmente do loiro e olhou a mulher ― Sinto muito por isso senhorita. Devo chamar outra pessoa para acompanha-la até o seu quarto. ― ela fica quieta e da um leve sorriso fechado apenas concordando. ― Onde está o Bakugo?
― Nossa, escolheu o puto do Bakugo ao invés de mim, comandante?
― E onde é que o arrombado está?
― Comendo a sua mãe. ― o próprio diz, entrando na sala de reuniões e jogando algumas pastas amarelas na mesa ― Acabei a porra da missão. Posso ir dormir?
― Capitão Bakugo, que bom que chegou. Está é S/n Collins, ela vai ficar aqui por uns dias. ― o loiro encara a jovem moça e depois faz careta pro seu superior ― Apenas seja gentil e a leve lá em segurança.
― Tá bem. ― resmungou alguma coisa bem baixinho e olhou a mulher que parecia distraída com o próprio cabelo ― Senhorita Collins? Senhorita Collins?
Ela ergue a cabeça para olha-lo, novamente, ela da um sorriso fechado. Bakugo acha estranho então não diz nada. Apenas começa a andar e ela o segue. Ambos saem do prédio dos escritórios de superiores e caminham pela pequena cidade militar em direção aos dormitórios femininos. Ele chega na porta da entrada e com uma chave de autorização, os dois entram juntos e então o loiro a deixa na porta do dormitório dela.
― Está entregue em segurança.
S/n finalmente tira as mãos dos bolsos do seu moletom velho e tentar a maçaneta, mas Katsuki nota as mãos dela, arranhadas, manchadas de sangue e muitas marcas de corda nos pulsos. Deduziu que ela poderia ter sido sequestrada e foi resgatada. Ela não consegue segurar a maçaneta sem fazer careta e ele irritado com tanta lerdeza, de modo gentil a afastou e então ele abre. Esperando ouvir um obrigado mas ela apenas curvou a cabeça levemente e entrou no quarto olhando ao redor.
― Então você é a famosa filhote do Collins. Ele nunca disse que tinha uma filha mulher. ― sem resposta. Ele entra no quarto só até metade da porta e se encosta nela ― Não quer falar? ― S/n pega alguma coisa do bolso do moletom e procura por uma caneta e quando a encontra, escreveu alguma coisa na folha e entregou a ele ― "Desculpe não poder te responder. Eu estou sem voz..." ― ele leu em voz alta o bilhete. Seus olhos se encontram com os dela então ― Você foi...
Ela nega com a cabeça imediatamente e escreve outro. Entregando diretamente nas mãos dele, com cuidado já que as dela estão trêmulas e doloridas.
― "Eu gritei muito tentando pedir ajuda. E gritei mais ainda quando os tiroteios começaram, fiquei assustada e desmaiei." Então, quando você acordou, já estava sem fala? ― ela concorda levemente com a cabeça ― Tudo bem. E como vai cuidar das mãos sozinha? ― ela fica quieta e pensativa olhando a parede ― Eu te ajudo. Tem um kit primeiros socorros aqui? Eu ajudo você.
E foi assim que Katsuki Bakugo e S/n se conheceram. Com o tempo passando, ele ajudava muito ela já que, S/n era uma pessoa muito frágil em vários sentidos, mas era uma mulher inteligente e bastante ágil, ela é racional e fala bastante "coisas nerds", como Bakugo gosta de dizer. Com ele, apenas com ela, Bakugo não diz nenhum palavrão.
S/n passou de dias para meses a ficar na cidade militar por segurança graças a seu pai aquele Collins.
A família é muito famoso por ser toda militar, os avós e os filhos e também os netos, mas o que ninguém sabia, era que eles tinham uma menina na família; uma família onde a única mulher era a mãe e a avó, que estão falecidas. S/n foi criada escondida da maldade e da malícia do mundo, ela foi mimada para ser uma pessoa mimada. Porém a própria S/n se deixou levar pela beleza da natureza e por ser uma menina muito muito curiosa, ela estava sempre sumindo e brincando de encontrar animais ou plantas diferentes. A família então, toda formada de homens militares e protetores com a única menina, decidiram permitir que ela estudasse biologia no futuro. Quando ela completou a maioridade, ficou imensamente feliz em dizer que queria ser professora também. Seu pai e seus irmãos conversaram entre si e permitiram que ela fosse feliz fazendo o que a deixasse feliz. O sorriso da menininha deles era mais que tudo nesse mundo.
E agora, sabemos que essa notícia chegou nos ouvidos da família Collins e que Bakugo Katsuki pode ter a dele perdida também.
Mas isso não importa pra ele.
...
KATSUKI POV
Respiro fundo, já passou muitas horas desde que entrei aqui no quarto da minha esposa, tô sentado na poltrona macia segurando a mão dela levemente para não doer e com a cabeça abaixada olhando, de olhos fechados. Apenas ouvindo a porta abrir e pessoas entrando. Só pela merda do perfume masculino já sei quem são.
― Você foi incapaz de proteger minha irmãzinha. ― Silan reclama.
― Se ela for daí pra pior, você vai daí pro inferno. ― Curtiney completa a reclamação.
― Parem de resmungar bobeiras vocês dois. Tem sorte do pai não ter vindo junto, ele acabaria com Bakugo aqui mesmo. ― o terceiro dos irmãos diz mas ainda entra mais dois. Eu odeio todos eles ― Onde é que tava a segurança dela dentro do colégio? ― Derek o segundo mais racional da família depois da minha esposa, diz.
O que me dá raiva no momento é a incompetência desses animais não conseguirem pensar, a S/n tá aqui de cama, machucada e todo mundo entra. Todo mundo: metade dos irmãos dela. Nem vieram todos. Os pais dela amavam fazer filhos homens viu, puta que pariu. Os gêmeos, Courtney e Silan. E os outros, Henrik, Derek, e Maycon. Felizmente eles são filhão "do meio". Os outros cinco "segundos mais velho" estão em missão provavelmente. E os outros dois "primeiros mais velhos", ou primogênitos, Jason e Adam, os dois mais arrombados e desgraçados da minha vida. Eu odeio eles com todas as minhas forças. São extremamente super protetores com a S/n e foi um pau no meu cu casar com ela com a intromissão desses dois no meio, mais a toxidade do pai dela, disfarçada de proteção extrema e controle absoluto. Porra.
― Todo mundo se reuniu por mim? ― ela diz com a voz muito fraca.
Ergo a cabeça e abro os olhos.
― Meu amor.... ― deixo a mão dela no meu peito.
― Irmãzinha! ― todos eles dizem juntos.
― Não precisava disso.
― Por favor, S/n. Não se esforça pra falar demais. Você ainda tá muito machucada meu amor. ― falo com ela.
― Irmã, o papai vai ficar muito feliz em te rever mas... Vai ficar muito triste em te ver nesse estado. Você deveria dar um tempo da sua profissão.
― Derek você tem porra na cabeça? Agora não é hora de falar disso. Cadê a buceta do segurança pra te tirar daqui?
― Tá comendo a sua mãe seu filho da puta. Olha como você fala comigo.
― Será que as duas crianças podem calar a boca na presença do meu tesouro? ― Agora terminou de foder o que já tava fodido. O pai da S/n, Damon Collins. Derek se afasta da cama e o homem se aproxima, tocando o rosto dele com a ponta dos dedos. ― Minha doce filha...
― Eu jurava que você iria ficar lá naquela sua missãozinha de merda.
― Você não muda nunca, Comandante Bakugo.
Solto um longo suspiro. Essa noite parece eterna...
