🫀❤️Entre Mentiras e Sangue 2 - Dabi🫀❤️

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Meu peito subia e descia, o desespero tomou conta das minhas pernas e a adrenalina se espalhou por todo meu sangue quente. Minha necessidade extrema de fugir e me esconder toma conta de todos os meus pensamentos. Porém devido ao meu excesso de gordura corporal eu acabo sendo mais lenta. E ao chegar no famoso Rio Belkin da cidadezinha pacata onde moramos há anos, eu paro. Meus pés descalços estão sujos de lama e feridos levemente, gélidos e agora provavelmente cobertos de calos. Ponho a mão no peito tentando acalmar a respiração mas ao sentir a presença dele eu olho para trás assustada. Seu rosto já estava de volta ao normal. Seus olhos azuis escuros estavam nevoentos de lágrimas prestes a cair.
Se arrependimento matasse, ele já estaria morto sem voltar a "vida" de novo.

― S/n. Meu amor. Me deixa explicar. Vamos sentar, conversar com calma. Por favor. ― dou dois passos para trás, já sentindo o gelado da água queimar meus tornozelos, de tão frio. ― Mor, eu te amo mais que tudo nesse mundo. Tudo o que eu fiz foi para sua proteção. Você precisa acreditar em mim

― E você vai tentar apagar minha memória de novo? ― ele fica quieto. Caminhou cinco passos na minha direção mas ainda estávamos longe um do outro. ― Você é um vampiro.

― E você é o que, S/n?! Porque humana você não é nem fodendo. ― engulo meu sapo na garganta, com o coração a mil. Tremedeira e a dificuldade de respirar. Ele não pode saber. ― O que você tá escondendo de mim? Porque agora estamos kits. Você sabe de mim, mas eu sei quem é você?

Desviei o olhar. Cansada. É perigoso ele saber. Abraço meu corpo, na tentativa de me proteger do meu próprio medo. A água.

― Dabi...

― Não! Eu já falei pra você não me chamar pelo meu nome. Me dá sua mão, S/n! ― ele se aproxima mais, eu dou mais passos para trás e as aguas frias desse rio recém fundo tocam minhas coxas. ― Você vai acabar se afogando S/n! Volta pra mim! ― ele grita desesperado e cheio de medo: ― PORRA! ME ESCUTA SÓ UMA VEZ CARALHO. ― seus gritos me assustam e eu continuo caminhando para trás e chorando desesperada de medo. A água começa a subir e eu acabei por afundar entre as pedras. Chego no fundo e então nado para longe. Apenas ouvindo seus gritos. Senti a movimentação dele na água me procurando. Eu consigo ouvi-lo. Mas eu já estava muito longe dele.

Alguns minutos passados, eu chego em uma região deserta totalmente dessa cidade pequena, aqui tem árvores e terra e pássaros assustadores. Chego numa minúscula casinha a qual bato na porta e espero a pessoa abrir.

― Pois não?

Lacrimejo novamente. Ela não me reconheceu. Deve ser porque... Estou gorda.

― Mika... Sou eu, S/n Bershanskaia. ― ela arregala os olhos e me puxa para dentro. Nesse momento eu deixo minhas forças irem embora. Deixando minha consciência cair, sendo dominada pela escuridão da inconsciência. Desmaiando.

( 🫀 )

MOSCOU - 1921

― Vocês ficaram sabendo?

― Hm? Sabendo do que?

― Aquela Major, Bershanskaia. Ela foi transferida para cá. Parece que será um grande passo secreto ou coisa assim.

― Bershanskaia?? Ah... Ah!!! A mesma Bershanskaia das Bruxas da Noite?!!

Duas soldados conversavam juntas na frente do QG. Porém o assunto delas é interrompido por um carro forte se aproximando e elas ficam atentas erguendo suas armas na direção do mesmo. Uma delas se aproxima e o motorista abaixa o vidro do carro.

― Sua identidade por favor. ― a soldado pergunta, bastante atenta nos movimentos da pessoa não identificada lá dentro. A mulher pega sua carteira de identidade e entrega para a soldado que lê atentamente. Logo abaixando a arma e batendo continência. ― Você é a neta da Major Bershanskaia! Sinto muitíssimo por ter apontado a arma para senhorita. Haya, libera pra ela!

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