Capítulo 8

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Raphael narrando

Ela desceu e me deu tchau do lado de fora. Que vontade de descer atrás dela.
Tenho que respeitar seus limites, não posso ser equivocado, posso acabar a afastando.

Fui até ao ponto final e informei ao motorista que voltaria. Perguntei se tinha que pagar outra passagem, ele falou que não.
Estava ansioso para mandar mensagem para ela. Desbloqueei e bloqueei o celular, me policiando para não ligar e nem mandar mensagem.

Meu celular acendeu com uma mensagem dela. O sorriso se estampou no meu rosto.

- O ônibus já saiu do ponto final?

- Ainda não, vai sair agora.

- Está bem. Se cuida. Se quiser conversar durante a viagem pode mandar mensagem. Não fique sem graça, aliás, foi por minha causa que você entrou nesse ônibus. Quer que eu volte com você até sua casa?

- Se você for eu vou te trazer de volta. - Sorri ao digitar isso.

- Então deixa. Rsrs.

Conversamos durante todo meu trajeto de volta. Até que cheguei em casa.
Avisei que já tinha chegado.
Me joguei no sofá rindo para o celular. Acho que De La Cruz se sentia assim quando estava namorando Alanna.
Agora eu entendo aquela cara de bobo que eles ficavam.
Abracei o travesseiro, olhei para o celular e cliquei em cima da foto dela. Fiquei admirando aquele rosto perfeito, sorrindo para o celular.
Organizei algumas coisas e estudei um pouco sobre mecânica de avião. Em breve farei uma prova.

Antes de dormir, mandei mensagem para Melissa. Desejei boa noite. Ela respondeu com um boa noite também.
Deitei na cama e pensei em Melissa, até pegar no sono.

Acordei cedo, como de costume e  ajeitei algumas coisas.
Pedi as coisas do café da manhã no Starbucks, ainda bem que é bem próximo a minha casa, não demoraria para entregar.

Arrumei a mesa e fiquei esperando ela mandar mensagem, avisando o horário que viria.
Pra minha surpresa ela também acorda cedo, pensei que garotas bonitas só acordassem tarde, tiro por Alanna, não gostava de acordar cedo.
Abri a mensagem.

Olá, bom dia. Você dormiu bem? Esqueci de marcar o horário com você. Era pra eu ir pela manhã, mas não sei a parti de que horas.

- Olá, bom dia. Domi bem. E você? Você pode vir o horário que quiser.

Minha vontade era falar: VEM AGORA, PELO AMOR DE DEUS!

- Dormi bem também. Obrigada. Vou tomar banho e já saio de casa, me envia o endereço para eu por no aplicativo?

- Está bem. Quer que eu chame daqui?

- Pode deixar que eu chamo, você não vai querer deixar eu pagar.

Ela é uma fofa, está grata de verdade. Mas tenho que pagar as coisas para ela, não posso deixa-la gastar suas economias e se ela soubesse que eu sou bilionário? Fiquei pensando.

- Você está vindo cuidar de mim, nada mais justo do que eu pagar.

- Você já vai me dar o almoço, esqueceu?

- Ah, é? Então vou pedir do restaurante mais caro que tiver nas redondezas.

- Não faz isso, não precisa desperdiçar dinheiro comigo. Até logo, vou me aprontar. Beijos.

- Beijos.

Enviei o endereço e fiquei olhando para o celular.
Melissa é diferente, dá para ver. Como vou fazer para presentea -la?
Já sei, vou pedir seu pix, daí transfiro o que eu achar que o trabalho dela valeu.

Assim que ela pegou o carro por aplicativo, compartilhou comigo a localização em tempo real. Ela chegaria em meia hora, de carro é bem mais rápido.

Quando vi que estava próximo, fui para o portão recebê-la. Será que ela vai estranhar o tamanho da minha casa? Nem pensei nisso.

O carro parou e eu caminhei em direção ao carro.

- Bom dia. - Saudei o condutor.

- Bom dia. - Ele respondeu de volta. Andei até a porte do carona e abri a porta para ela.

- Bom dia. - A saudei.

- Bom dia. - Ela sorriu. - Não precisava ter vindo aqui fora. - Ela falou preocupada.

- Tenho que receber bem as visitas. - Sorri. Ela desceu e eu bati a porta. - Quanto que deu?

- Já está pago, não se preocupe. - Ela sorriu.

- Onde vou encontrar uma fisioterapeuta dessa? Além de cuidar de mim, paga sua passagem?

- Desculpe me intrometer na conversa, mas você é fisioterapeuta?

- Sou sim. - Ela respondeu gentilmente. O motorista a olhou de cima a baixo. Eu o encarei.

- Bem que estou precisando de uma, estou com uma dor na cervical que está me matando, deve ser porque trabalho muito tempo sentado. Você atende em casa? Fica melhor para mim. Me passa seu contato.

- Meu amigo, a agenda dela está cheia. Já ocupei todos os espaços livres. Procura outra passoa, se quiser posso te indicar algum, conheço uns bons, com as mãos fortes. Sua coluna irá sarar rapidinho. - Pior que eu conhecia mesmo.

- Não. Se não for essa princesa aí, não quero. - Fechei a cara pra ele.

- Sabe de uma coisa? Tenho nojo de pessoas desrespeitosas. Segue sua viagem, antes que eu achei outra serventia para minha muleta.

- Aff. - Ele bufou e ligou o carro, logo saiu.

- Cara abusado. Isso me estressa. - Falei olhando o carro sumir na estrada.

- Obrigada por sempre me defender. Ainda acho que você é um anjo.

- Que nada, posso ser bem mau. - Fiz uma cara de sério e fechei a sobrancelha. Sorri logo em seguida.

- É sério que essa é sua cara de mau? Tem que treinar mais. - Ela sorriu.

- Não ficou com medo? Poxa, era pra te causar medo. - Eu não conseguiria fazer minha cara de não para ela.

- Você é divertido. Gosto de pessoas divertidas.

- Que bom. - Sorri. - Vem, vamos entrar, antes que passe um engraçadinho e fique de olho em você, isso que dá atrair todos os olhares.

- Mas eu estou de moletom, nem estou bem vestida.

- Poderia estar vestida com um saco de farinha de trigo, chamaria atenção do mesmo jeito. - Estiquei o braço para ela segurar, ela segurou e entramos.

- Que casa imensa. - Acho que ela pensou alto.

- Então, esqueci de falar sobre isso. Minha família é grande, comprei essa casa pensando neles. Eles vieram há pouco tempo me visitar. Estou pretendendo comprar um apartamento e deixar essa casa para receber visitas.

- Entendi. Você tem muito bom gosto, a casa é linda.

- Obrigado. Depois que tomarmos café da manhã, te mostrarei a casa. Vem, já está servido. - Coloquei as coisas que tinham esfriado no forninho para aquecer novamente.

Raphael James Chevalier - Triologia Fake Love 3° Onde histórias criam vida. Descubra agora