Capítulo 35

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Melissa narrando

As músicas me traziam boas lembranças, quando éramos crianças e adolescentes.
Quantas coisas boas vivemos, se eu soubesse que ser adulto doeria tanto assim, teria aproveitado mais a infância.

Descemos, organizamos as coisas nos armários e conhecemos a escola.
Gilson vai ficar na fronteira, ele é Policial Federal, então tem que cuidar da fronteira, mas fica próximo de onde estou.

Eli vai ser um dos meus professores. Pelo menos terei alguém conhecido por perto.

Os dias tem se passado e eu estou apegada aos estudos.
Todos os treinos e cursos disponíveis eu tenho feito, tivemos um treino para resgates de pessoas e outro para como lidar com terroristas.
Estou feliz por poder realizar meu sonho, mas estou triste por não conseguir parar de sentir saudades de Raphael.

Tenho medo dele desistir de voltar para o Brasil. Como queria  abraça-lo agora.

Raquel se recuperou bem e já está assistindo as aulas.
Eli e ela tem aue manter distância, ninguém sabe que eles são namorados por aqui, mas é lindo ver o jeito que se olham.

Que saudade de Rapha, queria contar para ele que fiquei em primeiro lugar no curso de tiro, que sou a primeira da classe.
Todas as noites choro por não ter notícias dele, choro por sentir saudades, choro por ter medo dele ter desistido.

Não posso demonstrar fraqueza para ele, tenho que ser forte. Se ele souber o tanto que estou sofrendo, pode se distrair da sua missão.
Tenho demonstrado força na frente de Eli e de Raquel, mas se eu pudesse, choraria e me isolaria de tudo e todos.

Temos formaturas uma vez por mês, para treinar para o grande dia, como queria que ele colocasse minha boina.

Não tivemos mais notícias de Cauê, Amauri informou que ele está na Bolívia, a polícia e o exército estão de olhos nele. Gilson está atento também, na fronteira, passando as informações necessárias.

Já estou pouco mais de um ano longe de Raphael. Essa semana me formo e volto para casa, vou poder escolher onde quero ficar, em qual estado do Brasil, quero ficar ouve tenho boas lembranças de Raphael.

Me formei em mecânica de avião, ele estava estudando para isso.
Estou quase um a sniper, ouvi dizer que ele também é bom no tiro.
Fiz algumas lutas e defesas pessoal, tenho muito o que aprender ainda, mas já sei me defender.

Gilson virá para a formatura da irmã, estou com uma inveja de Raquel, ela terá o irmão e o namorado em sua formatura.
Fiz esse pedido para ele, no dia em que os caras entraram na casa dele, que ele viesse na minha formatura para colocar minha boina.

Raphael narrando

Estou há mais de um ano sem falar com Starbucks, só tenho notícias pelo o que me passam.
Não há vejo pelas câmeras há quase um ano, desde que foi para sua formação.
Me formei em mecânica de avião e já sou piloto também.
Conseguimos um esquema para proteger minha família de Cauê, já posso voltar para o Brasil.

Meu tio Bryan veio nos vistar esse final de semana, veio com sua filha Abby. Apesar de Bryan não ser irmão de sangue de minha mãe, Maheli, tenho como se fosse meu tio de sangue. Recebemos o amor e carinho dele desde que Alanna e eu nascemos.

Abby é do tipo garota mimada, até sua voz é irritante. A suporto por conta do meu tio, ela acha que todos devem se curvar diante dela. Ela é mais nova do que eu seis anos, seu irmão Ravel é mais novo que eu doze anos. Ele é bem mais fácil de lidar do que ela.
Falei com meu tio que viajarei para o Brasil, não poderei ficar muito tempo com eles.

A mimada cismou que queria ir comigo para o Brasil, falei que estava em missão para ela não ir comigo. Adiantou? Não, não adiantou.

- Papai, quero ir para o Brasil com Raphael. - A irritante mimada falou.

- Você não vai Abby, Raphael está indo para uma missão. Você não escutou? Ele não vai a passeio.

- Eu quero ir assim mesmo. - Ela bateu o pé.

- Não ligue para sua prima, Raphael. Você conhece a peça, né?

- Conheço muito bem. - Sorri. - Vou arrumar minhas coisas, com licença. - Subi para meu quarto e comecei a colocar minhas coisas na mala.

Meu coração batia freneticamente, eu ia encontrar minha amada.

- Rapha. - Ela entrou no quarto sem bater.

- Fala, chata. - Olhei em sua direção.

- Deixa eu ir com você?

- Abby, o que você quer fazer lá? Eu não vou a passeio, você ouviu que vou em missão? Você sabe o que significa?

- Eu tenho dinheiro, posso ficar em um hotel e pagar algum guia turístico. Se eu precisar te ligo e você me encontrar.

- Eu não vou estar disponível para te encontrar quando você quiser, eu tenho um cargo e tenho que me apresentar no quartel.

- Mas sua patente não é alta? Se você quiser pode sair, é só falar que alguém de sua família está precisando.

- Mas eu não vou querer sair. Você não entende?

- Então você não quer que eu vá? - Ela fez um biquinho e se sentou na cama.

- Não, não quero. - Apertei a bochecha dela. - Você é irritante, entende? Não vou parar minha vida para cuidar de uma mimada, não tenho tempo nem paciência para isso.

- Eu sei que vocês não gostam de me ter por perto, mas eu sou assim e não vou mudar. - Ela se levantou. - Veremos se eu não vou para o Brasil. - Ela sorriu.

- Você não aceita não como resposta? - Olhei para ela.

- As coisas tem que ser do jeito que eu quero e eu sempre consigo tudo o que quero.

- Você está querendo dar ordens para o militar errado. - Olhei sério para ela. - Não cedo a chantagens e não tenho pena de pessoas mimadas.

- Você vai ser meu segurança particular, escuta o que estou te falando. Até mais Raphinha. - Ela saiu do quarto sorrindo.

Já vejo encrenca a caminho, que garota insuportável. Será que a louca vai aparecer no Brasil? Tomara que não, Deus me livre ter que suportar essa criatura em outro país. Não vou ter nem para onde fugir.

Raphael James Chevalier - Triologia Fake Love 3° Onde histórias criam vida. Descubra agora