Capítulo 42

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Melissa narrando

Abby estava com os olhos fixados em Gilson.

- Quer conhecer ele? - Perguntei.

- Como assim? Não sabemos se ele é perigoso.

- Ele é um amorzinho, é meu melhor amigo.

- Sério? Já gosto ainda mais de você. - Abby sorriu.

- Se quiser posso chama-lo aqui.

- Não, tenho que me fazer de difícil. - Abby sorriu. - Lembra do que eu te falei? Vou ignora-lo, para ver se ele vai se sentir atraído por mim. Gosto de ser mimada, mas acho que seríamos um casal perfeito. Você poderia ser nossa madrinha de casamento. - Ela gargalhou tão alto que chamou atenção de Gilson, ele olhou para cima e me viu.

Dei tchau para ele e ele fez um sinal que estava subindo.

- Ele está subindo. - Falei para Abby.

- Não fale nada sobre o que acabamos de conversar. Por favor. - Ela pediu.

- Sobre o que mesmo estávamos falando? - Perguntei e ela sorriu.

- Olá, boa noite... - Gilson nos cumprimentou.

- Olá, Gilson. Essa é Abby, prima de Raphael. - Apontei para Abby, que olhou para Gilson de soslaio. - Abby, esse é Gilson. Meu melhor amigo, meu irmão.

- Olá, prazer. - Abby apertou a mão dele e deu um sorriso fino, com cara de poucos amigos. Como ela conseguia ser assim?

- Muito prazer. - Gilson sorriu daquele jeito que derrete corações. Abby ficou presa naquele sorriso por uns segundos. Até a mimada não resistiu.

- Mel, vou dançar um pouco. Com licença. - Ela caminhou para a pista de dança e Gilson me abraçou, me deu um abraço apertado. Acho que Abby saiu para não ficar presa no sorriso dele.

- Como você está? E o namorado, cadê? - Ele olhou para os lados.

- Estou bem, ele foi para uma reunião. - Respondi.

- Entendi. E essa garota mimada? - Gilson já viu de cara.

- Nem me fale, mas até que ela é gente boa.

- Ela é linda. - Ele olhou em sua direção na pista.

- Ih, que isso? Você achando alguém linda que não seja eu? Estou com ciúmes. - Falei em um tom de brincadeira e cruzeiros braços. - Estou com meus sentimentos feridos.

- Você começou, me traiu primeiro. - Gargalhamos. - Eu pareço não fazer o tipo dela, saiu até de perto.

- Vai lá, dançar com ela. - Sorri.

- Ela vai me dar um toco, quer ver? - Ele saiu de perto de mim e caminhou até Abby. Falou algo no ouvido dela, ela negou com a cabeça e ele voltou para perto de mim.

- E aí? - Perguntei.

- Ela falou que não quer companhia, vou jantar e já volto. Se ela perguntar, fala... - Ele pensou. - Não fala nada. - Ele sorriu e desceu.

- Melissa, o quem ele disse? - Abby veio correndo perguntar, quando ele desceu.

- Ele te achou gata, não seja grudenta. Gilson não gosta de pessoas que o sufocam. - Lembrei da menina que o perseguia.

- Está bem. Será que ele ainda volta aqui?

- Volta sim, ele foi jantar.

- Tomara, ele é tão perfeito. Me arrependi de não ter dançado com ele. - Abby apoiou o rosto na mão e ficou olhando Gilson, que estava sentado esperando a refeição.

Gilson acabou de jantar e subiu novamente, Abby me cutucou para avisar que ele estava chegando.

- Melissa, segura meu blazer? Vou descontrair a mente um pouco. - Ele falou inglês para Abby entender, Gilson era bom no inglês, com certeza ele a viu olhando para ele.

Ele foi para a pista e começou a dançar. As meninas começaram a olhar para ele, uma cutucava a outra mostrando aquele deus coreano dançando.

- Melissa, que homem. Quero ele para mim, o que eu faço? - Abby se abanava e eu gargalhava no canto assistindo as meninas morrendo por Gilson.

- Vai lá dançar com ele.

- Eu falei que não queria companhia, agora vou lá?

- Ele não vai ser sua companhia, você vai ser a dele. - Sorri.

Abby foi dançando e logo chegou em Gilson, falou algo com ele e ele concordou. Logo estavam dançando juntos.
Eu sorria vendo a cena.

- Está se divertindo? - Ele falou no meu no meu ouvido, fazendo meu corpo gelar. - Fechei o semblante e olhei para ele. - Aquele não é seu namorado?

- Sim, mas não sou sua dona. Ele pode dançar com quem quiser.

- Liberal? Gosto de mulheres assim. Sabe, desde aquele dia no avião, não consigo parar de pensar em você. - Ele pegou uma mecha de cabelo meu.

- Sério? - Fiz uma cara de poucos amigos.

- Não sei porque você nunca sai e quando sai, nunca está sozinha. Pra que tanta proteção? Estou vendo que hoje está sem escolta.

- Por que você está curioso? - Perguntei olha do em seus olhos.

- Já falei, fiquei interessado em você.

- Como é mesmo seu nome? - Perguntei.

- Pra que você quer saber? - Ele sorriu, aquele sorriso frio de psicopata.

- Acho justo, já que você sabe meu nome e sobrenome, não é?

- Meu nome é Cauê, Cauê Marthinez. Satisfeita?

- Então, senhor Cauê. Como o senhor sabe, eu tenho namorado e o cara já te falou que é ciumento.

- Eu não ligo, eu tinha que tentar falar com você, para ver se você continuaria com ele ou se eu teria chance.

- Eu sou apaixonada por meu namorado e não tenho nenhum interesse em você. Desculpe, é que você não faz o meu tipo, você é tipo bad boy, sabe? Não curto. - Sorri, sendo fria igual a ele. Aprendi muito com os treinos no quartel.

- Isso só me faz gostar ainda mais de você, você é sincera e parece não ter medo. Realmente sou do tipo bad boy, inconsequente. - Ele sorriu. - Posso te sequestrar? - Ele perguntou com um sorriso frio nos lábios.

- Não entendi. - Fiz uma de doida.

- Se eu posso te sequestrar, levar você para mim. Já que você não quer vir por livre e espontânea vontade. - Ele sorriu.

- Você não me aturaria, eu posso ser bem malvada e bem chata, se eu quiser. Então é melhor deixar pra lá esse papo de sequestro.

- Estou curioso para saber o quanto você pode ser má. - Ele se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido. O vento de voz roçou na minha pele e fez um gelo percorrer pela minha coluna, mas eu sou pior do que ele.

Se Cauê pudesse ver o ódio que tenho dele, esse cretino fez meu namorado sofrer e me fez ficar sem ele por mais de um ano.

- Sério mesmo? - Virei um pouco o rosto para olhar em seus olhos. Acho que ele não estava acostumado com mulheres que o desafia. Todas devem ter tido pavor dele.

- Muito sério. Quanto mais difícil, mais eu sinto prazer. Por isso você se tornou a primeira em meus pensamentos, estou obcecado. - Ele passou a língua nos lábios. - Até daqui a pouco, já estou imaginando até seu gosto. - Ele deu um tchau e caminhou de costas, me observando. Entrou no banheiro.

Vi dois caras olhando na direção dele e logo olharam para mim.

Raphael James Chevalier - Triologia Fake Love 3° Onde histórias criam vida. Descubra agora