Raphael narrando
Ela me olhava tão de perto, estava tendo que controlar a vontade de beija-la, estava salivando. Meus olhos estavam fixados nos lábios dela.
- Posso fazer uma coisa antes de responder? - Não entendi, mas disse que sim. Ele me olhava de um jeito único.
Melissa segurou meu rosto com as duas mãos e se aproximou, encostando seus lábios nos meus, senti todas as minhas terminações nervosas reagirem. Me beijou com tanta delicadeza, eu retribui. A puxei para mais perto e devorei seus lábios. Ela parou de me beijar e sorriu.
- Agora vai me responder? - Perguntei.
- Ainda não, quero mais beijo. Esse não deu pra eu aprovar ou reprovar. - Eu a puxei novamente pela cintura e devorei seus lábios. Agora com mais intensidade e urgência, isso era um teste, uma prova ou uma tortura?
- E agora? - Olhei para seu rosto.
- Deixa eu pensar... - Ela fez uma cara de suspense e bateu um dedo no rosto. - Sim, eu aceito. - Ela sorriu. - A agarrei e devorei seus lábios, ela se entregou por completo.
- Por que quis me beijar antes? - Perguntei após beija-la. Meu coração acelerou com sua hesitação.
- Para saber se meu namorado beija bem. - Ela sorriu e passou a mão no meu rosto.
- E se eu não beijasse bem? O que você faria?
- Eu não ia aceitar. - Ela gargalhou.
- Ah é? - Sorri para ela. - Eu ia começar a treinar, quando não sou bom em algo me dedico dia e noite até ficar bom.
- Ia treinar como? - Ela me olhou com os olhos semicerrados.
- Ia beijar umas bocas por aí, até ficar bom para você. - Vi o ciúme em seus olhos e quis provocar.
- Olha aqui. - Ela encostou a testa na minha. - A única boca que você vai beijar é a minha. Escutou? Eu sinto muito ciúmes de você. Não consigo imaginar alguém provando dessa boca deliciosa, nem dentro do seu abraço. - A puxei pela cintura e encostei meus lábios nos dela.
- Nem eu consigo imaginar outro beijando você. - Falei com os lábios roçando nos dela. Tomei seus lábios com desejo. - Quer dizer que você é ciumenta?
- Sou, sou possessiva e egoísta. - Ela riu. - Envolvi meus braços em sua cintura e a abracei. Enfiei meu rosto em seus cabelos.
- Se você soubesse quanto tempo esperei por isso. Sonhei dia e noite imaginando o gosto da sua boca, o cheiro de seus cabelos, a textura de sua pele. Quero que você conheça minha família, quero apresentar minha namorada para todos que convivo.
- E se eles não aprovarem? - Ela me olhou com os olhos tristes. - Sua família pode não gostar de mim.
- Por que não aprovariam? - Me afastei um pouco para olhar seu rosto. - Eu te escolhi, isso é o que importa.
- Você sabe, condições financeiras. Eu sei que tem gente que não gosta que os filhos se envolvam com pessoas de classe social diferente. - Ela abaixou os olhos.
- Você não os conhece, eles são diferentes. - Levantei seu rosto com a mão. - Você é a minha escolha, respeitamos muito as escolhas um do outro em minha família. Fora que você é uma pessoa incrível, meus pais só querem que eu seja feliz e isso com certeza eu sou, ao seu lado.
- Você é incrível. Sou sua fã número um. - Segurei seu rosto e tomei seus lábios.
- Incrível é você, que conseguiu de mim o que ninguém jamais conseguiu. E isso foi só com um sorriso. Obrigado por aceitar ser minha namorada, Starbucks. Minha família vai ficar feliz por saber de você, nunca quis estar com ninguém assim como quero estar com você. Obrigado por me fazer mais feliz, de um jeito que nunca pensei e me permiti ser .
- Eu que agradeço, Rapha. Meu namorado é tão perfeito, tão lindo. - Ela passou a mão no meu rosto.
- Me chama assim novamente? - A puxei para mais perto, sorri, mordendo o lábio inferior.
- De quê, de Rapha?
- É. - Olhei em seus olhos. - Sou louco por você. - A beijei com mais intensidade. Não estava acreditando que aquilo estava realmente acontecendo. Como é bom pertencer alguém.
Melissa ficou comigo até a hora do almoço, almoçamos e ela foi para casa, cuidar de sua amiga.
Fizemos o boletim de ocorrência online e em breve um policial ia na casa de Melissa pegar o depoimento de sua amiga.Voltei a estudar no quarto. Ouvi a campainha tocar e fui ver nas câmeras quem era.
Era Eli, hoje deveria ser sua folga. Fui abrir o portão.- Fala irmão, como você está? - Ele entrou e me abraçou.
- Estou bem, estudando muito. Está de folga hoje? - Perguntei.
- Passei a noite no hospital, me deu uma dor no estômago, só parou quando tomei remédio intravenoso. Mas demorou para passar.
- Sério, mas está melhor agora?
- Estou sim. Deixa eu te falar, conheci duas gatas no hospital. Peguei o contato delas, se quiser podemos marcar para tomarmos um café juntos, o que acha?
- Lamento te dizer, mas comecei a namorar.
- Ah, sério? Que isso cara? E você nem me avisou? Estou feliz e triste ao mesmo tempo. Como vou convidar a menina para sair sem levar a amiga dela? Maior vacilo isso aí. - Ele sorriu para mim e deu um soco de leve no meu braço. - Como está sua perna? Todo dia lembro que você salvou minha vida. Mas dói por ter ver assim.
- Estou melhorando, faria tudo novamente. O importante é que você está aqui. - Sorri para ele. - Deixa eu te contar algo, minha fisioterapeuta é a minha namorada, começamos a namorar hoje.
- E a Starbucks, desistiu dela?
- Não te contei, né? É ela, é a Starbucks.
- Mentira! - Ele tapou a boca cheia m as mãos. - Que mundo pequeno, cara. Felicidades mano, você merece. Esperou tanto tempo, ainda bem que a encontrou.
- Obrigado. Mas quanto a menina do hospital, se eu puder te ajudar de alguma forma e só falar. Mas não vou sair com ninguém, minha namorada é ciumenta. - Levantei as duas mãos como quem perder arrego.
- Está certo. - Sentamos para lanchar e colocar os papos em dia.
- Tenho que te falar sobre a louca da Vanessa. Ela não foi falar para a Starbucks que era minha namorada?
- Que isso cara? Essa menina é louca de pedra. Tem que tomar cuidado com ela.
- É isso que estou pensando. O que leva uma pessoa fazer isso? Fingir ser algo que não é. Vanessa se aproveita porque tem um tio major, daí acha que pude fazer qualquer coisa. Deixa eu voltar, vou coloca-la no lugar dela.
- Tomara que ela não seja daquelas surtadas, que vai atrás da namorada dos outros. Tomara que ela entenda.
- Se ele fazer isso, vou denuncia-la. Outra coisa, Starbucks está fazendo um preparatório, em breve ela entrará para o exército.
- E se ela for para o mesmo quartel que nós e Vanessa começar a persegui-la? Temos que pensar nessa hipótese, do jeito que ela não bate bem da cabeça.
- Nem tinha pensado nisso, irmão. Obrigado, vou ficar atento. Tenho que proteger minha namorada. Vou ter uma conversar séria com Vanessa, tenho que deixar para ele que não quero nada com ele.
- Mas claro do que sempre deixou? - Ele sorriu.
- Sim, acho que ainda não funcionou. Ela só pode ser doente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Raphael James Chevalier - Triologia Fake Love 3°
RomanceRaphael James Chevalier, terceiro livro da Trilogia Fake Love. Filho de Mahelí James e Alix Chevalier, gêmeo de Alanna James Chevalier e meio irmão de Igor De La Cruz. Filho de mafioso, não quis ser o sucessor do pai. Demorou se apaixonar, pois...