Alanna narrando
Estou me preparando para a formatura, meu coração está alegre e triste.
Queria que ele estivesse aqui, pelo menos vê-lo por chamada de vídeo.Me arrumei e fui para o local indicado, Eli e Amauri estavam lá.
Fiz todos os procedimentos, tudo que ensaiamos por todo esse tempo. Fiquei emocionada ao ser escolhida para representar minha turma, falei sobre nossas dores longe dos parentes e das pessoas que amamos, agradeci pela oportunidade de aprendizado e por toda dedicação dos professores.Após os aplausos, voltei para minha posição. A hora de por as boinas chegou, as pessoas eram chamadas em ordem alfabética, pelo nome de guerra.
Pedi para colocar o meu de Starbucks Assunção. O nome Raquel ficou Jung Kook, ela seria chamada primeiro que eu. Tínhamos que ficar imóveis, enquanto colocavam os nomes e as boinas.Ao chama-la, Eli e Gilson foram em sua direção. Um colocou a boina e o outro colocou o seu nome na farda. A parabenizaram e logo saíram.
Chegou a minha vez, eu estava parada de frente para o pelotão, tínhamos que ficar imóveis até a formatura acabar. Não podíamos nos mexer ou desviar o olhar.
- Sargento Starbucks Assunção. - O general falou.
Minha mãe e meu pai vieram em minha direção, Gilson também veio.
Meus pais receberam o nome para colocar em minha farda e Gilson a boina.- Parabéns filha, estou orgulhosa de você. - Mamãe falou e os dois colaram o nome no velcro da minha farda.
- Parabéns Mel. Estou muito orgulhoso de você. - Antes de Gilson colocar a boina, ouvi uma voz que vinha por trás de mim.
- Com licença meu rapaz, posso ter essa honra? - Aquela voz me deu um gelo por dentro, meu coração bateu freneticamente, não precisava me virar para saber que era ele que estava ali. Respirei fundo, enquanto controlava as lágrimas.
- Claro, senhor. - Gilson prestou continência e estendeu a mão para alguém pegar a boina.
- Obrigado. - Ele passou por mim e seu perfume entrou nas minhas narinas, de uma maneira absurda. Tive vontade de virar e acompanhá-lo com os olhos. Ele parou na minha frente e olhou em meu olhos, como ele estava lindo, nunca tinha visto Raphael de farda, vi de relance. Não podia ter contato visual. As lágrimas escorriam em meu rosto. - Parabéns, sargento Starbucks, você é um exemplo de perseverança, fé e força. Estou feliz por estar aqui, fazendo parte de sua história. Fico feliz por existir uma militar como você. - Ele beijou a boina e colocou na minha cabeça.
Eu implorava para ele tocar em mim, de alguma maneira. Queria senti-lo, abraça-lo, beija-lo.Respirava fundo, enquanto controlava as lágrimas que escorriam.
Após todos receberem a boina, recebemos a ordem de descanso.
Procurei por Raphael em meio multidão, não o encontrava de jeito nenhum.
Ao olhar para o estacionamento, vi aquele ser impecável, que se destacava na multidão.
Corri entre as pessoas o mais rápido que pude, tentei chegar nele.
Ao chegar perto, um carro parou e ele entrou, Raphael falava ao telefone.- Raphael! - Gritei, na esperança dele me ver. - Ele olhou para mim pela janela do carro, ainda estava falando no celular. Seu semblante estava triste e sério ao mesmo tempo. - Para onde você está indo? - Perguntei frustrada. Ele só me olhou até eu sair do seu campo de visão.
O que estava acontecendo? Por que ele fez isso?
Me abaixei e me permiti chorar, Gilson veio e me abraçou.- Ei, o que houve? - Ele me levantou e segurou meu rosto.
- O que está acontecendo? Por que ele foi embora sem falar comigo?
- Ele quem? O Capitão James Chevalier, o que colocou a sua boina?
- Sim, ele. Então não foi coisa da minha cabeça, certo? Pensei estar surtando.
- Você está me assustando. O que está acontecendo, Melissa?
- Ele é o Raphael. Por que não falou comigo? Por que foi embora assim?
- Ele é o seu namorado? O cara é bonito mesmo, parece até um armário. - Gilson falou surpreso.
- O que está acontecendo Gilson? Por que ele me ignorou? - Eu chorava confusa.
- Vem aqui. - Gilson me abraçou, tentando me acalmar. - Ele deve ter tido algum motivo, ou não estava conseguindo se controlar, de repente estava quase te agarrando aqui mesmo. - Ele sorriu.
- Tomara que seja isso. - Falei, achando graça do que ele falou.
Raphael narrando
Arrumei minhas coisas e fui para o aeroporto, Abby cismou que vai para o Brasil.
Se essa menina for pra lá, eu não vou ter paz. Cauê ainda está escondido, vai que ele pensa que essa criatura é minha namorada e a sequestra. Se bem que eu acho que nem o sequestrador aguentaria.Entrei no avião e senti meu corpo tremer, estava com um gelo no estômago. Meu coração batia freneticamente, estava próximo do momento de ver minha Starbucks.
Viajei por horas, até chegar no Mato Grosso do Sul. Desci e fui direto para o quartel, onde fiquei a primeira vez que vim ao Brasil.
Avisei que estava chegando e meus amigos, que lá serviam ainda, arrumaram minha farda de gala.Cheguei na formatura na hora em que chamaram Raquel, lá estava Eli e um outro rapaz com ela. Por parecer com Raquel, deduzi que o rapaz era seu irmão ou um parente próximo. Me juntei com os outros oficiais, o pelotão está de costas para nós, Raquel e Melissa não poderiam me ver. Procurei por Melissa no meio da multidão, lá estava ela.
Meu coração parecia que ia sair pela boca, queria poder correr em sua direção e tomar seus lábios.
Sorri ao ouvir seu nome de guerra, Sargento Starbucks Assunção.
Caminhei lentamente em sua direção, iria realizar seu pedido, colocaria sua boina.Uma senhora e um senhor se aproximaram dela, acredito que sejam seus pais. O rapaz que estava com Raquel também se aproximou dela, li em sua farda Sargento Jung Kook, o mesmo nome de guerra de Raquel, só pode ser irmão dela.
Os pais de Melissa colocaram seu nome na farda, o rapaz iria colocar sua boina.- Com licença meu rapaz, posso ter essa honra? - Olhei nos olhos do Sargento Jung Kook.
- Claro senhor. - Ele prestou continência e estendeu a mão com a boina para mim.
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Raphael James Chevalier - Triologia Fake Love 3°
RomanceRaphael James Chevalier, terceiro livro da Trilogia Fake Love. Filho de Mahelí James e Alix Chevalier, gêmeo de Alanna James Chevalier e meio irmão de Igor De La Cruz. Filho de mafioso, não quis ser o sucessor do pai. Demorou se apaixonar, pois...