Capítulo 28

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Raphael narrando

O homem começou a andar pela casa. Foi no meu quarto e olhou, parecia procurar pistas.
O celular de Melissa começou a tocar, estava em cima da cama.

- Não, não, não.  Ele vai saber que ela está em casa. - O homem atendeu o celular. Logo desligou.

Ele olhou pela casa, parecia estar procurando o comparsa dele. Uma mensagem chegou para mim, dizendo que a viatura esteva chegando.
Ao ouvir o barulho da polícia, o homem que estava lá fora ligou o carro e foi embora, deixando os  comparsas para trás.

- Droga, o que eu vou fazer agora? - O homem andava de um lado para o outro, vendo que o companheiro do lado de fora o deixou para trás. Ele pegou o telefone e discou um número. - Chefe, acho que a menina não tem nada haver com Raphael não. Agora mesmo, ligaram para o celular dela, estava escrito meu amor no contato. Atendi e era a voz de um homem. Será que não estamos fazendo confusão? Agora tem um carro de polícia aqui, o que vou fazer?

O homem olhou para o celular, como se a outra pessoa tivesse desligado na cara dele.
Ele andou de um lado para o outro, tentando se esconder.

Eli chegou e falou com os policiais o que eu informei para ele. Ele abriu o portão e entrou com a arma empunhada.
O meliante se escondeu dentro do armário da cozinha.
Eli e os policiais caminharam dentro da casa. Eles ouviram um barulho vindo da cozinha, o meliante deve ter caído em cima das panelas.
Um policial abriu a porta do armário, um outro policial ficou ao lado e Eli ficou do outro.

Eli enfiou a arma primeiro, deram um tiro de dentro para fora. Eli esperou o filho de chocadeira acabar com seus tiros. Logo após invadiram.

Meu amigo saiu do armário com o homem algemado e a pistola enfiada em sua nuca.

- Você vai ter que explicar algumas coisas para a justiça. - Ele falava.

- Eli? - Melissa gritou do corredor, parecia ter reconhecido a voz.

- Melissa? Está tudo bem com você? - Ele entregou o infeliz para a polícia e caminhou em direção ao corredor.

- Eli? Graças a Deus! - Ela saiu do quarto e o abraçou. Eli acendeu a luz do corredor, Melisa estava toda ensanguentada.

- Você está ferida, heim? - Ele a envolveu em seus braços. Ela chorava agarrada nele, eu andei de um lado para o outro no quarto vendo o desespero dela. Queria que fosse eu amparando e protegendo Melissa.

- Estou bem, estou bem. Só preciso chorar.

- Então chore. - Ele passou a mão nos cabelos dela, enquanto Melissa desabava.

- Senhor, vamos chamar o carro para remover o corpo. - Falou o policial com Eli.

- Está bem. Vem Melissa, você precisa de um banho. - Eli a acompanhou até o quarto. - Olha aqui, está me ouvindo? - Ele segurou o rosto dela.

- Estou sim. - Ela olhou para ele.

- Não sabemos em quem podemos confiar, então finja que sou íntimo seu, entendeu? Um irmão, um namorado. Eles tem que descartar a hipótese de você estar com Raphael.

- Entendi. - Ela respirou fundo.

- Não estranhe se eu te tratar diferente na frente deles, depois te conto porque estou agindo assim. Agora vai tomar banho, vou resolver as coisas lá fora. Mantenha a calma, por favor. Tranque a porta assim que eu sair. - Raphael estava ciente que alguns policiais nos traíram na busca por Carmem.

- Está bem, se cuida, por favor.

- Está bem. Já volto. - Ele saiu do quarto e Melissa entrou no closet, para pegar as roupas. Trancou a porta do quarto e foi para o banheiro.

Eli é um cara incrível mesmo, como eu sou grato por ter o escolhido para ser meu amigo.
Sentei na minha cama e puder chorar aliviado.

Após resolverem tudo, Melissa sentou na cama e olhou na direção da câmera, no quarto.

- Você está aí? - Ela olhava e chorava. - Está insuportável aqui sem você. Se eu soubesse que ia doer tanto assim não teria deixado você ir. - Ela sorriu em meio as lágrimas. - Vou ficar um ano sem vir aqui, está bem? Passei na prova, quando voltar serei a Sargento Starbucks. - Ela sorriu e limpou as lágrimas. - Espero que esteja tudo bem com você. Estou fazendo aula de tiro, isso me ajudou um pouco hoje. Confesso que estou apavorada, mas vai passar. Te amo Rapha, não esqueça de sua promessa, por favor.

- Melissa. - Eli bateu na porta do quarto. Ela caminhou até lá e abriu.

- Está tudo bem? - Ela perguntou.

- Está sim. Vamos ter que ir a delegacia, temos que dar o depoimento.

- Deixa só eu pegar um casaco. - Ela foi até meu closet e pegou o casaco. - Vou ter que levar a arma que usei, né?

- Sim. - Ela pegou a arma e deu na mão de Eli.

- Tenho que fazer uma coisa.

- Está bem, te espero na sala. - Eli saiu e Melissa parou em frente ao quadro no closet. Abriu o cofre e guardou a outra arma.

- Raphael, dá um jeito de aparecer na minha formatura pelo menos. Espero você para por minhas divisas. Te amo, não esquece.

Ela saiu e encontrou Eli na sala, os dois entraram no carro e seguiram para a delegacia.

Que vontade de pegar o primeiro voou para o Brasil . Tenho que ir no hospital saber como minha sobrinha está.
São tantas coisas na minha cabeça, estou a ponto de surtar.
Pelo menos ela estará em segurança por um ano, tomara que eu consiga voltar logo.

Tomei um banho gelado para aliviar o estresse, me vesti e fui para o hospital.

- Raphael. - Igor veio em minha direção e me abraçou. - Como você está? Estava preocupado com você. - Igor e seu jeito super protetor.

- Acabei com aqueles filhos da mãe, mano.

- O que você fez? Matou eles?

- Sim, eram quatro. Estavam a mando de Cauê. Aqui está o celular que estava com um dos caras. Aquele filho da mãe mandou três caras na minha casa no Brasil, dois entraram na casa. Melissa matou um e o outro foi preso, o que estava no carro consegui fugir. Minha cabeça está um turbilhão.

- Você quer voltar para o Brasil? Eu cuido das coisas por aqui.

- É o que mais quero. Mas se voltar agora estarei pondo  a vida de Melissa em risco. Por enquanto eles tem dúvidas que ela tem ligação comigo. Se eu voltar agora vão ter certeza.

Fiquei pensando, quem será que ligou para ela? Ele falou que estava escrito meu amor e era voz de homem.
Senti um certo ciúme.

Raphael James Chevalier - Triologia Fake Love 3° Onde histórias criam vida. Descubra agora