Raphael narrando
Melissa estava visivelmente destruída psicologicamente, dei a ela um relaxante muscular, ela estava muito tensa.
Deitamos no quarto e fiz carinho nela, até que pegamos no sono agarradinhos um no outro.Enfiei meu nariz nos cabelos dela, gravando ainda mais aquele cheiro na minha mente.
Meu celular vibrou e peguei para ver, era Eli dizendo que estava chegando. Levantei sem acorda-la, dei um beijo em seu rosto e caminhei para a sala.
Abri o portão dos fundos e ele entrou com a moto. Cinco minutos depois chegou Amauri.
Expliquei o ocorrido, Amauri já conhecia Cauê, participou do resgate da minha irmã. Ali estávamos, o melhor amigo do meu irmão e o meu melhor amigo, bolando uma estratégia para proteger a mulher que eu amo.
Igor ligou por chamada de vídeo.- E aí gente? Raphael, informei a Remo sobre seu filho. Você acredita que nem o pai sabia que ele estava vivo? Como o hospital informou que ela tinham morrido, Remo nem foi se certificar. Ele pediu para exumar o corpo de Caio, Caio realmente está morto, mas Cauê realmente está vivo. Ele está disposto a nos ajudar.
Apresentei Eli para Igor e para Amauri. Bolamos algumas estratégias, mas tinhamos que anotar as rotinas de Melissa, precisávamos dela para isso.
Fomos para a cozinha, preparamos algumas coisas. Almoçamos bem pouco, ela deve estar com fome também.
Melissa entrou na cozinha e todos a olharam assustados.- Melissa? O que você está fazendo aqui menina? - Eli falou.
- Eli? - Ela fez uma cara de interrogação.
- Vocês se conhecem? - Fui até ela e entrelacei os dedos nos dela. Senti uma pontada de ciúme.
- Sim, ela é a menina do hospital a qual te falei.
- Pera aí, a que você queria chamar para para sair? - Senti o ciúme aflorar ainda mais. Logo agora que tenho que ir.
- Mais ou menos isso. Não é bem ela que eu queria chamar para sair.
- É ele que está ficando no hospital com a minha amiga Raquel.
- Uffa, que susto. - Coloquei a mão na altura do coração.
- Então você é a Starbucks? - Eli sorriu.
- Como você sabe meu apelido? - Melissa perguntou e olhou para mim.
- Não teve um dia sequer que esse cara aí não falou de você.
- Entendi. - Ela sorriu.
- Raphael é um herói, você sabe disso Melissa? Se não fosse por ele eu não estaria aqui hoje. Essa perna está assim porque ele me protegeu. Devo a minha vida a esse cara, então vou fazer o quem ele me pedir.
- Obrigado irmão, não fiz isso esperando recompensas, mas aceito de bom grado. Deixe eu te apresentar Amauri, esse é o General Amauri, um amigo da família.
- Muito prazer senhorita Melissa. - Ele se levantou para cumprimenta-la.
- Esse é o terceiro tenente Eli, você já o conhece. - Sorri ao falar.
- E esse é o nosso Capitão Raphael James Chevalier. - Eli falou e meu rosto queimou, nunca me apresentei formalmente para Melissa.
- Capitão? Ela me olhou com os olhos brilhando.
- Isso é só um detalhe, não gosto de formalidades.
- Raphael é a melhor pessoa que já conheci na vida. - Eli falou.
- Você é Capitão? - Melissa estava com os olhos fixados em mim.
- Sou. - A olhei.
- E eu estudando esse tempo todo, por que não me disse antes? Eu teria tirado dez em todas as provas. Isso é egoísmo. - Ela caiu na gargalhada após falar. Todos rimos.
Melissa contou como é o seu dia a dia e encaixamos as coisas na estratégia que tínhamos elaborado.
A segurança dela está garantida, só não tem remédio para a dor que iremos sentir um longe do outro.
Após muita conversa e acertar tudo, Eli e Amauri foram embora, Eli ia na casa de Melissa, para ver Raquel que esteva se recuperando. Ele foi com o carro, amanhã levará para blindar.Abracei Melissa por trás e fomos caminhando para o quarto. Escovamos os dentes e deitamos.
- Melissa, me desculpe por tudo isso. - Estávamos deitados um de frente para o outro.
- Raphael, e se eu não conseguir ficar longe?
- Vamos ter que conseguir, só volto quando tudo estiver resolvido, quando você estiver fora de perigo.
- Eu vou ficar ficar preocupada, como vou saber que vai estar tudo bem com você?
- Você ver ter que acreditar e confiar. Queria que fosse tudo diferente, não queria te fazer passar por isso.
- Você vai que dia?
- Amanhã. Tenho que arrumar minhas coisas, mas não consigo te largar.
- Amanhã? - Ela me olhou com os tristes. - Mas já?
- Quanto mais cedo eu for, mas cedo eu volto, acho que nem vou conseguir dormir hoje. Tenho que ir no quartel ainda me apresentar formalmente. - Meu coração parecia que ia sangrar.
- Posso ficar grudada em você enquanto estiver por aqui?
- Eu adoraria. - Passei a mão em seu rosto.
- Vou poder te ligar? - Infelizmente tinha que dizer a verdade.
- Não. Eles podem rastrear a linha, daí você vai continuar correndo riscos.
- E se demorar muito para você voltar Raphael, como vou saber se você estará bem? Como vou viver daqui longe de você e sem notícias? - Ela me olhava e as lágrimas começaram a escorrer.
- Eu sei que isso é terrível, mas infelizmente vai ter que ser assim. Desculpe Melissa. Prometo voltar o mais rápidos possível.
- Não desista de nós, por favor. Encontre um jeito de me dizer que está tudo bem. Por favor! Você está levando meu coração com você, trate de traze-lo de volta.
- Estou com um desespero dentro de mim, se você pudesse me enxergar por dentro entenderia do que estou falando. Eu te amo, Melissa. Nunca duvide disso, isso tudo é para te proteger. Ao mesmo tempo que aqui dentro grita para eu ficar, não posso deixar a emoção me dominar tenho que ser racional. A razão as vezes tem que falar mais alto, não quero que você viva coagida e deixe de fazer as coisas que você gosta. Não quero ter que viver com medo de um sequestro. Eu não suportaria ver algo ruim acontecendo com você e ter ciência que foi por minha causa.
- Eu te amo, Raphael James Chevalier. - Ela me olhava com um olhar tão apaixonado e me transmitiu tanta segurança. - Vai ficar tudo bem, ok? Vamos tentar não sofrer muito. Mas o dia que estiver insuportável, vou olhar para o céu e chamar seu nome, vou fechar os olhos e imaginar você me abraçando, vou lembrar dos momentos bons e dos sorrisos sinceros. Vou te esperar, nem que isso seja a última coisa que eu faça na vida. Se mantenha bem, por favor. - As lágrimas rolaram em nosso rosto.
- Te amo, minha Starbucks. - A puxei e tomei seus lábios.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Raphael James Chevalier - Triologia Fake Love 3°
RomanceRaphael James Chevalier, terceiro livro da Trilogia Fake Love. Filho de Mahelí James e Alix Chevalier, gêmeo de Alanna James Chevalier e meio irmão de Igor De La Cruz. Filho de mafioso, não quis ser o sucessor do pai. Demorou se apaixonar, pois...