Raphael narrando
Abri a porta e caminhei vagarosamente até ao quarto, ela ainda estava deitada.
Fui até o teste e confirmei se eu estava vendo aquilo direito.
As lágrimas escorriam no meu rosto, vou ser pai.- Melissa. - Passei a mão em seu rosto e chamei com voz baixa.
- Rapha, isso é um sonho, não é? - Seus olhos estavam rasos de lágrimas. - Se for sonho, não deixe eu acordar. Você não sabe o quanto estou sofrendo sem você. - A lágrima escorreu em seu rosto.
- Eu estou aqui, minha Starbucks. Estou aqui. - Passei a mão em seu rosto.
- Isso não é sonho? - Ela abriu mais os olhos e olhou em sua volta. - Você está aqui? Por quê?
- Por você. Eu preciso de você Melissa, não me importa seu passado, eu quero viver ao seu lado e ser feliz.
- Raphael, tenho que te falar uma coisa: acho que estou grávida.
- Sim, nossa família está crescendo. - Limpei a lágrima no canto dos meus olhos. - Vamos ter um bebê.
- E o que você acha disso? De eu estar grávida.
- Eu tenho a certeza que você está me fazendo um homem mais feliz ainda. Obrigado por esse lindo presente, me perdoe por te fazer sofrer tanto assim. Prometo te recompensar, por todos esse tempo perdido. Desculpe, você me aceita de volta na sua vida?
Melissa sentou e tomou meus lábios, deitei e a puxei para cima de mim.
- Te amo. Você está proibido de me deixar, está ouvindo? - Ela falou em meio ao choro.
- Nunca mais te deixo, isso é uma promessa. - Ela voltou a me beijar com ferocidade. - Melissa, espera, você está fraca, pode passar mal.
- Não me prive de sentir seu gosto e sentir corpo, você sabe o tanto de tempo que estou sofrendo? - Seus olhos ficaram rasos de lágrimas.
- Está bem, mas vá com calma, não quero que passe mais mal. - Ela parecia um furacão, foi arrancando a minha roupa e logo tirou a dela.
- Quero você Rapha, quero agora. - Era parecia que ia explodir.
- Melissa. - Fiquei com medo dela gastar energia demais e ficar exausta.
- Você vai negar o pedido de uma mulher grávida, que está cheia de vontade do homem que ama?
- Isso é golpe baixo, sua chantagista. - A segurei pela cintura e a coloquei sentada no meu colo, com as pernas abertas, de frente para mim. Já estávamos nus.
Me posicionei em sua entrada e deslizei vagarosamente, que saudade desse corpo.
Melissa se mexia para trás e para frente enquanto eu a segurava pela cintura. Ela estava entregue a mim.A virei em cima da cama e comecei a me movimentar, quanto tempo perdi com minhas bobeiras.
Esse desejo não dá para ser fingido, essa tara toda, o jeito que ela me olha e se entrega, isso é único. Parece que sou o último homem da terra.- Rapha, te amo. - Ela estava por baixo de mim, virada de barriga para cima, me olhava nos olhos com desejo. - Promete que não vai me deixar nunca mais?
- Prometo. Agora é até que a morte nos separe, vou casar com você hoje mesmo, se possível. - Tomei seus lábios e nos liberamos juntos.
Puxei Melissa para deitar em meu peitoral. Acariciei seus cabelos.
- Rapha, é sério que estou grávida? - Ela passou a mão no meu tórax.
- Sim, já estou ansioso para escutar o coraçãozinho.
- Será que vai ser gêmeos como você e seus sobrinhos?
- Se vai ser gêmeos não sei, mas eu já estou um babão. - Abracei mais Melissa e dei um beijo em sua testa.
- Te amo. Obrigada por ter voltado.
- Eu vi seu sofrimento, tive que ficar sem observar as câmeras por uma semana e sem me comunicar. Hoje abri a câmera e te vi amuada, passando mal. Enlouqueci por não poder fazer nada, aí veio a suspeita da gravidez e logo veio a confirmação.
- Como você chegou aqui tão rápido?
- Vim pilotando. - Ela sorriu.
- Você é doido?
- Sou, por você. Não quero mais perder tempo e ficar longe. Quero colocar uma aliança em seu dedo e o meu sobrenome no seu. Me perdoe, eu fui um idiota.
- Entendo que você teve seus motivos, devia estar um misto de sentimentos aí dentro. Quem sou eu para julgar? Não sei o que você já passou no passado, não sei o que teve que enfrentar. Não sei se alguém quebrou sua confiança, se te traiu, mas eu não sou dessas pessoas. Eu sou a Starbucks, que é louca por você e não te trocaria por nada. - Ela me olhava com aqueles olhos sinceros.
- Eu nunca contei isso para ninguém, mas alguém já traiu minha confiança. - Sorri, eu pensei que nunca conseguiria contar isso para ninguém, mas com a ajuda do psicólogo vi que tinha que pôr isso para fora.
- Você está confortável para falar isso comigo?
- Sim. - Ela colocou a mão no meu rosto. Fiz carinho em seus cabelos e encarei o teto, respirei fundo. - Na época de escola, eu achava uma menina da minha turma muito linda, não chegou ser amor. Era atração de adolescentes, achei que era recíproco, ela dizia que estava apaixonada por mim, me senti obrigado a gostar dela também. Forcei um sentimento mas ele não aflorou, me senti culpado. Por não sentir a mesma coisa, a enchia de presentes, por medo dela descobrir que não a amava na mesma proporção. No último ano, eu ia pedir para namorar com ela, pois comecei a sentir algo diferente. Descobri que a menina fazia isso comigo e mais trê meninos. - Gargalhei.
- Meu Deus! - Melissa prendeu o riso. - Desculpe estar achando graça.
- Eu fui um idiota. - Gargalhei. - Me senti traído, mesmo não estando namorando com ela. Eu forcei gostar dela e a enchi de presentes. - Balancei a cabeça. - Ela se aproveitou da minha boca intenção.
- Você nunca se apaixonou por ninguém? - Perguntou.
- Não, só por você. E foi à primeira vista. - Respondi.
- Igual ao meu caso. - Ela sorriu.
- Desculpe confundir tudo, nem eu sabia que era ciumento a esse ponto. - Melissa levantou o corpo e olhou nos meus olhos.
- Você acha que sou menos ciumenta? Não gosto nem de imaginar que você já beijou outra antes de mim. Dizem que quando estamos grávidas ficamos mais sensíveis,. possessivas e pegajosas, já vou logo pedindo desculpas se meu ciúme aflorar.
- Eu só sei de uma coisa, estou aqui para ser seu servo. Faça o que quiser de mim. - Ela chegou mais perto para me beijar.
- Só quero ficar assim, agarradinha em você. Quero te enfiar em uma bolha, para você não sair de perto de mim nunca mais.
- Só vou sair de perto de você para uma coisa, te alimentar. Deixa eu levantar, você tem que comer.
- Ah, não quero desgrudar de você. - Ela falou com a voz manhosa.
- Então vou ter que levar você no colo. - A puxei e peguei no colo, caminhei até a cozinha para fazer as refeições. Fiz o trajeto com a minha boca agarrada na dela, que saudade.
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Raphael James Chevalier - Triologia Fake Love 3°
RomanceRaphael James Chevalier, terceiro livro da Trilogia Fake Love. Filho de Mahelí James e Alix Chevalier, gêmeo de Alanna James Chevalier e meio irmão de Igor De La Cruz. Filho de mafioso, não quis ser o sucessor do pai. Demorou se apaixonar, pois...