Eu tenho que me vingar logo

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C: estou sentindo uma quantidade maior de demônios ali em baixo

D: ali tem uma pequena fábrica de demônios, no subsolo da mansão

C: a colônia?

D: não, a colônia não é aqui, é em outro lugar bem mais afastado, ali deve ser o local de lazer do seu tio, onde ele se diverte um pouco e fabrica alguns demônios eventualmente

C: sinto uma presença forte chegando...

D: é sua tia e o demônio dela

Caio percebeu o movimento ao longe. Um carro preto de vidros escurecidos aproximava-se lentamente pela estrada de acesso à mansão. O motor ronronava baixo, mas o silêncio da noite tornava o som nítido para seus ouvidos atentos. Seus olhos seguiram o veículo, observando cada detalhe. O carro parou próximo à entrada principal da mansão, e a porta do motorista se abriu. O motorista saiu do carro abriu a porta de trás suavemente.

De dentro do veículo, uma figura familiar desceu com elegância. Sua tia Marcela, sempre vestida com sofisticação, usava um sobretudo de couro preto que brilhava sob as luzes dos postes ao redor. O salto de suas botas ecoou pela pedra da entrada enquanto ela fechava a porta atrás de si. Seus cabelos loiros, lisos e bem cuidados, balançavam com o movimento, e seu rosto mantinha aquela expressão firme e imperturbável que Caio conhecia tão bem.

Caio franziu o cenho. O fato de Marcela estar ali era estranho, especialmente com o caos envolvendo o que aconteceu com Eduardo e seus aliados demoníacos. Mas o que realmente chamou sua atenção foi a pessoa que saiu em seguida.

Ao lado de Marcela, uma figura alta e esguia emergiu do carro. Era uma pessoa imponente, de postura ereta, vestida de forma minimalista, com um sobretudo longo que quase tocava o chão. O rosto era parcialmente encoberto pela sombra do chapéu de aba larga, mas mesmo assim era possível notar traços andróginos e afiados. Os cabelos prateados escorriam pelos ombros da pessoa, brilhando sob a luz artificial.

Essa pessoa carregava duas malas nas mãos — uma em cada mão — com uma facilidade que parecia desproporcional ao tamanho das bagagens. A figura caminhava com uma suavidade perturbadora, os passos sincronizados e precisos, como se cada movimento fosse calculado. Não havia hesitação. Quem quer que fosse, claramente conhecia bem a mansão e sabia aonde estava indo.

Marcela e a figura misteriosa caminharam juntas, adentrando os portões da mansão como se fossem convidados regulares, sem pressa, mas com uma aura de propósito inabalável. Caio não conseguia desviar os olhos da cena. A presença daquela pessoa alta ao lado de sua tia despertava um sentimento de inquietação.

C: aquele ali com ela é o beserk? E aquelas malas? O que poderia ser?

D: sim, aquela é a forma humana do beserk e as malas contém drogas

C: drogas?

D: aquela mesma que você usava

C: NL? Eles estão fabricando isso?

D: eles tem uma colônia, o que acha que estariam fazendo?

C: *irritado* fica cada vez pior...

D: sua titia que está a frente da fabricação de NL

C: nós poderíamos esperar ela ir embora e emboscá-la

D: você acha que ela vai embora? Ela mora aqui

C: -então ela mora aqui também...- depois do que aconteceu eu duvido que ela vai sair tão cedo... então já que ela está aqui, vamos destruir a colônia

D: não, vai atrair a atenção da polícia e isso pode atrapalhar sua vingança

C: então já que estamos aqui, vamos começar!

Lágrimas de Sangue (1° Temporada Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora