Vingança I

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A noite estava fria e silenciosa, com apenas a luz suave da lua a iluminar a escuridão, enquanto Caio terminava de se vestir. Sua roupa era completamente preta, feita de um tecido resistente que Olenna fez pra ele, além de ser bem ajustado ao seu corpo. Cada detalhe parecia pensado para agilidade e precisão.

A camisa colava aos seus músculos de maneira impecável, sem atrapalhar os movimentos. Calças negras com reforços sutis nas coxas e joelhos davam a ele mobilidade extra, com coldres bem posicionados nas pernas. Uma bota de algo que parecia couro preto, resistente e silencioso, completava o conjunto, além de luvas que aderiam como uma segunda pele. Tudo parecia moldado para garantir que ele se movesse como uma sombra.

O toque final foi a máscara meio metálica que cobria o nariz e a boca, moldada no formato do focinho de um lobo. Ela reluzia discretamente à luz fraca do quarto, como se tivesse sido forjada para instilar medo. O lobo feroz que ela representava trazia consigo uma aura predatória, apenas os olhos de Caio podiam ser vistos, e o brilho nos seus olhos refletia o predador que se escondia por trás da máscara.

Ao lado de Caio, Noah começou a se transformar. O ar ao seu redor pareceu vibrar à medida que sua forma mais humana se dissolvia, dando lugar ao imponente Dante. Seus músculos se expandiram, o corpo cresceu até alcançar uma altura formidável. Seus cabelos ficaram longos e negros, caindo sobre seus ombros largos, enquanto seus chifres grandes e vermelhos emergiam como sinais de poder inquestionável. Seu rosto, agora mais largo, exalava autoridade e brutalidade. O toque demoníaco que cercava Dante era denso e pesado, sua presença enchia o ambiente de uma força quase palpável.

Dante, sem precisar de palavras, pegou Caio no colo com facilidade, como se ele fosse leve como uma pluma. Sua cauda grossa e poderosa enrolou-se firmemente ao redor de sua própria cintura, criando um suporte firme para a espada de Caio que agora estava presa em suas costas. Tudo estava preparado, e Sam, como sempre, desapareceu silenciosamente nas sombras de Dante, fundindo-se com ele, pronto para entrar em ação a qualquer momento.

Sem mais demora, Dante abriu suas asas imponentes e, com um poderoso bater, alçou voo e foram e direção ao seu destino. Eles se ergueram na escuridão, subindo alto no céu. Abaixo deles, a mansão se revelava, cercada de demônios vigiando cada canto. Dante, com sua astúcia, manteve-se bem alto, longe da visão das criaturas, atravessando o céu noturno com precisão. A lua era seu único testemunho.

Longe, observando tudo, Baal tinha seguido discretamente desde os acontecimentos com Olenna. As palavras da astuta succubus haviam plantado uma semente de curiosidade em sua mente, algo incomum para ele. Embora seu poder o tornasse capaz de destruir tudo à sua volta com facilidade, ele optou por não interferir de imediato. Em vez disso, um trono negro e maciço apareceu do nada. Baal, imponente e com uma aura aterrorizante, se sentou ali com as pernas cruzadas com olhos fixos em Dante e Caio.

Seu rosto apoiado no punho, em uma posição de despreocupação calculada, indicava que ele estava simplesmente observando, aguardando. Mesmo à distância, Baal via tudo com clareza — cada movimento, cada passo, cada suspiro dentro da mansão. Seu poder era absoluto, e seus olhos, penetrantes. Ele via através das paredes, percebia cada detalhe, como se estivesse dentro da mansão junto aos outros. Por ora, ele apenas assistia para ver o desenrolar dos eventos.

Dante sobrevoa a área da mansão com uma rapidez e precisão impressionantes, suas grandes asas cortando o ar, enquanto o cenário abaixo se transformava em um campo de batalha. O céu estava cheio de criaturas malignas, mas ele as despachava uma a uma, rasgando-as com suas garras afiadas e desintegrando seus corpos com pura força bruta.

De repente, Sam, que estava oculto na sombra de Dante, salta para fora com uma agilidade animalesca, aterrissando suavemente no chão. Caio pula ao mesmo tempo, descendo com a mesma precisão e pousando nas costas de Sam. No ar, Dante arremessa a espada em direção a Caio que, sem sequer olhar, estende a mão e a espada cai perfeitamente em sua palma. O movimento era fluido, sem hesitação, como se tudo tivesse sido ensaiado mil vezes, sendo que na verdade, isso apenas refletia o quanto Caio tinha evoluído.

Lágrimas de Sangue (1° Temporada Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora