Vingança IV

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Caio lançou um olhar profundo e sério em direção a Dante, um olhar que carregava todo o peso de suas emoções reprimidas — a dor, o ódio, a sede de vingança que havia alimentado por tanto tempo. Sem dizer uma palavra, Caio puxou Dante para si com uma força intensa, sem hesitação. Seus lábios se encontraram em um beijo feroz, carregado de paixão e propósito, como se naquele ato estivesse selando seu destino. O beijo era avassalador, transmitindo mais do que desejo; era uma conexão profunda, a união que anunciava a próxima etapa de algo maior e mais perigoso.

De repente, uma luz vermelha pulsante começou a envolver os dois, crescendo em intensidade a cada segundo. A energia que irradiava parecia viva, quase palpável, envolvendo-os como uma tempestade carmesim. Caio foi desaparecendo lentamente dentro daquela luz, até que seu corpo se dissolveu completamente, sendo consumido pelo de Dante. E naquele instante, o controle foi passado. Caio havia assumido a possessão total.

No exato momento em que Caio e Dante começavam a se fundir, Ose percebeu a ameaça. O 8° príncipe não podia permitir que aquele poder absoluto se manifestasse completamente. Ele avançou ferozmente com suas espadas negras de escamas, desferindo um golpe mortal em direção ao casal em possessão, na esperança de impedir a união definitiva. Mas o ataque de Ose foi em vão. Assim que sua espada colidiu com a luz vermelha, ela foi instantaneamente repelida por uma barreira invisível, como se tivesse atingido uma parede indestrutível. O poder que envolvia Caio e Dante era forte demais, uma força incompreensível que Ose não conseguia penetrar.

Ose rosnou em frustração, seus olhos arregalados de surpresa e ódio. Ele tentou novamente, atacando com ambas as espadas, uma tentativa desesperada de parar a possessão. No entanto, não importava o quão poderosos seus ataques fossem, eles eram inúteis contra a energia vermelha que envolvia os dois. Ose se forçou a recuar, rangendo os dentes de raiva, sabendo que não havia mais nada que pudesse fazer além de assistir a possessão se completar.

Finalmente, a transformação de de Caio e Dante se completou. O corpo de Dante cresceu ainda mais, seus músculos tornaram-se imensos e esculpidos como se fossem feitos de pedra viva, cada fibra de seu corpo exalava força bruta. Suas mãos eram enormes, com garras afiadas e poderosas que podiam cortar qualquer coisa com um simples movimento. Essas garras eram como lâminas naturais, brilhando com um brilho mortal à luz vermelha que ainda os envolvia.

Seus chifres imponentes, que se erguiam da cabeça com curvas elegantes, agora pareciam ainda maiores e mais ameaçadores. As pontas dos chifres eram afiadas como lanças, irradiando poder e autoridade. Ao redor de seu corpo, Dante estava coberto por escamas vermelhas que reluziam à luz, como uma armadura natural, cobrindo seu peito, braços e pernas. Essas escamas eram mais resistentes que qualquer armadura forjada por mãos humanas, e brilhavam como o aço mais resistente.

Atrás dele, uma cauda longa se estendia, grossa e musculosa, terminando em uma lâmina mortal. A lâmina, que parecia uma extensão natural da cauda, era afiada e pulsava com a mesma energia vermelha que envolvia o corpo de Dante. A cauda se movia com graça e precisão, pronta para atacar a qualquer momento, como uma arma viva.

E então, havia suas asas. Asas imponentes, enormes, com uma envergadura gigantesca. Suas membranas eram vermelhas como sangue, com veios vermelhos e cintilantes correndo por elas como se estivessem cheias de energia pura. As asas batiam com força, cada batida gerando uma rajada de vento ao redor, mostrando o imenso poder que possuíam.

Em sua mão, Dante segurava a espada, uma arma que era mais do que apenas metal demoníaco. Era uma extensão direta de seu corpo, assim como a de Caio. A conexão entre a espada e os dois era absoluta, como se a lâmina pulsasse com o mesmo ritmo que seus corações. Cada movimento que ele fazia era perfeitamente sincronizado com a espada, e ele a manejava com uma precisão mortal, como se ela fosse uma parte viva de si mesmo. O fio da lâmina brilhava com uma luz vermelha intensa, como se estivesse faminta por sangue.

Lágrimas de Sangue (1° Temporada Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora