Capítulo 69

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2049palavras


Tinha saído cedo naquele dia para cuidar dos negócios, mas não passava das onze horas da manhã e já estava aborrecido. E isso se devia ao fato das dificuldades que se encontrava para andar.

Ontem, com a pressa de descer do cavalo, acabou se atrapalhando, prendendo o pé no estribo, e como consequência torceu o tornozelo. Agora, além da dor que sentia no pé devido à dificuldade de andar, se viu obrigado a usar uma bengala como apoio.

Felizmente, o doutor Moores lhe disse que o ferimento não tinha sido grave e que em apenas uma semana estaria recuperado.

Mas isso não amenizava seu aborrecimento.

Davina disse que deveria ficar em casa afim de descansar e se recuperar. Mas ele não podia se dar tal luxo, precisava trabalhar. E não seria um problema daqueles que o impediria.

Estava andando na rua a remoer tais ideias, quando alguém o chamou:

— Colin! Me espera!

Olhando para o lado, viu Chase se aproximar com um largo sorriso. Fechou a expressão de imediato.

Não estava com vontade de falar com ele naquele momento. E ainda estava possesso com o loiro pelo disparate com sua prima.

Esperava que o mesmo não viesse falar besteiras ou iria descontar suas frustrações nele.

— O que você quer? — questionou seco.

— Nossa! Vejo que está de péssimo humor hoje. O que, na verdade, não é nenhuma novidade — disse brincalhão.

— É sério, Chase? Não acredito que veio falar comigo, depois do que fez com Davina — retrucou começando a ficar nervoso.

— Davina? — questionou desentendido.

— Estou falando da minha prima, seu idiota! — vociferou revoltado.

— Calma aí. Eu sei! Só estava brincando — falou o loiro, levantando as mãos em rendição.

— Péssimo momento para ficar com essas suas brincadeirinhas. Eu tenho mais o que fazer. Se não tem mais nada para falar, pode ir embora. Porque diferente de você, eu tenho coisas a fazer.

—Nossa. Parece que alguém caiu da cama. O que, na verdade, parece que caiu mesmo. Reparei que está andando com dificuldades e usando uma bengala e vim ver o que tinha acontecido.

Bufou resignado, o olhando com tédio.

— Sabe, Chase. Dizem que a arte da fofoca é exclusiva das mulheres. Mas, vejo que não é verdade.

— Não estou querendo fazer fofoca — lançou indignado.

— Então você não está curioso para saber o que aconteceu?

—É claro que estou curioso, não vou mentir. Mas não é somente por curiosidade que vim aqui. Fiquei preocupado.

— Preocupado? – arqueou a sobrancelha desacreditado.

— Sim, você é meu amigo, e por isso vim perguntar como estava.

— Amigo?

— Está bem. Eu sei que você não me considera seu amigo.

— Por quê será? — questionou irônico.

— Mas eu o considero meu amigo. E o estimo muito.

— Se realmente me visse como amigo, não teria feito o que fez com Davina.

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