2049palavras
Tinha saído cedo naquele dia para cuidar dos negócios, mas não passava das onze horas da manhã e já estava aborrecido. E isso se devia ao fato das dificuldades que se encontrava para andar.
Ontem, com a pressa de descer do cavalo, acabou se atrapalhando, prendendo o pé no estribo, e como consequência torceu o tornozelo. Agora, além da dor que sentia no pé devido à dificuldade de andar, se viu obrigado a usar uma bengala como apoio.
Felizmente, o doutor Moores lhe disse que o ferimento não tinha sido grave e que em apenas uma semana estaria recuperado.
Mas isso não amenizava seu aborrecimento.
Davina disse que deveria ficar em casa afim de descansar e se recuperar. Mas ele não podia se dar tal luxo, precisava trabalhar. E não seria um problema daqueles que o impediria.
Estava andando na rua a remoer tais ideias, quando alguém o chamou:
— Colin! Me espera!
Olhando para o lado, viu Chase se aproximar com um largo sorriso. Fechou a expressão de imediato.
Não estava com vontade de falar com ele naquele momento. E ainda estava possesso com o loiro pelo disparate com sua prima.
Esperava que o mesmo não viesse falar besteiras ou iria descontar suas frustrações nele.
— O que você quer? — questionou seco.
— Nossa! Vejo que está de péssimo humor hoje. O que, na verdade, não é nenhuma novidade — disse brincalhão.
— É sério, Chase? Não acredito que veio falar comigo, depois do que fez com Davina — retrucou começando a ficar nervoso.
— Davina? — questionou desentendido.
— Estou falando da minha prima, seu idiota! — vociferou revoltado.
— Calma aí. Eu sei! Só estava brincando — falou o loiro, levantando as mãos em rendição.
— Péssimo momento para ficar com essas suas brincadeirinhas. Eu tenho mais o que fazer. Se não tem mais nada para falar, pode ir embora. Porque diferente de você, eu tenho coisas a fazer.
—Nossa. Parece que alguém caiu da cama. O que, na verdade, parece que caiu mesmo. Reparei que está andando com dificuldades e usando uma bengala e vim ver o que tinha acontecido.
Bufou resignado, o olhando com tédio.
— Sabe, Chase. Dizem que a arte da fofoca é exclusiva das mulheres. Mas, vejo que não é verdade.
— Não estou querendo fazer fofoca — lançou indignado.
— Então você não está curioso para saber o que aconteceu?
—É claro que estou curioso, não vou mentir. Mas não é somente por curiosidade que vim aqui. Fiquei preocupado.
— Preocupado? – arqueou a sobrancelha desacreditado.
— Sim, você é meu amigo, e por isso vim perguntar como estava.
— Amigo?
— Está bem. Eu sei que você não me considera seu amigo.
— Por quê será? — questionou irônico.
— Mas eu o considero meu amigo. E o estimo muito.
— Se realmente me visse como amigo, não teria feito o que fez com Davina.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Wedding Tales - Contos De Casamento
Historical FictionClassificação +16 Ano 1830, Oxfordshire, Inglaterra. As Green são três irmãs muito bonitas e bem quistas pela sociedade, além de possuírem um belo dote herdado do pai. As duas mais novas são apaixonadas por seus pretendentes, e desejam se casar, m...