Wedding Tales - Contos De Casamento

Capítulo 23

2900palavras

- Vou voltar para perto deles, antes que Douglas mude de ideia - Leone se afastando das meninas e voltando para perto dos irmãos.

Aquela viagem tinha sido bem desgastante. Não achava que seria tão difícil convencer o irmão.

Mas, o que estava esperando?

Douglas era um Stewarts, e o mais parecido com o pai, o que significava que seria muito difícil dele se interessar por algo que não estivesse relacionado com sua fortuna.

Mas, com muito custo, conseguiu. Mesmo que para isso tivesse que mentir, mesmo que um pouquinho.

O irmão estava parado ao lado da charrete, olhando os empregados descarregarem as malas, parecendo não estar muito animado com o que via.

Ele tinha cabelos castanho claro curtos e olhos azuis, alto e de pele bronzeada, vestia uma roupa cara de tons escuros, que caiam muito bem. Estava com seus 23 anos e tinha sido criado para seguir os mesmos preceitos e passos do pai, sempre sendo levado junto com o mesmo para todos os lugares, para aprender a como lidar com suas terras. Assim, sendo muito parecido com o patriarca, e não sendo muito próximo dos irmãos.

- Douglas - chamou sua atenção, se postando ao seu lado. - Acabei de ver a senhorita Green. Ela me pareceu bastante animada em ir ver os jardins. Porque não a convida a dar uma volta? - sugeriu olhando a sua volta, fingindo desinteresse.

- Claro - ele disse não muito interessado, logo se afastando.

Sorriu para si, orgulhosa de suas ações. Tinha conseguido ludibriar o irmão apenas com palavras. Isso, com toda a certeza, era um dom que não deveria ser ignorado.

Estava a se vangloriar em pensamentos, quando viu mais a frente Andrew, parada a olhá-la, com um sorriso faceiro na face, o que acabou por chamar a atenção.

- O que foi? - inqueriu desconfiada.

- Não estava mais aguentando a ouvir falar sobre a Green. Não sei o porquê de tanto interesse em fazer com que Douglas se interesse pela moça. O que tem a ganhar com isso, Leone? - a questionou descontraído, apesar de seus intensos olhos verdes a fixarem em um visível interesse.

- Não lhe interessa. Vá procurar alguma coisa para fazer e me deixe em paz - retrucou mal-humorada, cruzando os braços a frente do corpo, nem um pouco disposta a elaborar uma resposta plausível. Estava cansa demais para isso.

Ele apenas riu, pegando uma mala, e começando a se afastar, mas não antes de falar divertido:

- Você deve ir com mais calma se não quer que as pessoas comecem a desconfiar.

- O que quer dizer com isso? - o inqueriu desconfiada, não entendendo o que o irmão estava a insinuar.

Mas ele não respondeu, dando as costas e se afastando.

Será que ele sabia de alguma coisa?

Tinha que descobrir. Se soubesse, poderia ser um perigo para o plano.

Ao não receber uma resposta, bufou consternada, pronta para segui-lo e perturbá-lo, para conseguir o que queria. Mas, quando estava prestes a começar a andar, ouviu uma pessoa logo atrás de si a cumprimentá-la.

- Boa tarde senhorita Stewart. Como foi a viagem?

Olhou de imediato para trás ao reconhecer de quem se tratava, vendo aqueles olhos preguiçosos a fitarem de volta, sentindo um frio surgir no estômago.

- Foi muito bem, obrigada por perguntar. E a do senhor? - respondeu simpática, tentando estampar um leve sorriso na face.

- Foi bem, apesar da demora. Quase morri de tédio.