1259palavras
Já estava de pé antes mesmo do sol raiar, animado pela agitação que o dia prometia ter.
Arrumou-se com roupas de viagem, fazendo a higiene matinal, saiu rumo à sala de jantar para poder tomar o café da manhã. Não deveria ser nem sete horas.
Ao chegar ao mesmo cômodo da noite anterior, reparou que a mesa já estava servida com diversos quitutes que aguçaram seu estômago. Sempre se sentia mais disposto pela amanhã e tinha para si que a primeira refeição do dia era a mais importante.
Sentou-se à mesa, solitário, resolvendo que seria mais educado se esperasse pela condessa. Assim ficou a divagar, não pensando em nada em específico, olhando a sua voltar a reparar nos móveis e nos belíssimos detalhes daquela sala.
Mas, passados quinze minutos, já estava entediado. Pelo jeito, a condessa demorava em se levantar pela manhã.
Não demorou muito para que a governanta se aproximasse, o desejando bom dia.
— Sinto muito, meu senhor, mas a condessa pediu para lhe dizer que fará o dejejum em seus aposentos, por isso não precisa a esperar.
Achou aquela atitude bem rude, mas não inesperada. Sabia que ela não tinha gostado muito do diálogo da noite anterior e agora estava recebendo um de seus castigos. O de ser completamente ignorado.
Não podia dizer que não tinha se incomodado, isso seria uma mentira, mas também não estava surpreso, o que significava que ela estava apenas a agir como de costume.
Sorriu simpático para a senhora, agradecendo pelo recado começou a se servir. Não ia se indispor naquele momento, estava cedo demais para isso.
Depois do longo e solitário café, olhando o relógio, Ethan constatou que estava na hora de partir. Assim seguiu para a entrada da casa.
Reparou que a carruagem já estava os esperando, mas não havia mais ninguém.
Esperou por algum tempo, mas sem conseguir mais se conter, resolveu dar uma volta pelo jardim. Mas esse não era o seu tipo de passeio preferido, logo ficando novamente impaciente.
Resolveu voltar, mas estava como antes, sem ninguém. Alguma coisa deveria ter acontecido para tamanho atraso.
Estava prestes a entrar quando reparou em um funcionário se aproximando, se tratava de um rapaz que deveria trabalhar nos estábulos. O cumprimentou, perguntando se ele poderia ajeitar seu cavalo para que pudesse cavalgar. O dia estava muito belo para ficar preso dentro de uma carruagem. Detestava aquele veículo e sempre que possível saia apenas a cavalo.
Olhando para o relógio de bolso constatou que já se passava quase uma hora de atraso.
Aquilo já estava se tornando ridículo. Se ela estava a agir de tal maneira apenas para irritá-lo, estava conseguindo. Mas não apenas isso, também estava o mostrando que talvez ela não fosse capaz de lidar com negócios.
Aquela era uma atitude muito infantil para o seu gosto!
Passado mais um tempo, decidiu que o melhor seria partir sozinho. Quando chegasse ao local, inventaria alguma desculpa qualquer.
Quem diria que seu humor seria arruinado antes mesmo do meio-dia.
Estava para sair quando percebeu uma movimentação na entrada da casa e finalmente a condessa deu o ar da graça. Ela estava belíssima, com um vestido leve e nada apertado, que demonstrava uma suavidade, como se estivesse a flutuar.
Ela tentou sorrir em animosidade, mas era visível seu semblante cansado.
Sentiu-se mal por ficar com raiva, pois estava visível que algo tinha acontecido. Ela não parecia estar se sentindo muito bem.
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Wedding Tales - Contos De Casamento
Ficção HistóricaClassificação +16 Ano 1830, Oxfordshire, Inglaterra. As Green são três irmãs muito bonitas e bem quistas pela sociedade, além de possuírem um belo dote herdado do pai. As duas mais novas são apaixonadas por seus pretendentes, e desejam se casar, m...