Capítulo 66

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1259palavras


Já estava de pé antes mesmo do sol raiar, animado pela agitação que o dia prometia ter.

Arrumou-se com roupas de viagem, fazendo a higiene matinal, saiu rumo à sala de jantar para poder tomar o café da manhã. Não deveria ser nem sete horas.

Ao chegar ao mesmo cômodo da noite anterior, reparou que a mesa já estava servida com diversos quitutes que aguçaram seu estômago. Sempre se sentia mais disposto pela amanhã e tinha para si que a primeira refeição do dia era a mais importante.

Sentou-se à mesa, solitário, resolvendo que seria mais educado se esperasse pela condessa. Assim ficou a divagar, não pensando em nada em específico, olhando a sua voltar a reparar nos móveis e nos belíssimos detalhes daquela sala.

Mas, passados quinze minutos, já estava entediado. Pelo jeito, a condessa demorava em se levantar pela manhã.

Não demorou muito para que a governanta se aproximasse, o desejando bom dia.

— Sinto muito, meu senhor, mas a condessa pediu para lhe dizer que fará o dejejum em seus aposentos, por isso não precisa a esperar.

Achou aquela atitude bem rude, mas não inesperada. Sabia que ela não tinha gostado muito do diálogo da noite anterior e agora estava recebendo um de seus castigos. O de ser completamente ignorado.

Não podia dizer que não tinha se incomodado, isso seria uma mentira, mas também não estava surpreso, o que significava que ela estava apenas a agir como de costume.

Sorriu simpático para a senhora, agradecendo pelo recado começou a se servir. Não ia se indispor naquele momento, estava cedo demais para isso.

Depois do longo e solitário café, olhando o relógio, Ethan constatou que estava na hora de partir. Assim seguiu para a entrada da casa.

Reparou que a carruagem já estava os esperando, mas não havia mais ninguém.

Esperou por algum tempo, mas sem conseguir mais se conter, resolveu dar uma volta pelo jardim. Mas esse não era o seu tipo de passeio preferido, logo ficando novamente impaciente.

Resolveu voltar, mas estava como antes, sem ninguém. Alguma coisa deveria ter acontecido para tamanho atraso.

Estava prestes a entrar quando reparou em um funcionário se aproximando, se tratava de um rapaz que deveria trabalhar nos estábulos. O cumprimentou, perguntando se ele poderia ajeitar seu cavalo para que pudesse cavalgar. O dia estava muito belo para ficar preso dentro de uma carruagem. Detestava aquele veículo e sempre que possível saia apenas a cavalo.

Olhando para o relógio de bolso constatou que já se passava quase uma hora de atraso.

Aquilo já estava se tornando ridículo. Se ela estava a agir de tal maneira apenas para irritá-lo, estava conseguindo. Mas não apenas isso, também estava o mostrando que talvez ela não fosse capaz de lidar com negócios.

Aquela era uma atitude muito infantil para o seu gosto!

Passado mais um tempo, decidiu que o melhor seria partir sozinho. Quando chegasse ao local, inventaria alguma desculpa qualquer.

Quem diria que seu humor seria arruinado antes mesmo do meio-dia.

Estava para sair quando percebeu uma movimentação na entrada da casa e finalmente a condessa deu o ar da graça. Ela estava belíssima, com um vestido leve e nada apertado, que demonstrava uma suavidade, como se estivesse a flutuar.

Ela tentou sorrir em animosidade, mas era visível seu semblante cansado.

Sentiu-se mal por ficar com raiva, pois estava visível que algo tinha acontecido. Ela não parecia estar se sentindo muito bem.

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