Capítulo 5

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2494palavras

Todas olharam para a entrada, onde um rapaz alto de cabelos escuros e olhos inegavelmente de um Wallace as olhavam de volta.

- Primo Colin - Davina se pronunciou tão assustada quanto as outras, por ter sido flagrada.

- Não sabia que tínhamos visitas, Davina.

- Eu disse na noite passada, durante o jantar, que iria receber umas amigas para o chá da tarde.

- É verdade, acho que me esqueci - falou deixando um leve sorriso estampar em sua face. - Espero que estejam se divertindo, além de estarem sendo bem atendidas.

- Claro, sempre somos bem atendidas na casa dos Wallaces - Leone se pronunciou, séria.

- Fico feliz em saber - Colin falou, se aproximando de um aparador mais ao lado, onde havia algumas garrafas de bebida, no qual ele se serviu sem cerimônia.

Ele vestia uma roupa escura de cavalgar que estava um pouco empoeirada, indicando que tinha acabado de chegar.

- Gostaria de se servir de um pouco de chá e de algum quitute? - Davina ofereceu com educação ao primo, que negou com um manear de cabeça.

- Espero que não esteja atrapalhando. Subi até aqui para saber como minha prima estava.

- Tudo bem, não está atrapalhando em nada.

- Que bom. De qualquer forma, quando estava chegando perto, não pude deixar de ouvir o que estavam falando.

Celine engoliu em seco, sabendo que os planos tinham ido por água a baixo. Com certeza, o primo de Davina iria contar para seus amigos sobre isso, e assim, os alertando sobre o que viria a acontecer.

Ficou desanimada de imediato, olhando para cada uma de suas amigas com tristeza.

- Vai contar para alguém sobre isso? - Vivien de forma ousada o inquiriu, fazendo com que a olhasse.

- Eu deveria?

- Acredito que não, já que é algo que não lhe diz respeito - Scarlet disse sem rodeios o fazendo sorrir com o comentário, ao mesmo tempo que solvia de sua bebida.

- Agora estamos falando de algo que muito me interessa. Como a senhorita mesmo disse, é algo que não me diz respeito. Ou seja, que não me interessa nem um pouco.

- Então, está dizendo que não vai dizer nada a ninguém? - Celine perguntou esperançosa.

- E porque eu faria isso? Senhoritas, estão muito enganadas quanto a minha índole. Não tem o porquê de acharem que vou espalhar algo que foi dito na minha sala. Não sou nenhum fofoqueiro. Na verdade, tenho repulsa de pessoas assim.

- Bem, mas do jeito que o senhor apareceu, sem se anunciar, nos faz desconfiar de que estava querendo saber sobre o que falávamos - Leone disse desconfiada.

- O que posso dizer sobre isso... É a minha casa, e não tenho o costume de anunciar a minha presença em cada cômodo que adentro. Além do mais, estava ouvindo a conversa desde o hall de entrada. Estavam falando tão alto que não me pareceu que estivessem com a intensão de manter segredo - falava tranquilamente, as olhando com uma intensidade fria e calculista.

Celine não conseguiu evitar o rubor surgir em sua face, assim como reparou o desconforto estampado na face de suas companheiras.

- Sinto muito que estávamos falando muito alto. Prometo que iremos nos conter - Davina se pronunciou tão desconfortável quanto as outras.

- Não precisa se preocupar. Só passei para pegar algumas papeladas e já estou de saída. Só me preocupo que o barulho possa incomodar um pouco os seus pais.

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