1224palavras
Olhava a sua volta à procura de Celine.Ambos estavam a conversar animadamente, por enquanto que se serviam daquele delicioso jantar, mas ela pedira licença para ir até à toalete, e desde então não tinha voltado.
De início achou estranho, mas agora estava preocupado.
Será que tinha acontecido alguma coisa?
Se tivesse, com toda certeza não teria sido nada de grave, pois era praticamente impossível que algo assim acontecesse ali.
No começo, pensou que deveria ter sido por causa da brincadeira idiota de Chase que a desconfortara, mas agora estava começando a pensar que deveria ter sido algo a mais. Por isso, decidiu sair a sua procura.
Charlie levantou de seu lugar, sendo fuzilado de imediato pelo loiro sentado mais à frente.
Apenas o ignorou. Não estava com ânimo para aturar os chiliques de Chase.
Saiu a andar, fingindo desinteresse com tudo a sua volta, mas atento a qualquer sinal de sua amada se movendo no meio da multidão.
Ficou a circular por alguns minutos, até que finalmente, percebeu algo se movimentando mais além, na entrada do salão.
Sentiu alívio de imediato, ao notar que se tratava dela, e que estava a conversar com a amiga. Isso explicava o porquê da demora. Celine deveria ter parado para conversar com Leone, e, com toda a certeza, perdeu a noção do tempo.
Rumou naquela direção, disposto a chamá-la, para voltarem a seus lugares. Não se sentia muito bem quando ficavam por muito tempo separados. Preferia quando a tinha em seu campo de vista.
Se aproximou vagorosamente, com a intensão de abordá-las. Dispensaria parcas palavras a Stewart e logo levaria Celine consigo. Mas, qual foi sua surpresa, quando escutou Celine a falar aos prantos sobre o plano estar dando errado e que ela morreria sozinha.
Parou no mesmo lugar, apreensivo, se escondendo atrás de um pilar, para que não fosse visto. Prendeu a respiração, atento a tudo o que falavam, na tentativa de descobrir mais sobre o tal plano. E, se surpreendeu, quando acabou por descobrir que o alvo delas era Douglas.
Disparou o olhar a procura do Stewart mais velho, o encontrando sentando ao lado do irmão, com cara de poucos amigos. E, procurando por Audrey, acabou a encontrando mais afastada, ao lado do Wallace.
Isso sim foi uma surpresa, maior do que todas as outras!
Nem ao menos sabia que o amigo tinha comparecido às festividades. Mas, era mais que óbvio que sim.
Olhou mais atentamente para ambos, percebendo que estavam a conversar. Aquilo só podia ser uma ilusão!
Audrey e Colin se odiavam e nunca ficariam sentados um ao lado do outro a conversar descontraidamente, até mesmo, rindo. Algo estava muito errado.
Será que eles estavam juntos?
Aquilo sim seria uma bomba. A maior fofoca da cidade, que renderia muito assunto por dias a fio.
Mas, com toda a certeza, deveria ser isso, pois, não via outra opção. Para estarem a conversar assim, só deveria significar que fizeram as pazes e estavam juntos.
Aquilo era lamentável! Tal visão o deixou triste de imediato.
Quando Chase descobrisse, teria um surto. O grupinho deles estava perdendo um soldado para o relacionamento sério. Mesmo que esse soldado em questão fosse Colin, que era muito mais sério e reservado, quase nunca saindo com eles. Mas, era triste o ver sendo laçado.
Suspirou resignado. Mas, não tinha muito o que fazer.
Começou a ficar cansado de estar escondido atrás do pilar a escutar os chiliques de Celine. Deveria se apresentar às damas, fingindo que aparecia naquele exato momento. E, assim ele o fez. Aparecendo do nada, fingindo surpresa por as encontrar, falou simplesmente:
-Ah, aqui está você, Celine. Estava a sua procura. Fiquei preocupado quando não voltou mais ao seu lugar.
-Charlie?! Você aqui? - Celine falou assustada, olhando apreensiva para a amiga.
-Sim. Resolvi sair a sua procura. Fiquei preocupado que tivesse acontecido algo. Fico feliz por estar bem e na companhia da senhorita Stewart - falou tranquilamente, fingindo não ter percebido o tom urgente e assustado da companheira.
-Estou bem, não precisa se preocupar.
-Claro. E como a senhorita está? - se direcionou a outra loira, fingindo cortesia.
-Muito bem! Obrigada por perguntar - falou seca, sem muita paciência. - Celine, vou voltar ao meu lugar para terminar o desjejum, mais tarde conversamos.
-Claro. Até mais - disse, fazendo com que Leone os cumprimentasse com um leve manear de cabeça, se retirando.
-Também vamos voltar ao nosso lugar? - inqueriu indagador, depositando um dedo sobre seu queixo, a olhando com intensidade.
-Gostaria de ficar um pouco mais por aqui, se não se importar - ela comentou rubra.
-Claro, como desejar - retrucou, ficando parado ao seu lado na sacada, escondidos.
-Você não acha que vai ser maravilhoso quando dermos a nossa própria festa, depois que nos casarmos? - ela comentou sonhadora, o fazendo engolir em seco com a insinuação de casamento.
-Festas são todas parecidas, não importa onde aconteça - retrucou evasivo, não querendo dar muita corda ao assunto.
-Mas, a festa do nosso casamento vai ser diferente de todas as outras. As flores serão rosas de todas as cores, a igreja ficará toda enfeitada, e na festa tudo será da melhor qualidade.
-Bem. Não fique pensando nessas coisas por horas. Não vamos nos casar tão cedo... Ainda temos muito tempo para pensar se vamos precisar de tudo isso - falava despreocupado, sem muito ânimo para tais assuntos.
Ela o olhou inquisitiva, parecendo pensar sobre suas palavras. Mas, apenas se limitou a sorrir, se aproximando e passando delicadamente o dorso da mão sobre sua face corada, a fazendo resfolegar de desejo, com os olhos brilhantes.
-Por hora, vamos apenas pensar no agora. E, permita-me dizer que você está deslumbrante, minha Celine. Maravilhosamente perfeita. Como sempre - sussurrou cada palavra da forma mais romântica e sedutora possível, a olhando fixamente nos olhos, a sentindo cambalear com as palavras e a aproximação. - Quero que saiba que a estimo muito, e, desejo do fundo do meu coração que possamos ficar cada vez mais próximos - sussurrou mais perto de sua face, agora segurando em sua cintura. - Eu a quero tanto em meus braços. Não consigo me conter quando estou tão perto de você, mas, ao mesmo tempo, tão longe. Preciso de você, Celine - terminou de falar, roçando em seus lábios, quase a fazendo desfalecer em seus braços.
-Eu também preciso de você, Charlie - murmurou envergonhada, o fazendo se incendiar com tais palavras.
Ah, como a desejava e a queria por completo. Sentia que ela estava entregue, e se pedisse, ela faria tudo o que quisesse.
Mas, aquele não era o momento. Não ali naquela casa. Podia esperar um pouco mais.
Com isso, mesmo contra toda a vontade, apenas se limitou a beijá-la intensamente, enroscando suas bocas em um beijo luxurioso e acalorado. Mas, não permitiu que se prolongasse muito, ou estaria se arriscando a serem flagrados, e isso não seria nada interessante. Um escândalo era a última coisa que precisava.
Assim, se limitou a se afastar, sorrindo satisfeito, limpando os lábios da amada, para que o batom não ficasse borrado, finalizando com um beijo na palma de sua mão.
-Venha, vamos voltar para dentro, ou as pessoas vão começar a desconfiar de nossa ausência - apenas falou, a puxando delicadamente, no qual ela apenas concordou com um leve manear de cabeça.
Sorriu satisfeito. Celine, com toda certeza era a mulher perfeita, e ele tinha sorte de a ter somente para si.
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Wedding Tales - Contos De Casamento
Ficción históricaClassificação +16 Ano 1830, Oxfordshire, Inglaterra. As Green são três irmãs muito bonitas e bem quistas pela sociedade, além de possuírem um belo dote herdado do pai. As duas mais novas são apaixonadas por seus pretendentes, e desejam se casar, m...