Capítulo 65

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3369 palavras


Tinha se esquecido do quão magnífica era aquela casa.

É claro que aquela era apenas a segunda vez que estava ali, sendo que já fazia uns dois anos desde a primeira visita.

Por isso, era normal a surpresa ao vislumbrar aquela incrível construção em estilo rococó com detalhes em ouro, formas curvas e elementos decorativos como flores, laços e conchas e a presença de grandes janelas que permitiam a entrada de iluminação, com enormes colunas na sua entrada e de estátuas decorativas. Além disso, havia um enorme jardim a sua volta.

Olhava admirado para o hall de entrada, enquanto cerca de cinco empregados se aproximavam para recebê-lo.

— Seja muito bem-vindo, senhor Lancaster.

Uma senhora, por volta dos cinquenta e poucos anos, o cumprimentou. Era a governanta.

— Muito obrigado. E minha anfitriã, onde se encontra? — inquiriu, sabendo que não podia esperar mais do que tal atitude vindo dela, de não o recepcionar.

— Sinto muito senhor, mas a condessa ainda não chegou — a mais velha falou perdida.

Achou estranho, pois pensava que ela teria realizado a viagem antes. Mas, pelo visto, tinha se enganado.

Acabou por escutar ao longe sons de carruagem a se aproximar, não demorando para a mesma parar a sua frente e por ela sair sua anfitriã, com uma aparência de poucos amigos e um aspecto nada agradável.

Mesmo assim, suas vestimentas eram belíssimas e faziam jus a seu título.

— Condessa — a cumprimentou com um leve manear de cabeça quando a mesma parou a sua frente.

— Senhor Lancaster — disse surgindo em seu rosto um meio sorriso amargo.

— Pensei que já estivesse acomodada em sua belíssima mansão.

— Sim, mas houve alguns contratempos e acabei por me atrasar.

Anuiu em concordância vendo a governanta se aproximar.

— Condessa, é uma honra recebê-la. Todos nós estávamos muito ansiosos para conhecê-la.

Haydeé sorriu brevemente, parecendo muito mais disposta.

— Pedirei aos empregados que levem as bagagens para os seus aposentos para que fiquem acomodados.

— Muito obrigada. E qual é o nome da senhora? — a morena questionou interessada, por enquanto que retirava as grossas luvas.

— Me chamo Constance McCartney, minha senhora.

— É um prazer conhecê-la. A senhora pode me chamar apenas de Haydeé.

Foi visível o espanto da mais velha. Parecendo ser uma surpresa para ela que algo tão informal lhe fosse pedido.

— É claro, minha senhora.

— Não me chame de senhora, apenas Haydeé — insistiu.

— É... É claro. Vou me lembrar — e sem nada mais falar, fez gestos para os empregados se adiantarem a recolher as malas.

— E onde está sua acompanhante? — por fim questionou ao notar sua ausência.

— Andreza? Ela não pôde vir. Está indisposta. Uma forte gripe a derrubou na cama.

— Entendo. Mas ela está bem? — questionou por educação e levemente preocupado.

— Não precisa se preocupar. Ela ficará bem, mas necessita de repouso — falava despreocupada seguindo o caminho até a entrada.

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